
FIIs: o caso que o mercado (ainda) não explica
27 Fev 2025 às 10:24 · Última atualização: 27 Fev 2025 · 6 min leitura
27 Fev 2025 às 10:24 · 6 min leitura
Última atualização: 27 Fev 2025
Em um cenário de incertezas econômicas e juros elevados, os investidores buscam alternativas seguras e rentáveis para garantir renda passiva mensal. Os Fundos de Investimento em Infraestrutura (FI-Infras) e os Fundos Imobiliários (FIIs) se destacam como opções atrativas para aqueles que desejam diversificar seus investimentos e maximizar seus retornos.
Durante uma live realizada pela EQI Research na quarta-feira (26), os analistas Carolina Borges e João Zanott trouxeram insights valiosos sobre o desempenho recente desses fundos e as melhores estratégias para alocação de recursos. Confira!
Os FI-Infras têm chamado a atenção devido ao benefício da isenção de imposto de renda sobre os rendimentos distribuídos, além da possibilidade de ganho de capital com a valorização das cotas.
No último mês, o segmento apresentou um desempenho misto, com destaque para o JURO11, que teve valorização de 5,36%. Segundo a EQI Research, diversos FI-Infras continuam negociando com descontos elevados, oferecendo retornos superiores a IPCA + 11%.
Entre os fundos analisados, o KDIF11 foi outro destaque positivo, ao retomar distribuições mais robustas, pagando R$ 1,70 por cota em fevereiro, após uma redução temporária em dezembro. Já o BDIF11, da gestora BTG Pactual, segue uma estratégia de alocação tática, investindo em debêntures de empresas como a Light, com objetivo de capturar ganhos de capital no curto e médio prazo.
Os analistas destacam que a escolha de um FI-Infra deve considerar não apenas o retorno projetado, mas também a qualidade do crédito dos ativos que compõem sua carteira.
“É preciso analisar risco-retorno. O que tem maior retorno, nem sempre tem o melhor risco, é preciso ficar atento a isso”, recomenda João Zanott.
Investidores mais conservadores podem optar por fundos como o JURO11, que possui uma carteira diversificada e majoritariamente composta por ativos de alta qualidade. Para quem busca retornos mais elevados e está disposto a assumir maiores riscos, fundos como o BDIF11 e o CPTI11 podem ser alternativas interessantes.
Confira, abaixo, as informações dos FI-Infra sob cobertura da EQI Research.
Os FI-Infras são Fundos de Investimento em Infraestrutura. Eles funcionam como um “condomínio de investidores”, onde várias pessoas colocam dinheiro em um fundo, que, por sua vez, investe em ativos relacionados a projetos de infraestrutura, como rodovias, energia, saneamento e telecomunicações.
Os FI-Infras são uma excelente opção para quem quer investir em infraestrutura sem precisar comprar ativos individualmente.
Mas, atenção, diferentemente de um FII, o FI-Infra tem uma regra diferente na distribuição de dividendos. O FI-Infra, neste sentido, funciona como uma ação: pode reinvestir o lucro no próprio negócio ou distribuir dividendos. A decisão é do próprio fundo. O JURO11, por exemplo, tem uma regra particular de não distribuir provento se o valor patrimonial da cota cair abaixo de R$ 100. Por outro lado, se ficar acima de R$ 100, o fundo pode optar por distribuir a totalidade dos lucros.
Os Fundos Imobiliários também continuam sendo uma excelente alternativa para renda passiva. A EQI Research aponta que o IFIX, índice que mede o desempenho dos FIIs na B3, encontra-se no maior desconto patrimonial dos últimos nove anos. O P/VP (preço sobre valor patrimonial) do índice está em 0,83x, o que indica uma assimetria favorável para aquisição de ativos descontados.
Dentro desse contexto, setores como FIIs de papel, galpões logísticos e Fundos de Fundos (FOFs) são apontados como os mais promissores. O KORE11, focado em lajes corporativas, é um dos destaques, oferecendo um dividend yield superior a 19% ao ano. Já o HGBS11, do setor de shoppings, e o HGRU11, classificado como híbrido, também figuram entre as melhores opções para os próximos meses.
Os analistas ressaltam que, apesar do desempenho negativo do IFIX nos últimos meses, o bom desempenho operacional dos FIIs segue garantido. Com dividendos atrativos e preços historicamente baixos, este pode ser um dos melhores momentos para compor uma carteira imobiliária com foco em geração de renda passiva.
Sobre o fundo imobiliário XP Malls (XPML11), que esteve em destaque recentemente na imprensa, Carolina Borges afirma que o fundo atravessa um momento financeiro desafiador, com um caixa negativo estimado em cerca de R$ 303 milhões. Mas que isso não significa que o fundo esteja em crise e que seja preciso vender seus shoppings “a qualquer custo”. Segundo ela, o fundo realizou aquisições a prazo, com um cronograma de pagamentos detalhado, e dispõe de várias alternativas para reunir o montante necessário – clique aqui para saber mais sobre o tema.
Confira, abaixo, a Carteira Recomendada de FIIs da EQI Research:
Para os investidores que desejam compor uma carteira equilibrada entre FI-Infras e FIIs, a estratégia deve levar em conta o perfil de risco e os objetivos financeiros. Os FI-Infras são interessantes para aqueles que buscam proteção contra a inflação e isenção tributária, enquanto os FIIs proporcionam ganhos regulares e um portfólio diversificado de ativos imobiliários.
Em um cenário de juros elevados, os fundos atrelados ao CDI, como o CDI11 e o IFRI11, podem se beneficiar, entregando retornos expressivos para o investidor. Além disso, a análise do P/VP pode indicar boas oportunidades de compra entre os FIIs.
Tanto os FI-Infras quanto os FIIs continuam sendo excelentes opções para gerar renda passiva mensal. Com uma seleção criteriosa dos ativos, levando em consideração fatores como qualidade de crédito, gestão e perspectivas de mercado, é possível construir uma carteira equilibrada e resiliente. O momento atual, com preços descontados e altas taxas de retorno, representa uma janela de oportunidade para os investidores atentos. Bons investimentos!
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