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Altas e baixas: WEG sobe com relatório do BTG; Brava cai em meio à auditoria da ANP

Altas e baixas: WEG sobe com relatório do BTG; Brava cai em meio à auditoria da ANP

As ações da Weg (WEGE3) lideraram as altas e baixas do Ibovespa, encerrando o dia cotadas a R$ 37,20, com avanço de 4,79%, equivalente a uma variação positiva de R$ 1,70.

Segundo o BTG, a WEG deve divulgar uma receita líquida de R$ 10,5 bilhões no 3TRI25, o que representa alta de 7% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido estimado é de R$ 1,6 bilhão, avanço de 2% na comparação anual.

Os analistas explicam que a empresa absorve parte das tarifas de importação dos Estados Unidos para manter sua presença competitiva no mercado norte-americano, o que pressiona a margem Ebitda projetada para 21,5%, ante 22,2% no trimestre anterior. A divulgação oficial dos resultados está prevista para 22 de outubro.

Além da WEG, o desempenho positivo do IPCA de setembro — que sobe 0,48%, abaixo do esperado — estimula ganhos em ações sensíveis à taxa de juros.

A Auren (AURE3) também teve desempenho expressivo, subindo 3,47% e fechando a R$ 10,73, após alta de R$ 0,36.

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Entre os demais destaques positivos, os papéis da Porto Seguro (PSSA3) registraram valorização de 1,73%, a R$ 46,37, enquanto as ações da Natura (NATU3) encerraram o dia com elevação de 1,69%, a R$ 8,43.

Já a Vamos (VAMO3) teve ganho mais moderado, de 1,35%, terminando as negociações a R$ 3,01.

Maiores altas do dia

NomeÚltimoVariaçãoVar. %
Weg ON37,20+1,70+4,79%
Auren ON10,73+0,36+3,47%
Porto Seguro ON46,37+0,79+1,73%
Natura ON8,43+0,14+1,69%
Vamos ON3,01+0,04+1,35%

Maiores baixas do dia

As ações da Brava (BRAV3) lideraram as perdas do pregão, encerrando o dia em queda de 5,09%, cotadas a R$ 16,03, após recuo de R$ 0,86, após anunciar a interrupção de parte da produção na Bacia Potiguar para atender às exigências de auditoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A empresa informa que o processo, iniciado em 29 de setembro, deve ser concluído até amanhã (10), e que o impacto na produção será detalhado após o fim da auditoria.

A Raízen (RAIZ4) também registrou forte desvalorização, caindo 4,35% e terminando o dia a R$ 0,88, enquanto os papéis da Marfrig Global Food (MBRF3) recuaram 4,27%, fechando a R$ 16,81.

Entre as demais quedas relevantes, as ações da Braskem (BRKM5) perderam 3,98%, negociadas a R$ 6,52, e os papéis do Assaí (ASAI3) recuaram 3,24%, encerrando a sessão a R$ 8,37.

O movimento refletiu um dia de cautela na bolsa, marcado por ajustes de portfólio e pela aversão ao risco entre investidores diante de um cenário de volatilidade nos mercados globais.

Maiores baixas do dia

NomeÚltimoVariaçãoVar. %
Brava ON16,03-0,86-5,09%
Raízen PN0,88-0,04-4,35%
Marfrig Global Food16,81-0,75-4,27%
Braskem PN6,52-0,27-3,98%
Assaí ON8,37-0,28-3,24%

Altas e baixas: contexto do mercado

O foco doméstico recaiu sobre a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, que subiu 0,48%, abaixo das projeções de 0,52%. A leitura reforçou a percepção de desaceleração gradual da inflação, sustentando o apetite por risco.

De acordo com o IBGE, o avanço do índice foi impulsionado pela alta de 10,31% na energia elétrica residencial, influenciada pelo fim do bônus de Itaipu e pela manutenção da bandeira tarifária vermelha patamar 2. Por outro lado, a queda de 0,26% nos alimentos ajudou a conter o movimento inflacionário.

Para Thalita Silva, economista da EQI Asset, o resultado “surpreendeu positivamente em praticamente todas as categorias, especialmente em serviços e bens industrializados”. Segundo ela, “a leitura deve ajudar o Banco Central em suas próximas decisões, embora o mercado de trabalho ainda mantenha pressão sobre os serviços”.

No campo político, o governo tenta recompor sua base após a derrota na Câmara dos Deputados, que resultou na perda de validade da Medida Provisória 1303. A proposta previa a unificação da alíquota de tributação sobre aplicações financeiras em 18% e o aumento da CSLL de instituições financeiras. Com a retirada de pauta, a MP deixou de tramitar, marcando uma derrota relevante para o Ministério da Fazenda.

O ministro Fernando Haddad afirmou que apresentará novas alternativas de ajuste fiscal ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, reforçando que a redução dos gastos tributários é uma determinação constitucional.

Ainda no cenário doméstico, a nova pesquisa Genial/Quaest mostrou que Lula lidera em todos os cenários para 2026, tanto no primeiro quanto no segundo turno. O presidente aparece com entre 35% e 43% das intenções de voto, dependendo do adversário. Em uma eventual disputa com Jair Bolsonaro (PL), o petista venceria por 46% a 36%. A rejeição ao ex-presidente da República segue elevada, enquanto o percentual dos que não desejam que Lula dispute a reeleição caiu de 66% em maio para 56% em outubro.

No noticiário corporativo, a Petrobras (PETR4) anunciou investimento de R$ 2,6 bilhões na Bahia, voltado à reabertura da Fábrica de Fertilizantes (Fafen) e à encomenda de embarcações. O Itaú Unibanco (ITUB4) comunicou a emissão de Letras Financeiras Subordinadas Perpétuas no valor de R$ 3 bilhões, reforçando sua base de capital.

Já a JBS (JBSS3) concluiu o leilão das frações de BDRs referentes à incorporação de ações em seu processo de dupla listagem, encerrando uma etapa importante da reestruturação societária.

E no exterior

No exterior, o destaque ficou com o breve discurso do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que não trouxe comentários sobre política monetária nem mencionou o tarifaço do presidente norte-americano Donald Trump.

Em sua fala, Powell ressaltou apenas o papel essencial dos bancos comunitários no sistema financeiro dos Estados Unidos, destacando sua importância para o crédito local e o fortalecimento das economias regionais.

A ausência de novas sinalizações reforçou a leitura de estabilidade após a divulgação da ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que manteve as apostas em dois novos cortes de juros até o fim de 2025.

O cenário global também segue influenciado pelo shutdown do governo dos EUA, que chega ao oitavo dia sem perspectiva de acordo, e pela reabertura dos mercados chineses após o feriado prolongado, que trouxe volatilidade às commodities.

O mercado também reage à reabertura das bolsas chinesas após o feriado prolongado e às notícias sobre o acordo de paz entre Israel e Hamas, que encerra uma das fases mais longas do conflito na Faixa de Gaza.

Mediado por Catar, Egito, Turquia e Estados Unidos, o pacto prevê a retirada gradual das tropas israelenses, a entrada de ajuda humanitária e a libertação de reféns em até 72 horas após a implementação do cessar-fogo. O presidente Donald Trump celebrou o avanço, afirmando que “todos os reféns serão libertados muito em breve”. O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o acordo como uma “oportunidade crucial para estabelecer um caminho político rumo à convivência pacífica entre dois Estados”.

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