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Ibovespa hoje encerra o dia em leve alta

Ibovespa hoje encerra o dia em leve alta

Mercado reage a inflação americana mais suave que o esperado e monitora discurso cauteloso do Banco Central, enquanto ações de Vale e Brava Energia puxam o índice para cima

O Ibovespa hoje (18) fechou em leve alta de 0,38%, aos 157.923 pontos. Durante o dia, a bolsa de valores variou entre 158.495 e 157.123 pontos. O giro financeiro registrado foi de R$ 26,2 bilhões.

No mercado de câmbio, o dólar encerrou do dia em leve elevação de 0,01%, a R$ 5,5237, após oscilar entre R$ 5,5019 e R$ 5,5587.

O pregão foi de “montagem de cenário” para 2026. Investidores avaliam, de um lado, dados de inflação mais benignos nos EUA e, de outro, a comunicação do Banco Central brasileiro, que segue evitando qualquer sinalização explícita sobre o início do ciclo de cortes da Selic.

Brasil: Galípolo reforça cautela e dependência de dados

No front doméstico, as atenções se voltam para as falas de Gabriel Galípolo, que voltou a enfatizar que o BC não está “dando seta” nem “fechando portas” sobre juros, reforçando a estratégia de dependência total de dados. A mensagem foi interpretada pelo mercado como um sinal de prudência, sobretudo diante de um cenário ainda desafiador para as expectativas de inflação.

Nesse contexto, uma leitura que ganhou espaço no mercado foi a do economista-chefe da EQI Investimentos, Stephan Kautz, para quem a autoridade monetária já reconhece uma melhora gradual da dinâmica inflacionária, mas ainda não vê segurança suficiente para antecipar cortes.

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Segundo Kautz, apesar da desaceleração dos núcleos de inflação e de sinais iniciais de perda de tração da atividade, o mercado de trabalho ainda apertado mantém o Banco Central em modo defensivo. A avaliação é de que o ciclo de flexibilização está mais próximo, mas o primeiro corte da Selic tende a ficar para março, e não janeiro.

Exterior: CPI dos EUA alivia pressão, mas não muda o “plano de voo” do Fed

No cenário internacional, o destaque do dia foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. O indicador subiu 0,2% em novembro, abaixo da expectativa de 0,3%, enquanto o núcleo avançou 2,6% na base anual, também abaixo do consenso.

Apesar do alívio marginal, analistas avaliam que os números não alteram de forma relevante a estratégia do Federal Reserve, que segue cauteloso diante de um mercado de trabalho ainda resiliente. A leitura predominante é de que os dados ajudam no balanço de riscos, mas não antecipam cortes agressivos de juros no curto prazo.

Os principais índices do mercado acionário dos Estados Unidos encerraram a sessão em alta, impulsionados pela divulgação de dados de inflação mais fracos do que o previsto. O índice geral do mercado avançou 0,79%, encerrando aos 6.774,76 pontos, enquanto o Nasdaq Composite também subiu 0,79%, fechando no mesmo patamar.

O Dow Jones Industrial Average apresentou desempenho superior, com alta de 1,38%, aos 23.006,36 pontos. Já outro índice amplo do mercado ganhou 65,88 pontos, o equivalente a uma valorização de 0,14%, e terminou o dia aos 47.951,85 pontos.

O movimento positivo foi sustentado pela divulgação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de novembro, publicado com atraso — o primeiro desde o fim da paralisação do governo americano no mês anterior. Segundo o Departamento de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos, a inflação anual ficou em 2,7%, abaixo da projeção de 3,1% apontada por economistas consultados pela Dow Jones.

O núcleo do IPC, que desconsidera os preços de alimentos e energia, também surpreendeu positivamente. A taxa anualizada foi de 2,6%, inferior à estimativa de 3% do mercado, reforçando a percepção de arrefecimento das pressões inflacionárias e contribuindo para o bom humor dos investidores.

Ações reagem: Vale sustenta índice e Brava lidera ganhos

Na B3, o movimento foi sustentado principalmente por Vale (VALE3), que chegou a avançar mais de 1%, apoiada por avaliações favoráveis de bancos internacionais. O J.P. Morgan reiterou recomendação de compra para o papel, destacando múltiplos atrativos frente às concorrentes globais.

Outro destaque positivo foi a Brava Energia (BRAV3), que lidera as altas do Ibovespa pelo segundo pregão consecutivo.

Já Suzano (SUZB3) registrou forte valorização, mesmo após revisão de preço-alvo, enquanto grandes bancos operam de forma mista.