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Altas e baixas: MRV salta com lucro triplicado; Hapvida despenca mais de 40%

Altas e baixas: MRV salta com lucro triplicado; Hapvida despenca mais de 40%

MRV lidera as altas com lucro triplicado e avanço de margens; Allos reage a novo plano de dividendos, enquanto Hapvida desaba após balanço fraco e forte queda no EBITDA

Nas altas e baixas do Ibovespa desta quinta-feira (13), a MRV (MRVE3) puxa os ganhos após reportar um 3TRI25 forte em lucro e receita. A Allos (ALOS3) também se destaca com guidance de dividendos mais robusto.

Do lado negativo, Hapvida (HAPV3) desaba após um 3TRI25 fraco em rentabilidade.

MRV e Allos lideram altas; B3 e Petrobras avançam

A MRV sobe 7,74% e lidera as altas e baixas após reportar lucro líquido ajustado de R$ 204 milhões no 3TRI25, alta de 208,9% frente ao mesmo período de 2024. A receita operacional líquida atingiu R$ 2,65 bilhões (+14,7% a/a), enquanto o lucro bruto somou R$ 813 milhões (+32,4%), com margem bruta de 30,7%. No acumulado do ano, o lucro ajustado totaliza R$ 355 milhões, crescimento de 80,8%.

A Allos (ALOS3) avança 3,84%, repercutindo o anúncio de que triplicará a distribuição mensal de dividendos a partir de 2026, alcançando dividend yield projetado de 14%. O resultado do 3TRI25 veio em linha com as projeções, e o capex previsto para 2026 foi revisado para baixo, entre R$ 350 milhões e R$ 450 milhões, o que reforça o retorno aos acionistas.

A B3 ($B3SA3) sobe 2,55% após apresentar lucro líquido recorrente de R$ 1,257 bilhão (+2,6% a/a) e receita líquida de R$ 2,486 bilhões (+2,1% a/a). As despesas operacionais ficaram praticamente estáveis, o que contribuiu para o bom desempenho.

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Já a Petrobras (PETR3) avança 1,69%, acompanhando o movimento positivo do índice e o avanço pontual do petróleo no exterior, em um pregão de recuperação moderada após quedas recentes.

Maiores altas do dia

NomeÚltimo (R$)Variação (R$)Var. (%)
MRV ON (MRVE3)8,77+0,63+7,74%
Allos ON (ALOS3)28,13+1,04+3,84%
B3 ON (B3SA3)14,48+0,36+2,55%
Marfrig Global Food (MBRF3)21,34+0,46+2,20%
Petrobras ON (PETR3)34,93+0,58+1,69%

Hapvida desaba após balanço; Ultrapar cai e Braskem realiza lucros

Na ponta negativa das altas e baixas, a Hapvida (HAPV3) desaba 44,17%, em reação ao balanço do 3TRI25. A operadora registrou lucro líquido de R$ 338 milhões, alta de 12,7% a/a, mas a rentabilidade operacional foi pressionada pela alta da sinistralidade e queda de 20% no EBITDA ajustado. O resultado ficou abaixo das estimativas do mercado, levando a uma onda de revisões de recomendações por grandes bancos.

A Ultrapar (UGPA3) recua 5,30%, refletindo ajustes após comentários da Ipiranga sobre recuperação mais lenta de margens, mesmo com o aumento de volume de vendas no início do quarto trimestre.

A Braskem (BRKM5) cai 3,09%, devolvendo parte dos ganhos de 18% da véspera, quando o mercado reagiu à notícia de um possível acordo para venda da fatia da Novonor e à assinatura do termo com o governo de Alagoas.

A C&A (CEAB3) recua 2,12%, após sequência de altas recentes, e a Cosan (CSAN3) cai 2,50% depois de captar R$ 1,43 bilhão em nova oferta pública primária. O movimento aumenta a percepção de diluição no curto prazo, embora reforce o capital da holding e de suas controladas.

Maiores quedas do dia

NomeÚltimo (R$)Variação (R$)Var. (%)
Hapvida ON (HAPV3)18,25-14,44-44,17%
Ultrapar ON (UGPA3)21,63-1,21-5,30%
Braskem PN (BRKM5)7,53-0,24-3,09%
C&A Modas ON (CEAB3)17,10-0,37-2,12%
Cosan ON (CSAN3)6,25-0,16-2,50%

Altas e baixas: contexto do mercado

Os investidores digerem a nova pesquisa Genial/Quaest, que mostrou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na liderança em todos os cenários de primeiro e segundo turno, mas com vantagem reduzida sobre seus principais adversários. Lula tem entre 31% e 39% das intenções de voto, dependendo do cenário.

Os nomes mais competitivos são o do ex-presidente Jair Bolsonaro, do deputado Eduardo Bolsonaro, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do governador do Paraná, Ratinho Junior, e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O IBGE divulgou nesta manhã que as vendas no varejo caíram 0,3% em setembro frente a agosto, interrompendo a recuperação observada no mês anterior. O resultado veio pior que o esperado — economistas projetavam alta de 0,3%. Na comparação anual, o setor cresceu 0,8%.

Seis dos oito segmentos pesquisados registraram queda, com destaque para livros, revistas e papelaria (-1,6%) e tecidos, vestuário e calçados (-1,2%). O varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, subiu 0,2% no mês.

No campo corporativo, o Banco do Brasil (BBAS3) lidera as quedas do dia, com recuo de 3,33%, a R$ 22,02, após divulgar lucro líquido ajustado de R$ 3,7 bilhões no 3TRI25, queda de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro contábil caiu 66%, para R$ 3,028 bilhões.

Outras empresas também divulgaram resultados relevantes:

  • MRV (MRVE3) teve lucro líquido ajustado de R$ 204 milhões, avanço de 208,9% em um ano;
  • Simpar (SIMH3) registrou prejuízo líquido de R$ 246,2 milhões;
  • Americanas (AMER3) reportou queda de 96,4% no lucro, para R$ 367 milhões.

E no exterior

No exterior, o clima é de alívio após o fim da maior paralisação do governo americano na história. O presidente Donald Trump sancionou, na noite de quarta-feira, a lei que restabelece o financiamento das agências federais e reativa programas públicos.

Com o retorno das operações, o mercado aguarda a divulgação de dados econômicos represados, como o relatório de empregos (payroll) de setembro, que pode influenciar as próximas decisões do Federal Reserve. Atualmente, o mercado precifica cerca de 62% de chance de corte de 25 pontos-base na reunião de dezembro, segundo dados do CME.

As bolsas asiáticas fecharam em alta, refletindo o alívio com o fim do shutdown, enquanto os índices europeus operam mistos. As atenções se voltam aos balanços da Siemens (SIE), Enel (ENEL), Merck (MRK; MRCK34) e Deutsche Telekom (DTE), além dos dados de produção industrial da União Europeia.

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