Ao começar a investir, você adentra em um mundo novo, geralmente “molhando os pés na água” com cautela. À medida que vai desvendando o mercado e entendendo cada vez mais sobre as peculiaridades dos produtos financeiros, é muito provável que você aceite um pouco mais de risco à carteira, em nome de mais rentabilidade. E pode ser que você mesmo se surpreenda, ao longo do caminho, ao constatar que encara com tranquilidade a volatilidade e que gosta mesmo de correr riscos, se a rentabilidade na linha de chegada for satisfatória para as suas pretensões. Se este for o seu caso, saiba que você pode ser classificado como um investidor arrojado.
A verdade é que quem entra no mercado de investimentos e “pega gosto” não para mais de investir. Independentemente do perfil, realizar aplicações e ver o dinheiro rendendo é algo estimulante – e chega a ser até viciante para alguns! Sejam aplicações em Renda Fixa ou Renda Variável, a curto ou longo prazo, o prazer vem em observar o capital crescer e render além das expectativas ou até mesmo dentro do planejado.
Por isso, quem busca entrar no mercado precisa ter em mente que para investir é preciso entender primeiro qual seu tipo de perfil investidor e onde aplicar o dinheiro com base em suas expectativas e objetivos.
Vamos falar sobre isso e entender mais sobre as preferências do investidor arrojado? Acompanhe!
- Leia também: Investidor conservador: saiba onde investir com segurança
- E mais: Quem é o investidor moderado – nem tanto à terra, nem tanto ao mar
Quais são os três tipos de investidores?
Para descobrir onde investir e por onde começar, muitos investidores fazem um teste para identificar onde se enquadram. Com uma ferramenta analítica, o perfil do investidor é traçado a partir de perguntas que ajudam a guiar quais ativos podem ser interessantes, de acordo com as expectativas.
Com base em três pilares – segurança, liquidez e rentabilidade – o teste de perfil, chamado também de suitability, identifica qual é o perfil do investidor.
Existem três tipos de investidores: os conservadores, que buscam segurança e baixo risco; os moderados, que buscam arriscar com combinações de investimentos de baixo e médio risco; e os arrojados, que assumem riscos em busca de altos retornos a longo prazo.
Pode ser que, no seu caso, o resultado do teste seja perfil arrojado logo de cara. Mas saiba que o mais comum é que a pessoa faça uma jornada no mundo dos investimentos, começando em um perfil e migrando para outro à medida que ganha conhecimento e segurança.
Geralmente, o perfil arrojado é o de alguém que já tem muitos anos de mercado e um bom patrimônio formado e, por isso mesmo, pode fazer escolhas mais agressivas. No mundo dos investimentos, vale a máxima de que quanto mais risco, maior a rentabilidade. Mas apenas quem tem um bom colchão de proteção deve se arriscar mais – e este ponto é muito relevante!
O que é um Investidor Arrojado?
De todas as definições, basicamente o investidor arrojado é aquele que não tem medo de arriscar e busca altos retornos em seus investimentos. Este é um perfil de investidor que possui tolerância elevada ao risco, devido às oscilações do mercado financeiro, e que se dispõe a investir em ativos mais voláteis.
Dentre suas aplicações costumam ter Ações e Fundos de Investimento de maior risco em busca de ganhos.
Visando principalmente aplicações de médio a longo prazo, o investidor agressivo suporta períodos de alta volatilidade sem resgatar precipitadamente suas aplicações, podendo assim, aproveitar o crescimento de seus investimentos ao longo do tempo.
Geralmente, quem investe desta maneira já conta com um amplo conhecimento para investir e confiança para tomar esse tipo de decisão mais arriscada. Com base em análises mais detalhadas em informações de mercado, esse perfil se sente confortável para tomar suas decisões.
Pensando bem, ou como o investidor arrojado pensa, “quem não arrisca não petisca”. Eles estão abertos a explorar diferentes classes de ativos e estratégias de investimento, buscando diversificar suas carteiras e aumentar o potencial de retorno do dinheiro investido.
O foco é sempre maximizar os retornos de seus investimentos, ou seja, é o oposto do perfil do investidor conservador.

Apesar da disposição aos riscos, o investidor arrojado distribui os investimentos a fim de reduzir o risco específico de cada investimento e proteger seu capital contra eventos adversos. Com esse perfil, o investidor arrojado olha para Ações, Fundos Imobiliários (FIIs), Fundos Multimercados, Títulos de Renda Variável e Investimentos Internacionais.
Atento às mudanças, esse é o tipo de perfil que fica de olho no cenário econômico e mudanças no mercado, adaptando-se rapidamente às novas condições e ajustando sua estratégia de investimento conforme a necessidade para aproveitar oportunidades.
O investidor que busca esse risco precisa estar sempre preparado psicologicamente e muitas vezes financeiramente para lidar com possíveis prejuízos. Por isso, é essencial que ele avalie seu perfil, objetivos financeiros e sua capacidade de suportar volatilidade e perdas no curto prazo.
Investidor Arrojado: Onde investir?
Visando sempre aumentar os rendimentos de seus investimentos e assumindo alto nível de risco no mercado, o investidor arrojado pode considerar aplicar em uma variedade de ativos e instrumentos financeiros de alto potencial, mas também sujeitos à volatilidade do mercado.
Algumas opções interessantes para o perfil do investidor agressivo são Ações, Fundos de Investimento em Ações, Fundos Multimercados, Fundos Imobiliários (FIIs), Criptomoedas e Mercado Internacional, confira.
- Ações: Esse é um dos principais ativos que o investidor arrojado busca. Os papéis têm um potencial de retorno significativo a longo prazo, mas estão sujeitos às flutuações de curto prazo devido a fatores como notícias de mercado, saúde da companhia e condições da economia global.
- Fundos de Investimento em Ações: Estes são para aqueles que preferem uma abordagem mais diversificada ou que não têm tempo ou conhecimento para selecionar Ações individuais. Os Fundos de Investimento em Ações investem em uma variedade de empresas, proporcionando exposição ao potencial de crescimento desse mercado.
- Fundos Multimercados: Os fundos multimercados têm a flexibilidade de investir em uma variedade de ativos, como Ações, Títulos, Moedas e Commodities. Eles são gerenciados por gestores profissionais que buscam obter retornos consistentes em diferentes condições de mercado, aproveitando oportunidades de investimento em várias classes de ativos.
- Fundos Imobiliários (FIIs): Os FIIs investem em empreendimentos imobiliários, como edifícios comerciais, shoppings, hospitais e hotéis, e distribuem parte dos lucros aos cotistas em forma de dividendos. Apesar de serem fundos que possam oferecer renda recorrente e potencial de valorização do patrimônio, eles também estão sujeitos a riscos como vacância, inadimplência e oscilações do setor.
- Criptomoedas: Para investidores arrojados com tolerância ao risco ainda maior, os investimentos em criptomoedas podem ser considerados. Com mercado altamente volátil, as criptomoedas oferecem potencial de retorno mais alto. Entretanto, é importante ressaltar que esse é um ativo considerado extremamente arriscado e requer compreensão profunda do mercado.
- Mercado Internacional: Investir nesse mercado pode oferecer oportunidades de crescimento e proteção contra riscos do mercado doméstico. Nele podem ser incluídas ações de empresas estrangeiras, ETFs (Exchange-Traded Funds) e fundos de investimento globais.
É importante lembrar que, independentemente do tipo de produto escolhido, é fundamental que o investidor realize uma análise cuidadosa, diversifique o portfólio e esteja preparado para enfrentar a volatilidade do mercado.
Buscar a orientação de um assessor de investimentos também pode ser uma opção para desenvolver uma estratégia adequada às necessidades e objetivos individuais.
Recomendação da EQI Investimentos para investidor arrojado
Para quem busca uma direção de como dividir a carteira, a EQI Investimentos sugere uma alocação diversificada que abrange diferentes classes de ativos, visando potencializar os ganhos e reduzir os riscos associados a cada uma delas. Confira a recomendação para o investidor arrojado.
- 15% em Títulos Prefixados: Com rentabilidade conhecida no momento da aplicação, esses Títulos de Renda Fixa são uma opção interessante em períodos de expectativa de aumento da taxa de juros ou quando estas se encontram altas (como atualmente).
- 15% em Títulos Pós-fixados: Estes são Títulos de Renda Fixa atrelados a indicadores como a taxa Selic ou o CDI, que oferecem proteção contra a inflação e podem proporcionar retornos atrativos em momentos de queda das taxas de juros.
- 20% em Títulos Atrelados à Inflação: São investimentos em títulos públicos ou privados indexados à inflação, como o Tesouro IPCA+. Estes contam com proteção contra a perda do poder de compra ao longo do tempo.
- 10% em Fundos Multimercados: Com a liberdade de investir em diferentes classes de ativos, como Renda Fixa, Renda Variável, Câmbio e Commodities, estes Fundos buscam maior diversificação e potencial de retorno.
- 25% em Renda Variável: Com Ações de empresas, Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e Fundos de Investimento em Ações, essa classe traz potencial de ganhos expressivos, geração de renda recorrente e possibiliade de gestão profissional da carteira (no caso dos fundos).
- 15% em Investimentos Internacionais: A diversificação de parte da carteira em ativos estrangeiros pode trazer benefícios, como proteção contra crises locais e acesso a mercados e setores não disponíveis no mercado doméstico.
É imprescindível que o investidor arrojado revise essa estratégia periodicamente para garantir que esteja alinhada com as metas pessoais, o perfil de risco e o cenário econômico.
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