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Quem é o investidor moderado: nem tanto à terra, nem tanto ao mar

Quem é o investidor moderado: nem tanto à terra, nem tanto ao mar

Investir no mercado financeiro é sempre um desafio e quem já está há alguns anos nesse ambiente entende por que a frase “mar calmo não faz bom marinheiro” se aplica tão bem a muitos momentos dentro do universo dos investimentos. Por diversas vezes, a Renda Fixa vai se mostrar menos rentável e será preciso abrir mão de um pouco mais de segurança em nome de maior rentabilidade. O investidor que pensa assim, e aceita correr riscos moderados, é aquele que se enquadra no perfil de investidor moderado. Vamos aprender sobre ele?

Investidor moderado: descubra o seu perfil

Entender quem você é no mundo dos investimentos é essencial para saber como começar a aplicar seu capital e quais são as classes e os tipos de ativos recomendados para alocação. Você pode ser um investidor conservador, investidor moderado ou investidor arrojado.

Para saber em qual perfil você se encaixa, existem testes de perfil, conhecidos também como suitability, que ajudam o investidor a entender suas próprias preferências.

A identificação do perfil acontece por meio de uma ferramenta analítica com perguntas que traçam as preferências, expectativas e propósitos de cada investidor no mundo dos investimentos.

Teste de perfil: quais são os três tipos de investidores?

Arriscar muito ou pouco? Essa é a questão de muitos investidores ao entrar no mercado de ativos financeiros. Para descobrir quais os investimentos mais recomendados para você, é preciso entender primeiro sobre segurança, liquidez e rentabilidade.

O quanto eu aceito correr risco? Para o que e quando eu preciso resgatar esse dinheiro? Topo abrir mão de um pouco de segurança em nome de uma rentabilidade maior? Estas são perguntas básicas que o investidor deve sempre se fazer.

Ao traçar o perfil de investidor, a pessoa acaba por se enquadrar em um dos três possíveis perfis: os conservadores, que buscam segurança e baixo risco; os moderados, que buscam arriscar com combinações de investimentos de baixo e médio risco; e os arrojados, que assumem riscos em busca de altos retornos a longo prazo.

Geralmente, após começar a investir com baixo risco com o perfil de investidor conservador, muitos investidores começam a querer arriscar um pouco mais e se aprofundam nos conhecimentos, avançando para o perfil de investidor moderado.

Mas afinal, o que é um investidor moderado?

O investidor moderado nada mais é do que aquele que vai se arriscar, mas que toma seus riscos com cautela. Também chamado de intermediário, esse é o tipo de pessoa que busca equilibrar o risco e o retorno de seu capital.

Sem deixar de buscar por segurança, esse perfil está disposto também a incluir aplicações de risco em sua carteira, visando a rentabilidade.

Na jornada do investidor, é possível que um perfil de investidor conservador se torne moderado à medida em que vai adquirindo conhecimento sobre os ativos e os riscos.

Em busca do equilíbrio entre segurança e crescimento do capital, o investidor intermediário procura ter retornos consistentes ao longo do tempo, mas sem arriscar de forma excessiva.

Como fica a carteira desse perfil

Entre as características deste perfil está a tolerância ao risco moderado, aceitando uma certa quantidade de oscilações no valor de seus investimentos, mas evitando se expor demais às variações diárias do mercado.

A diversificação da carteira com diferentes classes de ativos é outro ponto a ser ressaltado, considerando aplicações em Ações, títulos, imóveis e até mesmo investimentos alternativos, como commodities ou Fundos Multimercados. Essa diversificação ajuda a reduzir o risco global no portfólio.

Investidor moderado perfil - Homem olhando gráficos de ativos no smatphone e no notebook.

O investidor moderado olha não só para o retorno financeiro, mas também prioriza o investimento de médio a longo prazo. Embora esse perfil esteja disposto a manter as aplicações por um período prolongado na expectativa de crescimento, esses investidores geralmente buscam do médio ao longo prazo para ter um crescimento constante do valor investido.

Além de se diferenciar do perfil conservador por estar aberto aos riscos, o investidor intermediário tende a monitorar regularmente o desempenho de sua carteira e realizar ajustes conforme a necessidade. Assim, mantendo o equilíbrio dos ativos com seus objetivos financeiros e tolerância ao risco.

A alocação de ativos para esse perfil também é moderada, combinando geralmente uma boa porcentagem de investimentos em Renda Fixa, como títulos, com uma parcela menor em Renda Variável, como Ações, por exemplo.

Quais são os investimentos moderados?

Para o investidor moderado ou investidor intermediário, que busca o equilíbrio entre segurança e retorno em sua carteira, alguns ativos podem ser mais recomendados que outros, confira alguns deles: Títulos de Renda Fixa, Fundos Multimercados, Fundos de Ações balanceados, Fundos Imobiliários (FIIs), Investimentos em Exchange Traded Funds (ETFs) e Investimentos em Previdência Privada.

  • Títulos de Renda Fixa: Estes podem oferecer estabilidade e previsibilidade para o fluxo de caixa do investidor, além de uma fonte de renda regular. Para o perfil, nesta classificação podem ser incluídos títulos do governo, como Tesouro Direto, e títulos corporativos com classificação de crédito sólida.
  • Fundos Multimercados: São fundos que têm a flexibilidade de investir em uma variedade de classes de ativos, como Renda Fixa, Renda Variável, câmbio e commodities, dando retornos ao longo do tempo e aproveitando oportunidades em diferentes mercados.
  • Fundos de Ações balanceados: Nesse tipo de Fundo são combinados investimentos em Ações com outros instrumentos financeiros, como títulos de dívida, equilibrando o potencial de crescimento no mercado de ações com a estabilidade dos títulos de dívida. Estes são adequados para investidores moderados que desejam exposição ao mercado de Ações, mas com um nível menor de volatilidade.
  • Fundos Imobiliários (FIIs): Os FIIs investem em empreendimentos imobiliários, como edifícios comerciais, shoppings, hospitais e outros. Estes distribuem rendimentos regularmente aos cotistas, gerando renda passiva, e proporcionam exposição ao mercado imobiliário com menor volatilidade do que as ações individuais.

Entenda como começar a investir em Fundos Imobiliários no vídeo abaixo!

  • Investimentos em Exchange-Traded Funds (ETFs): São fundos de investimento que acompanham índices de mercado, setores específicos ou commodities. Eles oferecem diversificação instantânea e baixo custo, tornando-os uma opção atraente para uma exposição a diferentes segmentos do mercado financeiro.
  • Investimentos em Previdência Privada: Planos de Previdência Privada oferecem uma variedade de opções de investimento, com fundos conservadores e fundos mais agressivos. Os investidores moderados podem optar por fundos que tenham uma alocação equilibrada entre Renda Fixa e Variável, adaptando-se ao seu perfil de risco.

Vantagens de ser um Investidor Moderado

Estar exposto ao risco e ainda preservar a segurança do capital pode ser interessante para aqueles que estão pegando o “gostinho” por investir no mercado e que ainda não se sentem 100% confortáveis em “se jogar” em ativos mais agressivos.

Entre as vantagens de ser um investidor moderado está esse equilíbrio entre risco e retorno, podendo estar disposto a assumir um nível moderado para arriscar em busca de resultados melhores do que os investimentos conservadores.

A diversificação é um ponto alto para esse perfil de investidor, com ativos mais reservados e também os de risco. Reduzindo assim o prejuízo da carteira em uma área e compensando com um desempenho melhor em outra.

A possibilidade de acessar o crescimento de ativos de renda variável também é um ponto positivo para esses investidores, como Ações e Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs), que mantêm um nível aceitável de volatilidade.

Esses investidores também podem se proteger da inflação a partir de alguns ativos, o que ajuda a preservar o poder de compra ao longo do tempo e garante que o valor investido acompanhe ou supere a taxa de inflação.

Além disso, o investidor moderado evita estresse excessivo que pode ser associado a estratégias mais agressivas. A adequação dos objetivos também fica alinhada para o longo prazo, como aposentadoria e educação dos filhos, a partir de uma abordagem equilibrada.

Ou seja, assim como o investidor conservador, o investidor intermediário também conta com diversos pontos positivos que geram segurança para seu capital nas aplicações. Entretanto, com um pouquinho mais de emoção na hora de investir nos ativos.

Recomendação da EQI para o Investidor Moderado

Olhando para os investidores moderados, que buscam um equilíbrio entre segurança e potencial de retorno, a EQI Investimentos sugere uma carteira diversificada. Diante das incertezas e volatilidade presentes nos mercados financeiros, a estratégia é construir uma alocação de ativos que ofereça proteção contra os riscos e, ao mesmo tempo, oportunidades de crescimento. Confira a recomendação.

  • 20% em investimentos prefixados: Os investimentos prefixados oferecem uma taxa de retorno predisposta no momento da aplicação, o que pode proporcionar segurança em um cenário de volatilidade. Entre esses ativos estão títulos públicos e privados com taxas pré-fixadas, como CDBs e debêntures.
  • 20% em investimentos pós-fixados: Estes estão atrelados a indicadores como a taxa Selic ou o CDI, de forma que proporcionam uma proteção adicional contra a inflação e garante retornos mais estáveis ao longo do tempo. Um exemplo desse tipo de investimento são os títulos públicos pós-fixados, como o Tesouro Selic.
  • 20% em títulos atrelados à inflação: Em um cenário de pressões inflacionárias, os títulos indexados à inflação, como as Notas do Tesouro Nacional Série B (NTN-B) e NTN-B Principal, proporcionam uma proteção contra a perda de poder de compra do investidor. Estes garantem retornos positivos ao longo do tempo, preservando o valor do capital investido.
  • 15% em Fundos Multimercados: Essa pode ser uma opção interessante para diversificar o portfólio, pois investem em diferentes classes de ativos, como Renda Fixa, Renda Variável, câmbio e commodities. A diversificação pode reduzir o risco do investimento e oferecer potencial de retorno adicional.
  • 15% em Renda Variável (Ações, FIIs e Fundos): Apesar de mais voláteis, os investimentos em renda variável têm o potencial de proporcionar retornos mais elevados no longo prazo. A alocação em Ações, Fundos Imobiliários (FIIs) e fundos de investimento em Ações pode agregar valor à carteira e trazer oportunidades de crescimento nos mercados.
  • 10% em Investimentos Internacionais: A diversificação internacional é fundamental para mitigar os riscos relacionados ao cenário econômico doméstico, como fundos de índices (ETFs) globais, que oferecem exposição a mercados internacionais e moedas estrangeiras. Além disso, possibilita o acesso a setores e empresas não disponíveis no mercado nacional.

Essa diversificação na carteira busca maximizar o potencial de retorno ao longo prazo para o investidor moderado.