Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
/Educação Financeira
Artigos
2026 pode superar o boom de 2016: esteja preparado para as oportunidades!

2026 pode superar o boom de 2016: esteja preparado para as oportunidades!

A história econômica do Brasil é marcada por desafios e avanços significativos. Para entender o potencial que o ano de 2026 traz para os investimentos e enxergar as oportunidades que agora se apresentam no mercado, é essencial olhar para os ciclos anteriores e os fatores que impulsionaram a economia ao longo das décadas. Acompanhe…

Oportunidades de 2026: passado de crises e instabilidades

Há 40 anos, o Brasil enfrentava um cenário de extrema vulnerabilidade, caracterizado por: dívida externa elevada, baixa poupança interna e externa, déficits comerciais recorrentes e hiperinflação. Esse conjunto de fatores tornava a economia instável e demandava reformas estruturais para viabilizar um crescimento sustentável.

A virada com o Plano Real e o crescimento chinês

Nos anos 1990, o Plano Real estabilizou a inflação — um dos maiores avanços econômicos do país — e trouxe previsibilidade.

2026: oportunidades investimentos, gráfico
Inflação no Brasil. Fonte: IBGE

No início dos anos 2000, o boom das commodities, impulsionado pelo crescimento da China, permitiu avanços como a redução da dívida externa, a acumulação de reservas internacionais entre US$ 370 e US$ 380 bilhões e uma maior estabilidade cambial.

Reservas internacionais (em US$ milhões). Fonte: Banco Central

Os desafios da década de 2010

A década de 2010 trouxe um alerta sobre a importância da responsabilidade fiscal. A gestão fiscal imprudente no governo Dilma Rousseff levou à maior recessão da história recente.

Na sequência, o governo de Michel Temer adotou medidas de austeridade, como o teto de gastos e promoveu micro reformas, como a trabalhista, a modernização de processos empresariais e a preparação para a reforma da previdência. Já no governo de Jair Bolsonaro, houve continuidade às reformas, aprovando a reforma da previdência, garantindo a independência do Banco Central e promovendo marcos regulatórios importantes (saneamento, gás, Fiagro) e privatizações, como a da Eletrobras ($ELET6).

Oportunidades de crescimento para 2026

Com base nas reformas e na evolução da economia, hoje o Brasil solucionou diversos problemas estruturais e tem potencial para um novo ciclo de crescimento.

Os principais motores desse avanço incluem uma economia mais madura. Com um ambiente mais previsível, o crescimento pode se tornar mais sustentável.

O setor de petróleo também deve impulsionar a economia, já que o Brasil caminha para ser o quarto maior exportador mundial até 2028, com crescimento de 60% na produção do pré-sal.

No agronegócio, a Embrapa prevê uma expansão de 30% a 35% na produção até o final da década, consolidando o Brasil como líder global.

Além do setor Infraestrutura e energia que também são áreas promissoras, com investimentos crescentes em saneamento, gás e energia renovável. Essas oportunidades posicionam o Brasil como um polo exportador robusto, acumulando reservas e estimulando o mercado interno.

Oportunidades no mercado financeiro

Percebemos como nas últimas décadas, o Brasil passou por significativas transformações estruturais no ambiente econômico, beneficiando tanto investidores quanto tomadores de crédito.

No entanto, como vimos, em 2015, a combinação de uma gestão fiscal imprudente e a pior recessão da história recente levou as taxas de retorno de títulos públicos, como a NTN-B 2035, a atingirem níveis excepcionalmente altos, chegando a IPCA+7,8% ao ano, refletindo o ambiente de crise e incertezas.

Investidores que perceberam que o país não sustentaria taxas tão elevadas por muito tempo — e que ajustes fiscais seriam inevitáveis — aproveitaram o momento para prefixar essas taxas, assegurando retornos expressivos e obtendo retornos adicionais quando a curva de juros iniciou seu ciclo de queda, já antecipando uma mudança de governo com maior compromisso fiscal.

Ao final de 2016, com os juros reais caindo para 5,76% ao ano, esses investidores obtiveram retornos de mercado superiores a 31%, impulsionados por medidas de ajuste fiscal, reformas e a recuperação da confiança do mercado.

Atualmente, o Brasil enfrenta novamente juros elevados, reflexo de desafios fiscais e maior percepção de risco.

Fonte: EQI Investimentos

No entanto, embora as taxas de juros estejam em patamares semelhantes aos de 2015, o ambiente estrutural do país mudou significativamente. O Brasil de hoje abandonou práticas heterodoxas do passado, como: o congelamento do câmbio; o tabelamento de preços; e intervenções desastrosas, a exemplo do congelamento da poupança no governo Collor e da Nova Matriz Econômica adotada no governo Dilma, que culminou na crise de 2015.

Sim, o cenário conjuntural apresenta desafios, mas está inserido em um contexto estrutural positivo, criando uma janela de oportunidade única para investidores travarem taxas reais elevadas, assim como ocorreu em 2015.

Fonte: EQI Investimentos

Enquanto a média de retorno, por exemplo, da NTN-B desde 2010 é de IPCA+5,44% ao ano, taxas acima de IPCA+7,5% ao ano oferecem uma oportunidade para capturar retornos 40% superiores à média histórica.

Da mesma forma que em 2015, investidores reconheceram a insustentabilidade dessas taxas no longo prazo — e a inevitabilidade de ajustes fiscais — estão aproveitando o momento para prefixar esses rendimentos.

Como períodos de juros elevados tendem a ser temporários, esse cenário cria oportunidades para aqueles que se posicionam antes de um novo ciclo de queda dos juros futuros, possibilitando retornos de mercado potencialmente tão expressivos quanto os observados em 2016.

Além disso, há oportunidades na Bolsa de Valores, que apresenta múltiplos nos mesmos patamares de 2015. Atualmente, as ações brasileiras estão sendo negociadas a um P/L projetado de 12 meses de 7,6x, bem abaixo da média histórica de 10,6x.

Fonte: BTG Pactual

O gráfico abaixo ilustra como os índices da bolsa (Índice Small Caps, Ibovespa e Ifix) — em termos de retorno — estiveram entre os piores investimentos em 2015, assim como em 2024. No entanto, em 2016, com o mercado antecipando uma possível mudança de governo com maior compromisso fiscal, os ativos que tiveram os piores desempenhos no ano anterior se tornaram os melhores investimentos do período seguinte.

Fonte: EQI Investimentos

Uma observação: a Renda Fixa Pré, representada pelo índice Anbima IRF-M 1, que inclui títulos públicos prefixados com vencimentos abaixo de um ano, registrou um retorno de 23,36%. Já o IRF-M 1+, composto por títulos prefixados com vencimentos superiores a um ano e maior duration, apresentou um desempenho ainda melhor, com retorno de 29,65%.

O mesmo padrão se observa na Renda Fixa IPCA+: o índice Anbima IMA-B 5, que abrange títulos indexados à inflação (IPCA) com vencimento de até cinco anos, teve um retorno de 15,38%. Em contrapartida, o IMA-B 5+, que reúne títulos indexados ao IPCA com vencimentos iguais ou superiores a cinco anos, alcançou um retorno expressivo de 31,04%.

Então, onde investir?

Para aproveitar as oportunidades, é fundamental um posicionamento estratégico.

A recomendação é manter posições e atravessar 2025 com resiliência, monitorar o cenário fiscal, pois sua solução pode ser o principal fator de valorização dos ativos, e acompanhar sinais políticos, já que o mercado pode antecipar movimentos de alta ainda em 2025.

Lembre-se: ao contrário de décadas atrás, quando o Brasil enfrentava múltiplos desafios estruturais, hoje o principal entrave é a questão fiscal. Assim como em 2015/2016, quando esse problema quase levou o país ao colapso, o esforço coletivo foi essencial para evitar o pior — e esse movimento pode se repetir. Afinal, nenhum político quer que a ‘vaca leiteira’ (governo) morra; todos querem usufruir dos recursos, mas sem permitir que eles sequem ou desapareçam.

Se as condições econômicas e políticas convergirem positivamente, 2026 pode superar o boom de 2016! As janelas de oportunidade estão abertas para quem souber se posicionar corretamente!

Fale agora mesmo com um assessor da EQI Investimentos e saiba como investir com assertividade.

Por Thiago Freire, analista de produtos da EQI Investimentos

Você leu sobre 2026 e as oportunidades que já se apresentam para investimentos. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!