O TRXF11 encerra sua 12ª emissão de cotas com um marco inédito para o mercado imobiliário brasileiro. A oferta somou R$ 3,003 bilhões e se tornou a maior captação já registrada entre os fundos imobiliários listados na B3. A liquidação financeira ocorreu em 19 de dezembro de 2025 e reforçou o protagonismo do fundo em um cenário de forte seletividade por parte dos investidores.
A emissão despertou excesso de demanda, o que levou ao exercício integral do lote adicional de 50% e à realização de rateio entre os participantes. Ao todo, foram subscritas 29.937.418 cotas, ao preço unitário de R$ 100,33, valor que já inclui a taxa de distribuição primária. O resultado evidencia o apetite do mercado por estratégias consideradas defensivas e com geração previsível de renda.
Gerido pela TRX Investimentos, o TRXF11 encerra a emissão reforçando sua posição entre os principais FIIs do país, não apenas pelo volume captado, mas também pela capacidade de atrair diferentes perfis de investidores profissionais.
Perfil dos investidores e distribuição da oferta
O sucesso da emissão do TRXF11 também se explica pela diversidade e pelo peso institucional da base de investidores. Ao todo, 5.039 investidores profissionais participaram da oferta, com predominância de investidores institucionais. Os fundos de investimento lideraram as subscrições, com 15,36 milhões de cotas adquiridas.
Investidores estrangeiros também tiveram participação relevante, com 4,06 milhões de cotas, sinalizando o interesse internacional pela estratégia do fundo e pelo mercado imobiliário brasileiro. Entidades de previdência privada subscreveram 1,39 milhão de cotas, reforçando o caráter de longo prazo da operação.
As pessoas físicas, embora em menor proporção, também marcaram presença. Foram 4.980 investidores individuais, responsáveis pela aquisição de 6,65 milhões de cotas. Outras pessoas jurídicas subscreveram 2,47 milhões de cotas, enquanto não houve participação de seguradoras, clubes de investimento ou instituições ligadas ao emissor.
Patrimônio cresce e portfólio ganha escala nacional
Com a conclusão da 12ª emissão, o TRXF11 encerra esse ciclo de captação com patrimônio superior a R$ 6 bilhões. Esse crescimento posiciona o fundo entre os maiores FIIs listados na B3 e amplia sua relevância no mercado de capitais.
O portfólio agora supera 113 imóveis, distribuídos por 17 estados e mais de 50 cidades brasileiras. A estratégia prioriza regiões metropolitanas e áreas consideradas estratégicas do ponto de vista econômico e logístico, o que contribui para a resiliência dos ativos ao longo do tempo.
A diversificação geográfica reduz riscos específicos e amplia o potencial de geração de renda recorrente, um dos principais atrativos para investidores que buscam estabilidade em seus portfólios imobiliários.
Diversificação setorial e foco em ativos defensivos
Além do crescimento em escala, o TRXF11 encerra a emissão com uma carteira ainda mais diversificada. O fundo mantém exposição relevante a setores como varejo essencial, saúde e educação, considerados menos sensíveis a ciclos econômicos adversos.
Nos últimos movimentos, houve expansão para logística urbana, especialmente ativos de last mile, locados a grandes operadores de e-commerce, como o Mercado Livre. Esse segmento se beneficia do avanço das vendas online e da necessidade de centros de distribuição próximos aos grandes centros urbanos.
O fundo também ampliou sua presença em shopping centers, com destaque para a aquisição de 50% do Via Shopping Barreiro, em Belo Horizonte, por R$ 170,2 milhões, e de 100% do Shopping ViaBrasil Pampulha, por R$ 87,5 milhões. As operações reforçam a estratégia híbrida e defensiva do TRXF11.
Estrutura contratual e regras da oferta
Outro ponto que sustenta o interesse pelo TRXF11 é a qualidade de sua estrutura contratual. O fundo apresenta prazo médio de contratos superior a 12 anos, com elevada participação de contratos atípicos ou com multas robustas, o que aumenta a previsibilidade das receitas.
A emissão foi realizada sob o rito automático da Resolução CVM 160, conforme a Resolução CVM 175, e destinada exclusivamente a investidores profissionais. A distribuição ocorreu no mercado primário por meio do Sistema de Distribuição Primária de Ativos (DDA).
O processo foi coordenado pelo BTG Pactual Investment Banking, e as novas cotas já estão liberadas para negociação no mercado secundário, encerrando mais um capítulo relevante na trajetória do TRXF11.






