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Altas e baixas: empresas de educação e varejo lideram Ibovespa, de olho na queda dos juros

Altas e baixas: empresas de educação e varejo lideram Ibovespa, de olho na queda dos juros

O Ibovespa opera em forte alta nesta segunda-feira (15), acompanhando o otimismo no exterior diante da expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) já na quarta-feira (17). Às 14h14, o principal índice da bolsa brasileira subia 1,12%, aos 143.860 pontos, impulsionado por bancos e Vale, apesar da queda de Petrobras.

A melhora de humor global ocorre após dados mais fracos do mercado de trabalho americano reforçarem as apostas de afrouxamento monetário nos Estados Unidos. O mercado praticamente dá como certo um corte de 25 pontos-base (96%, segundo o CME), mas investidores aguardam se o presidente do Fed, Jerome Powell, confirmará a projeção de três cortes até o fim do ano — e até mesmo a possibilidade de uma redução mais agressiva, de 50 pontos.

No câmbio, o dólar recua 0,64% e é negociado a R$ 5,3196, em linha com a desvalorização da moeda ante emergentes e pares. O DXY cede 0,13%, a 97,426 pontos. Já os juros futuros também caem, acompanhando o movimento externo, o que dá fôlego para ações sensíveis à taxa de juros.

Maiores altas

  • YDUQ3 (Yduqs): +5,88% – R$ 13,87
  • MGLU3 (Magazine Luiza): +5,38% – R$ 10,38
  • ASAI3 (Assaí): +4,35% – R$ 10,31
  • B3SA3 (B3): +4,17% – R$ 13,49
  • COGN3 (Cogna): +4,11% – R$ 3,04

As empresas de educação e varejo lideram os ganhos do dia, beneficiadas pela queda dos DIs (juros futuros), que tende a aliviar custos de financiamento e melhorar perspectivas de consumo.

Maiores baixas

  • RADL3 (Raia Drogasil): -3,05% – R$ 17,51
  • BEEF3 (Minerva): -1,66% – R$ 6,53
  • BBAS3 (Banco do Brasil): -1,08% – R$ 22,07
  • PCAR3 (Pão de Açúcar): -0,97% – R$ 4,07
  • FLRY3 (Fleury): -0,57% – R$ 15,71

Apesar do bom desempenho dos grandes bancos no dia, o Banco do Brasil destoua, realizando lucros após acumular valorização de mais de 3,30% no mês e de 7,10% nos últimos 30 dias.

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Altas e baixas: contexto do mercado

Em Nova York, os índices também avançam: Dow Jones (+0,29%), S&P 500 (+0,50%) e Nasdaq (+0,67%), com investidores reagindo positivamente não apenas às expectativas sobre o Fed, mas também ao progresso nas negociações comerciais entre EUA e China.

No Brasil, o IBC-Br, indicador do BC considerado uma prévia do PIB, recuou 0,50% em julho, com resultado pior do que a expectativa do mercado, que projetava queda de 0,20%.

Também divulgado nesta manhã, o Boletim Focus trouxe nova revisão para baixo na expectativa de inflação para 2025. A estimativa para o IPCA recuou de 4,85% para 4,83%. Na semana passada, a expectativa permaneceu inalterada, após 14 quedas seguidas de projeção. Para 2026, a projeção permaneceu em 4,30%, enquanto para 2027 houve uma nova queda, de 3,93% para 3,90%.

Na quarta-feira (17), o Copom deve anunciar nova manutenção da Selic em 15%. A expectativa do mercado é de queda dos juros somente a partir de 2026.

No plano político doméstico, investidores monitoram ainda os desdobramentos da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e as possíveis retaliações do governo Donald Trump – até aqui, nada foi anunciado. Na Câmara, aumenta a pressão pela aprovação de uma anistia.

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