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Investimento no exterior cresce, mesmo com dólar nas alturas

Investimento no exterior cresce, mesmo com dólar nas alturas

Mesmo diante de um cenário de dólar nas alturas, superando a marca dos R$ 6, o investimento no exterior não apenas mantém seu ritmo, como cresce exponencialmente. Na linha de frente desse movimento está a Avenue, plataforma de investimentos offshore parceira da EQI Investimentos, que, em 2024, registrou uma captação de R$ 20 bilhões, sendo a maior parte no último trimestre, quando a moeda americana disparou. Agora, a empresa projeta atingir R$ 60 bilhões até 2025.

O fenômeno pode ser atribuído a uma mudança no perfil do investidor brasileiro, especialmente os mais conservadores.

Roberto Lee, CEO da Avenue, aponta que, enquanto o investidor agressivo sempre buscou oportunidades internacionais para ganhos maiores, os conservadores começaram recentemente a perceber o exterior como uma forma de preservar capital em tempos de instabilidade local. “Para esse investidor, não importa se o dólar está R$ 4, R$ 5 ou R$ 6. Ele abre mão de Certificado de Depósito Interbancário (CDI) alto no Brasil para preservar o patrimônio”, explica Lee.

Investimento no exterior cresce: qual o perfil do investidor?

Os dados mostram que mais de 50% das carteiras brasileiras são classificadas como conservadoras, e muitos desses investidores agora destinam entre 15% e 20% de seus patrimônios para ativos internacionais.

O crescimento desse segmento é impulsionado por produtos de renda fixa, como o Tesouro americano e bonds corporativos, que compõem cerca de 80% das alocações. O tíquete médio inicial na Avenue passou de US$ 1,5 mil para US$ 60 mil, evidenciando o amadurecimento da base de clientes, que também se torna mais velha e mais exigente, demandando assessoria especializada.

Essa transição foi facilitada por avanços regulatórios no Brasil, permitindo que investidores conservadores incluíssem ativos internacionais em suas carteiras para proteção patrimonial. “Essa mudança começou em 2024, vai se intensificar em 2025 e mudará a indústria para sempre, assim como aconteceu com a abertura das plataformas no Brasil”, afirma Lee.

Estratégia e o momento ideal para investir

Segundo Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, o comportamento dos investidores é muitas vezes guiado pela emoção, em vez da razão.

“O investidor conservador sente o risco-país mais do que o preço do dólar. Quando todo mundo está com medo, dólar disparado, aí sim ele se movimenta. Mas o ideal é pegar momentos às mil maravilhas, com dólar lá embaixo, para daí sim fazer uma bela compra em dólar, procurando sempre fazer o preço médio”, recomenda Wiese.

A estratégia de dollar cost averaging (DCA) é central nesse contexto. Trata-se de alocar recursos de forma contínua, independentemente do preço do dólar em um dado momento, suavizando os impactos de variações cambiais e evitando tentar prever o “momento perfeito” do mercado.

“Conforme o dólar cai, mando com mais força dinheiro para fora. Conforme sobe, mando menos. Mas, no geral, é legal fazer uma média ponderada, que não será o melhor ponto nem o pior”, explica Wiese.

Por que investir no exterior?

Diversificar internacionalmente não é apenas uma forma de proteger o patrimônio contra as oscilações da economia brasileira, mas também uma oportunidade de acessar mercados mais robustos, como o dos Estados Unidos, que apresenta crescimento muito acima da média global.

Além disso, o dólar se consolidou como uma moeda forte ao longo dos anos, reforçando a relevância de dolarizar parte das economias.

Embora o momento ideal para investir seja quando o dólar está em baixa, Wiese ressalta que “entre fazer ou não fazer, é melhor fazer, mesmo que em momento de péssimo humor econômico”. A mensagem é clara: mais do que o timing perfeito, a constância e a diversificação são os verdadeiros pilares de uma boa estratégia de investimentos no exterior.

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