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Altas e baixas: Rumo lidera ganhos com alívio macro; MGLU3 recua mesmo com juros menores

Altas e baixas: Rumo lidera ganhos com alívio macro; MGLU3 recua mesmo com juros menores

Rumo avança mais de 5% com alívio macro após IPCA-15, enquanto Magazine Luiza lidera as quedas em dia de ajustes apesar da queda dos juros futuros

Nas altas e baixas do Ibovespa desta quarta-feira (26), a Rumo (RAIL3) lidera os ganhos apoiada pela melhora do ambiente macroeconômico após a divulgação do IPCA-15 de novembro, enquanto o Magazine Luiza (MGLU3) concentra o principal recuo do dia, mesmo com a queda predominante dos juros futuros.

Rumo dispara nas altas e baixas com ambiente macro mais favorável; Cosan, Assaí, MBRF e Gerdau também avançam

A Rumo lidera as altas e baixas após um conjunto de fatores macroeconômicos melhorar a percepção de risco no mercado brasileiro. O IPCA-15 de novembro sobe 0,20%, acima da mediana das projeções, mas com desaceleração no acumulado de 12 meses (de 4,94% para 4,50%), praticamente encostando no teto da meta do Banco Central.

A composição da inflação agrada:

  • núcleos seguem comportados;
  • serviços subjacentes perdem força;
  • qualidade do dado reforça a leitura de desinflação estrutural.

Investidores também monitoram dados de atividade nos EUA e sinais de política monetária no exterior.

O movimento favorece Cosan (CSAN3), que sobe após o BTG Pactual (BPAC11) negar interesse em ampliar participação na Raízen (RAIZ4), em resposta a rumores veiculados pelo Correio do Estado de MS. O contexto também relembra o aporte feito há dois meses por BTG e Perfin, de R$ 10 bilhões, que reduziu o endividamento da companhia e fortaleceu sua governança.

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O Assaí (ASAI3) avança com a percepção de inflação mais benigna.

A MBRF (MBRF3) sobe após detalhar sua campanha natalina:

  • produção de kits comemorativos aumenta 8%;
  • kits representam 1/3 das vendas do período;
  • empresa registra melhora operacional: rupturas caem de 22% para 7% (de 78 para 92–93 itens entregues a cada 100 pedidos).

Após o ciclo das festas, o foco se volta ao Ramadã, quando a demanda por proteínas cresce cerca de 15% no Oriente Médio.

A Metalúrgica Gerdau (GOAU4) acompanha a alta do minério. Em Dalian, o contrato mais negociado sobe 0,19% para US$ 112,59/t; em Singapura avança 0,80%, para US$ 106,60/t; e no mercado à vista registra alta de 0,10%, a US$ 104,95/t — sustentado por sinais de recuperação moderada da demanda chinesa.

Maiores altas do Ibovespa

  • Rumo (RAIL3): +5,18%
  • Cosan (CSAN3): +3,07%
  • Assaí (ASAI3): +3,09%
  • MBRF (MBRF3): +1,74%
  • Metalúrgica Gerdau (GOAU4): +2,31%

Magazine Luiza lidera quedas; Ambev, MRV e Petrobras recuam mesmo sem gatilhos claros

No lado negativo das altas e baixas, o Magazine Luiza retorna à ponta das quedas. Mesmo com a curva de juros futuros operando majoritariamente em queda — fator que normalmente favorece empresas de varejo e consumo —, o papel recua em movimento de correção.

A Ambev (ABEV3) também cai sem gatilhos específicos, enquanto a MRV (MRVE3) acompanha um ajuste mais técnico após as oscilações recentes.

Petrobras (PETR3; PETR4) recua com o petróleo pressionado e um ambiente internacional mais cauteloso.

Maiores baixas do Ibovespa

  • Magazine Luiza (MGLU3): −1,75%
  • Ambev (ABEV3): −0,80%
  • MRV (MRVE3): −0,56%
  • Petrobras ON (PETR3): −0,41%
  • Petrobras PN (PETR4): −0,40%

Altas e baixas: contexto do mercado

As atenções do mercado brasileiro se voltam principalmente para a divulgação do IPCA-15 de novembro, enquanto investidores também monitoram dados de atividade nos Estados Unidos e os desdobramentos da política monetária no Brasil e no exterior.

prévia da inflação oficial, divulgada pelo IBGE, mostrou alta de 0,20% em novembro — acima da mediana das projeções, mas com desaceleração no acumulado de 12 meses, de 4,94% para 4,50%, praticamente encostando no teto da meta de inflação perseguida pelo Banco Central. Em 2025 até novembro, a inflação acumulada é de 4,15%.

A leitura reforçou a percepção de que, apesar do dado cheio um pouco acima do consenso, o processo de desinflação segue bem ancorado. Economistas destacaram composição benigna dos núcleos e de serviços subjacentes, reforçando a visão de que a inflação estrutural segue perdendo força.

No ambiente doméstico, outros pontos também entram no radar dos investidores. O estoque total de crédito subiu 0,9% em outubro, segundo o Banco Central, em um cenário ainda marcado por inadimplência elevada no segmento de recursos livres.

Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda.

Investidores monitoram ainda os dados do Tesouro Nacional, previstos para hoje, e o resultado do terceiro trimestre da Caixa Econômica Federal, que será divulgado no fim do dia.

E no exterior

No exterior, o ambiente é favorável ao risco. Os índices futuros dos EUA sobem na véspera do feriado de Ação de Graças, apoiados em dados mais fracos de consumo e em sinais de perda de fôlego da economia, fatores que reforçam a leitura de que o Federal Reserve deve cortar os juros em dezembro.

A probabilidade de redução de 0,25 ponto na próxima reunião do Fed está ao redor de 85%, segundo a ferramenta FedWatch da CME, depois de sucessivas declarações de dirigentes reforçando a possibilidade de afrouxamento e em meio à especulação sobre a possível nomeação de Kevin Hassett — economista próximo a Donald Trump e visto como defensor de juros mais baixos — para o comando da instituição.

Na Europa, as bolsas operam em alta, com investidores à espera do orçamento britânico e atentos aos desdobramentos das negociações de paz envolvendo Ucrânia e Rússia, o que contribui para aliviar a pressão sobre o petróleo.

Na Ásia, os mercados fecharam majoritariamente no positivo, embalados pelos ganhos de tecnologia em Wall Street, pelos resultados da Alibaba e pelas expectativas de que um corte de juros pelo Fed possa sustentar o rali global de fim de ano.

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