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Renda fixa com cara de variável: a oportunidade do IPCA+ 8%

Renda fixa com cara de variável: a oportunidade do IPCA+ 8%

Na noite de segunda-feira (27), Carolina Borges, head da EQI Research, recebeu o analista e trader Fernando Góes para discutir em live a atratividade dos títulos públicos IPCA+ com uma taxa de 8% ao ano, que estão despertando o interesse de investidores.

A combinação de segurança e rentabilidade elevada faz com que esses papéis sejam uma oportunidade rara no mercado atual.

Góes, conhecido por seu perfil arrojado e por lidar com ativos de alta volatilidade, destacou que, mesmo para investidores como ele, esses títulos são uma excelente opção. “É uma oportunidade rara, semelhante ao que vimos no governo Dilma, mas sem a recessão daquela época”, comparou o analista. Ele ressaltou que o cenário atual de inflação crescente torna ainda mais relevante a busca por proteção contra a perda de poder de compra.

Carolina Borges ressalta que são poucos os momentos em que os juros reais (ou seja, descontada a inflação) ficam acima de 6,5%. Em estudo apresentado no gráfico abaixo, ela mostra que em apenas 10,43% dos dias avaliados (entre janeiro de 2012 e janeiro de 2025), o rendimento do título IPCA+ (ou NTN-B) esteve acima de 6,5%.

Acima de 7%, somente em 4,91% dos dias. E, acima de 7,5%, apenas em 1,23% dos dias.

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gráficos juros reais IPCA+ 8%
Juros nas máximas. Fonte: EQI Research

Por que títulos públicos IPCA+ são uma oportunidade?

Em primeiro lugar, os títulos soberanos, emitidos pelo governo, são considerados os papéis mais seguros. Como tratam-se de títulos do Tesouro Nacional, o risco de calote é extremamente baixo. Além disso, o IPCA+ 8% oferece ao investidor a combinação de uma taxa fixa elevada (8% ao ano) com a variação da inflação medida pelo IPCA, garantindo um rendimento acima da inflação.

A alta das expectativas de inflação tem impulsionado o interesse nesses títulos. De acordo com o Boletim Focus mais recente, as projeções para a inflação subiram para 5,50% em 2025, o que, se confirmado, marcará novo estouro do teto da meta de inflação (3%, podendo chegar até 4,5%) definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Vale lembrar que o IPCA, indicador oficial de inflação, já fechou 2024 estourando o teto da meta.

O IPCA-15 de janeiro, considerado uma prévia do IPCA e indicador mais recente divulgado, apresentou desaceleração (+0,11%), embora acima das expectativas de deflação (-0,03%).

Nesse contexto, Góes reforçou sua preferência por títulos atrelados à inflação, ao invés de prefixados, que não acompanham as variações inflacionárias. Já Carolina Borges destacou a importância de uma carteira diversificada. “Embora os IPCA+ sejam destaque, também é fundamental ter uma parcela em prefixados e pós-fixados, de acordo com o perfil de risco”, afirmou.

A marcação a mercado: como potencializar ganhos

Uma das vantagens de investir em IPCA+ é a possibilidade de lucrar acima da taxa prometida por meio da marcação a mercado. Esse mecanismo reflete a valorização ou desvalorização dos títulos no mercado secundário, conforme as expectativas de juros futuros mudam. Por exemplo:

  • Se um título IPCA+ 8% é adquirido e as taxas futuras caem para 7%, o preço desse título aumenta, permitindo sua venda com lucro antes do vencimento.
  • O investidor pode, então, realizar um ganho extra em relação ao “carrego” (retorno garantido ao manter o título até o vencimento), vendendo o título no mercado secundário.

Porém, essa estratégia exige atenção ao cenário macroeconômico, já que a volatilidade pode também impactar negativamente o preço dos títulos no curto prazo.

Alocação sugerida: IPCA+ como protagonista

A EQI Research possui uma carteira recomendada que indica alocações equilibradas entre títulos públicos e outros ativos, com base no perfil de risco de cada investidor. Para quem busca orientação personalizada, a casa de análise também disponibiliza um simulador gratuito, que ajuda a compor uma carteira ajustada ao cenário atual.

Com base no relatório da EQI Research, a alocação recomendada varia conforme o perfil do investidor:

  • Conservador: 85% em renda fixa, com destaque para pós-fixados (57%) e IPCA+ (19%).
  • Moderado: Renda fixa representa 50%, sendo 23% em IPCA+ e 10% em prefixados.
  • Arrojado: 16% da carteira em IPCA+, mas com maior exposição a ações (15%) e FIIs (20%).

Essa diversificação permite mitigar riscos e explorar diferentes fontes de retorno, equilibrando segurança e potencial de ganhos.

gráfico alocação recomendada
Fonte: EQI Research

Um investimento com segurança e atratividade

O IPCA+ 8% se destaca por oferecer alta rentabilidade atrelada à inflação e risco soberano, algo difícil de encontrar no mercado.

É uma oportunidade especialmente atrativa para investidores de longo prazo, que desejam proteger seu capital e obter retornos consistentes. Para todos os perfis de investidor, esses títulos representam um porto seguro em um cenário econômico desafiador.

Para saber mais sobre como investir e aproveitar essa oportunidade, acesse os recursos do aplicativo EQI+, como o simulador gratuito e a carteira recomendada.

Você leu sobre a oportunidade dos títulos públicos IPCA+. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!