Na última terça-feira (1), a EQI Investimentos promoveu mais uma edição da série After Market, que tem como missão transformar as manchetes econômicas do dia em ações práticas para investidores de todos os níveis. O apresentador da noite foi Matheus Szabileski, assessor de investimentos da casa, que conduziu um bate-papo direto com o público sobre como proteger o portfólio em meio à instabilidade econômica e política que marca o cenário atual. E usou uma metáfora com o futebol, demonstrando qual a melhor escalação para sua carteira de investimentos em cada cenário.
Qual a melhor escalação para sua carteira de investimentos: uma conversa direta com o investidor
Em linguagem acessível e com espaço aberto para perguntas ao vivo, Szabileski alertou para um ponto fundamental: não há fórmula mágica ou ativo perfeito que funcione para todos os momentos.
“Investimentos bons em um ano podem não ser nos outros”, afirmou. “Por isso, é essencial ter estratégia e acompanhamento especializado.”
Ele comparou o papel do assessor de investimentos ao de um nutricionista:
“Dá para emagrecer sozinho? Dá. Mas com um profissional qualificado ao seu lado, a jornada é mais eficiente e menos sofrida. O assessor de investimentos é como um nutricionista, ele ajuda a montar a estratégia ideal para o seu perfil e objetivos financeiros.”
O papel da diversificação e do rebalanceamento
Durante a live, um dos conceitos mais enfatizados foi a diversificação da carteira. Szabileski utilizou uma metáfora esportiva para ilustrar:
“Você não ganha um campeonato só com atacantes. É preciso equilíbrio. Ter uma carteira diversificada é como montar um time de futebol bem escalado.”
Ele também destacou a importância do rebalanceamento periódico da carteira, ajustando as alocações de acordo com os movimentos do mercado e as mudanças no cenário macroeconômico – para conferir a alocação recomendada atualmente pela equipe de analistas da EQI Research, clique aqui.
“Quando a taxa Selic está alta, por exemplo, é hora de garantir bons rendimentos na renda fixa prefixada. Mas a porcentagem ideal deste ativo na sua carteira depende do seu perfil de investidor e da orientação do seu assessor.”
Quando o país vai mal, o que fazer?
Uma imagem apresentada durante a live sobre pesos e contrapesos nos investimentos mostra uma clara divisão entre ativos que performam melhor quando o Brasil está em crise e os que brilham em momentos de estabilidade ou crescimento.

Ativos defensivos (quando o país vai mal):
- Pós-fixados: ideais para momentos de alta dos juros e incertezas.
- Fundos Cambiais / Dólar: quando o real se desvaloriza em cenários turbulentos, esses ativos sobem. São seus volantes: protegem a carteira e fazem cobertura.
- Ouro: clássico ativo de proteção global, brilha em momentos de pânico nos mercados. Atua como seu líbero — firme na defesa e pronto para cobrir falhas.
Esses ativos são escolhidos por sua capacidade de preservar valor, oferecer previsibilidade e blindar o investidor de grandes perdas.
E quando o Brasil vai bem?
Em cenários de crescimento econômico, reformas fiscais, queda dos juros e inflação sob controle, o leque de oportunidades se abre.
Ativos de crescimento (quando o país vai bem):
- Prefixados: garantem proteção e constância.
- Ações / Bolsa brasileira: com juros em queda, o dinheiro migra da renda fixa para a renda variável. As ações são os atacantes da sua carteira — têm mais risco, mas podem entregar os maiores gols (rendimentos).
- Fundos Imobiliários (FIIs): tendem a se beneficiar de juros mais baixos e economia aquecida, pois seus imóveis se valorizam e a distribuição de aluguéis cresce. Também agem como atacantes.
Quais ativos fazem sentido hoje?
Szabileski analisou o cenário atual de juros altos, recomendando estratégias que combinem segurança e retorno. Segundo ele:
- Prefixados são boas opções agora, aproveitando a Selic elevada;
- IPCA+ costuma aparecer entre os melhores investimentos em vários momentos, oferecendo proteção contra inflação;
- Ações e FIIs: preços descontados atualmente, sendo um bom momento para montar posição para aproveitar a subida que esses ativos devem ter com o futuro ciclo de queda da Selic.
A regra é clara: não concentrar tudo em ativos que dependem de um mesmo movimento (como a queda dos juros), para evitar exposição excessiva a um único risco.
Sua carteira é um time. Qual a sua escalação?
Um dos momentos mais didáticos da live foi quando Szabileski apresentou a imagem de um campo de futebol, em que cada tipo de ativo representava uma posição no time:

“Não dá para ganhar um campeonato só com atacante. Por isso, diversifique como um técnico monta o time para cada jogo”, explicou Szabileski.
Próximas Lives do After Market
A série After Market continua todas as terças-feiras, às 19h30. Veja os temas das próximas semanas e programe-se:
- 08/07 – Imóveis físicos ou renda fixa: como comparar o melhor investimento?
- 15/07 – O que você precisa saber para fazer uma boa gestão de patrimônio?
- 22/07 – Porque investir em dólar é uma necessidade para o investidor brasileiro?
- 29/07 – O que é indispensável saber antes de investir?
- 05/08 – Quais as vantagens de investir em uma corretora?
- 12/08 – Fundo imobiliário é um bom investimento hoje?
- 19/08 – Como a inflação afeta no seu dia a dia?
Já conferiu os temas que passaram pelo After Market?
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