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Altas e baixas: MGLU3 lidera ganhos com juros futuros em queda; CMIN3 recua com programa de venda de ações

Altas e baixas: MGLU3 lidera ganhos com juros futuros em queda; CMIN3 recua com programa de venda de ações

Magazine Luiza lidera as altas em dia de alívio na curva de juros, enquanto CSN Mineração recua após anunciar a venda integral das ações em tesouraria

Nas altas e baixas do Ibovespa desta segunda-feira (24), o Magazine Luiza (MGLU3) lidera os ganhos impulsionado pelo recuo predominante dos juros futuros, que aliviam a pressão sobre empresas sensíveis ao custo de capital. Do lado oposto das altas e baixas, a CSN Mineração (CMIN3) concentra o principal recuo do dia após anunciar a venda integral das ações mantidas em tesouraria.

MGLU3 puxa altas com queda dos juros; Vamos, GPA e Localiza acompanham desempenho positivo

O Magazine Luiza dispara nas altas e baixas, aproveitando o movimento majoritariamente baixista da curva de juros futuros. Os DIs mais curtos e médios recuam entre 7 e 23 pontos-base na sessão, com destaque para:

  • DI jan/27: 13,35% (−0,11 p.p.)
  • DI jul/27: 13,13% (−0,15 p.p.)
  • DI jan/28: 12,86% (−0,23 p.p.)
  • DI jan/29: 12,83% (−0,27 p.p.)

Esse alívio na curva beneficia varejistas e empresas de serviços, dando força ao papel mesmo sem novos gatilhos corporativos.

A Vamos (VAMO3) sobe na esteira da queda dos juros, movimento que reduz a percepção de risco em empresas ligadas à locação e renovação de frotas.

O GPA (PCAR3) também opera em alta, refletindo ajuste técnico após semanas de forte volatilidade e certa melhora no ambiente de juros.

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A Localiza (RENT3) avança com a combinação de DIs mais baixos e fluxo comprador no setor.

A Raízen (RAIZ4) fecha o grupo das cinco maiores altas, recuperando parte das perdas recentes.

Maiores altas do Ibovespa

  • Magazine Luiza (MGLU3): +4,88%
  • Vamos (VAMO3): +4,13%
  • GPA (PCAR3): +2,86%
  • Localiza (RENT3): +3,33%
  • Raízen (RAIZ4): +1,20%

CSN Mineração lidera quedas com programa de alienação; Totvs e Brava recuam em pregão de aversão moderada

A CSN Mineração é o destaque negativo das altas e baixas após informar a aprovação de um programa de alienação das ações mantidas em tesouraria.

A companhia possui 1,646 bilhão de ações em circulação e 53,29 milhões em tesouraria. O plano autoriza a venda integral desse volume, sem preço mínimo ou máximo, com negociações a mercado via B3 ao longo dos próximos 18 meses.

O objetivo, segundo a empresa, é:

  • reforçar flexibilidade financeira;
  • ampliar a liquidez dos papéis;
  • otimizar a estratégia de capital.

O programa entra em vigor hoje (24) e tende a aumentar a oferta de ações no curto prazo — o que pressiona o preço.

A Totvs (TOTS3) também recua, acompanhando a proximidade das máximas recentes e um ambiente macro ainda frágil para empresas de tecnologia, apesar da queda dos juros mais longos.

A Brava (BRAV3) fecha o grupo das três quedas do dia, ainda em movimento de correção após dias de volatilidade no setor de óleo e gás.

Maiores baixas do Ibovespa

  • CSN Mineração (CMIN3): −2,68%
  • Totvs (TOTS3): −0,37%
  • Brava (BRAV3): −0,71%

Altas e baixas: contexto do mercado

No campo doméstico, o foco permanece dividido entre as variáveis fiscais e políticas. Do lado das contas públicas, investidores acompanham a repercussão do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, divulgado na sexta-feira, que apontou redução do bloqueio de gastos e novo contingenciamento, aproximando o governo da meta de resultado primário, mas ainda com riscos relevantes tanto do lado das receitas quanto das despesas.

Nesta manhã, a Receita Federal informou que a arrecadação de outubro somou R$ 261,9 bilhões, recorde para o mês na série histórica iniciada em 1995. No acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação supera R$ 2,3 trilhões, também em máxima para o período.

Também entrou no radar a nova leitura do Boletim Focus, que mostrou ligeira queda nas projeções de inflação para 2025 e 2026 e recuo nas expectativas para a taxa Selic de 2026 para 12%. As estimativas para o câmbio e para o PIB foram mantidas.

Na política, o ambiente segue sensível após a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A avaliação no mercado é de que o episódio adiciona ruído ao quadro institucional e pode reordenar o tabuleiro eleitoral de 2026, com analistas políticos destacando o fortalecimento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como potencial candidato do campo da direita.

No front da atividade interna, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da FGV subiu pelo terceiro mês consecutivo em novembro, atingindo o maior nível desde o fim de 2024.

E no exterior

No cenário internacional, a semana começa com os mercados ainda sob influência da percepção de que o Federal Reserve (Fed) pode realizar mais um corte de juros em dezembro. As apostas se fortaleceram após declarações do presidente do Fed de Nova York, John Williams, na sexta-feira, indicando que a política monetária está “modestamente restritiva” e que há espaço para um ajuste adicional no curto prazo sem comprometer a convergência da inflação à meta.

Os índices futuros de Nova York operam mistos nesta segunda-feira, refletindo um equilíbrio entre o otimismo com a possibilidade de alívio monetário e a cautela com valuations elevados, em especial no setor de tecnologia.

Ao longo da semana, ganham destaque a divulgação de dados de vendas no varejo e preços ao produtor nos Estados Unidos, que podem ajustar as apostas para a reunião de dezembro do Fed.

Na Europa, as principais bolsas operam sem direção única, em um dia esvaziado de indicadores relevantes, mas com atenção voltada para o Orçamento de Outono no Reino Unido e para as negociações comerciais entre União Europeia e Estados Unidos. Investidores também acompanham os desdobramentos das discussões de paz entre EUA e Ucrânia, que podem alterar a percepção de risco geopolítico.

Já na Ásia, os mercados encerraram a sessão em alta, embalados justamente pela leitura de que o Fed pode cortar juros novamente neste ano. A sinalização de Williams foi vista como um suporte adicional aos ativos de risco na região, com destaque para o avanço das bolsas de Hong Kong e da Austrália. O Japão permaneceu fechado por conta de feriado nacional.

No mercado de commodities, o petróleo devolve parte dos ganhos recentes, pressionado pela perspectiva de acordo de paz entre Rússia e Ucrânia e pela força do dólar, enquanto o minério de ferro negociado em Dalian avança, apoiado por sinais de estímulo adicional do governo chinês e por notícias de restrições temporárias de oferta.

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