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Empresas na bolsa em 2026: por que pode faltar ação no mercado brasileiro?

Empresas na bolsa em 2026: por que pode faltar ação no mercado brasileiro?

Com menos IPOs, mais fechamentos de capital e recompras bilionárias, o mercado acionário brasileiro encolhe e pode surpreender em 2026

Vai faltar ação de empresas na bolsa em 2026? Essa pergunta deixou de ser provocação e passou a fazer parte das teses mais discutidas sobre o mercado brasileiro.

O último IPO na B3 aconteceu em setembro de 2021, quando a Vittia Fertilizantes (VITT3) abriu capital. Desde então, o mercado atravessou mais de três anos sem nenhuma nova empresa listada. Enquanto isso, o número de companhias disponíveis para investimento só diminuiu.

Um estudo da Gestora Alfa mostra que, em janeiro de 2022, o Brasil contava com cerca de 385 empresas listadas. No fim de 2024, esse número caiu para aproximadamente 335. São quase 50 empresas a menos no universo ‘investível’ da bolsa brasileira, uma redução próxima de 15%.

Além disso, as recompras de ações também pesaram. Somadas, elas retiraram mais de R$ 60 bilhões em valor de mercado do mercado acionário. Na prática, isso significa menos ações circulando e menos opções para o investidor.

Esse movimento não parou em 2024. Ao longo de 2025, várias empresas continuaram deixando a bolsa, seja por fechamento de capital, aquisições ou fusões. Casos como Serena Energia (SRNA3), a fusão entre Marfrig (MBRF3) e BRF (BRFS3) e, mais recentemente, a oferta de fechamento de capital da Neoenergia (NEOE3) pela controladora Iberdrola ilustram bem essa tendência.

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O ponto central é que, quando o ciclo virar, o cenário pode mudar rápido. Se o fluxo de capital estrangeiro voltar ao Brasil e o investidor local retomar a alocação em renda variável, o mercado vai encontrar uma oferta bem menor de ações disponíveis.

Menos empresas listadas, menos ações em circulação e uma eventual volta da demanda criam um ambiente propício para movimentos de alta mais intensos. É nesse contexto que surge a tese de que pode, sim, faltar ação na bolsa.

Esse é um dos pilares que sustentam uma visão mais construtiva para a bolsa brasileira em 2026. Não porque o cenário atual seja confortável, mas justamente porque o mercado encolheu demais. Quando o interesse voltar, a disputa por esse número reduzido de ativos pode surpreender.