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Selic vai a 13,25%: hora dos pós-fixados de curto prazo

Selic vai a 13,25%: hora dos pós-fixados de curto prazo

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou novamente a Selic, taxa básica de juros, nesta quarta-feira (29), conforme projetado pelo mercado. A Selic foi de 12,25% para 13,25%, e as projeções indicam que a alta pode continuar. O Boletim Focus aponta Selic a 15% até o final do ano, enquanto a EQI Asset tem uma visão ainda mais pessimista, projetando 16,25%.

Diante desse cenário de aperto monetário, a renda fixa se destaca como a principal opção de investimento. Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, reforça essa tendência: “Todos os títulos estão em um bom patamar de investimento e devem responder pela maior parte da alocação na carteira dos investidores.”

gráfico Selic
Fonte: EQI Investimentos

Selic a 13,25%: oportunidade nos pós-fixados

Com a Selic em patamares elevados, os títulos pós-fixados se tornam uma opção atrativa, principalmente aqueles com prazos de vencimento mais curtos. Isso porque sua rentabilidade está atrelada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que segue a variação da Selic. Quanto maior a taxa, maior o retorno desses ativos.

Vale a pena investir em pré-fixados?

Apesar da Selic em alta, Wiese destaca que os títulos pré-fixados continuam interessantes. “Vale a pena fazer alocações em pré porque, mesmo com a Selic elevada, esses títulos oferecem um bom prêmio, estando cerca de 200 pontos-base acima da Selic.” Segundo ele, os pré-fixados atuais estão em níveis similares aos do impeachment de Dilma Rousseff, configurando uma oportunidade rara no mercado.

IPCA+: taxa real histórica

Os títulos atrelados à inflação (IPCA+) também oferecem oportunidades únicas. A EQI Research promoveu uma live esta semana sobre IPCA+ com rendimento de 8%, um patamar histórico alto. Carolina Borges, head da EQI Research, ressalta que os juros reais acima de 6,5% são raros, ocorrendo em apenas 10,43% dos dias avaliados desde 2012. Acima de 7%, somente em 4,91% dos dias. E, acima de 7,5%, apenas em 1,23% dos dias.

A combinação de segurança e alta rentabilidade torna esses títulos uma escolha estratégica, já que garantem um rendimento acima da inflação. “O IPCA+ 8% é uma oportunidade única porque oferece uma taxa fixa elevada somada à proteção contra a inflação,” afirma Borges.

Assista, abaixo, a live da EQI Research:

Renda variável: oportunidade para longo prazo

As ações e os fundos imobiliários (FIIs) seguem descontados, com valuation abaixo do valor patrimonial. Apesar da falta de gatilhos de curto prazo para esses ativos, uma eventual mudança política em 2026 pode impulsionar a valorização da renda variável, segundo Wiese.

Os Fundos Imobiliários (FIIs), em particular, apesar de performarem inversamente correlacionados à Selic (ou seja, performam melhor quando a taxa está baixa), continuam com bons fundamentos, conforme destaca Carolina Borges.

Os indicadores operacionais dos FIIs, ela indica, estão melhorando, com queda na inadimplência, aumento da ocupação e reajustes de aluguéis acima da inflação. Isso se vê em galpões logísticos e também shoppings. As lajes corporativas seguem como segmento que apresenta maior desconto e maior taxa de vacância.

“É hora de estar posicionado em FIIs com carrego interessante, ou seja, que consigam capturar os picos inflacionários e o CDI elevado. Fundos de papel indexados à inflação ou ao CDI diminuem a volatilidade da carteira como um todo e compõem parte essencial da nossa carteira de fundos recomendados”, ela recomenda.

Ouça o áudio de Carolina Borges na íntegra:

Diversificação internacional: proteção contra risco local

A busca por investimentos no exterior continua forte. Com o dólar em alta e os juros nos EUA ainda atrativos, a renda fixa internacional é uma alternativa interessante. Manter parte da carteira em ativos estrangeiros ajuda a diluir riscos e protege contra as oscilações do cenário econômico brasileiro.

Ouça o áudio de Denys Wiese na íntegra:

Como montar a carteira ideal?

A EQI Research recomenda uma alocação equilibrada entre diferentes ativos, considerando o perfil de risco do investidor. Com base na carteira de alocação recomendada., a divisão ideal dos investimentos é a seguinte:

Perfil Conservador

  • 57% Pós-fixados
  • 19% IPCA+
  • 9% Pré-fixados
  • 15% Exterior

Perfil Moderado

  • 32% Pós-fixados
  • 23% IPCA+
  • 10% Pré-fixados
  • 15% Exterior
  • 15% Fundos Imobiliários
  • 5% Ações

Perfil Arrojado

  • 23% Pós-fixados
  • 16% IPCA+
  • 11% Pré-fixados
  • 15% Exterior
  • 20% Fundos Imobiliários
  • 15% Ações

Essas recomendações ajudam a mitigar riscos e aproveitar as oportunidades do cenário atual. Para uma análise personalizada, a EQI Research disponibiliza um simulador gratuito, auxiliando os investidores a compor a carteira mais adequada ao seu perfil, inclusive indicando os tickers (código de negociação em bolsa) de FIIs e ações que devem compor a carteira.

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