O Banco Central do Brasil deve adiar o ciclo de cortes da Selic de janeiro para março, avalia o banco americano Wells Fargo em um relatório enviado a clientes nesta sexta-feira (12).
O Copom (Comitê de Política Monetária) esteve reunido na quarta-feira para manter a Selic em 15%, sem fornecer sinais claros sobre a possibilidade de um corte já no próximo encontro em 28 de janeiro.
“A declaração geral do Copom teve uma postura ligeiramente mais agressiva, particularmente no contexto dos recentes desenvolvimentos econômicos e geopolíticos”, explica Brendan McKenna, economista internacional do banco.
Segundo ele, embora as tensões comerciais entre EUA e Brasil tenham diminuído um pouco desde a reunião anterior, em novembro, a economia brasileira apresentou uma desaceleração “notável” na atividade e uma maior desinflação, levando a inflação para dentro da meta.

Ou seja, comunicar uma postura semelhante, apesar do crescimento mais fraco, da inflação mais baixa e das tensões geopolíticas reduzidas, parece agressivo e não sugere um corte iminente na próxima reunião.
“Diante desse cenário, agora esperamos que os formuladores de políticas do BC iniciem seu ciclo de afrouxamento monetário em março — em vez de janeiro, que era nossa estimativa inicial — com um corte de 25 pontos-base”, conclui McKenna.
“Em suma, o comunicado estabelece uma barra alta para um corte em janeiro”, escreveu Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú em um relatório após a divulgação da decisão.
Ele chama a atenção para da ata da reunião na terça-feira (16), quando será possível revisitar a projeção de curto prazo. O Itaú mantém a estimativa de um ciclo de afrouxamento de 225 pontos-base, com a taxa Selic encerrando o ano em 12,75% ao ano.
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