O Ibovespa hoje (25) fechou em alta de 0,41%, aos 155.910 pontos. Durante o dia, a bolsa de valores variou entre 154.821, na mínima, e 156.373, na máxima. O giro financeiro foi de R$ 20,2 bilhões.
O mercado local acompanha de perto a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Ao falar aos senadores, o presidente do BC reiterou que a autoridade monetária não pode mirar a banda superior da meta de inflação, de 4,5%, mas sim o centro, de 3%. Ele destacou que, mesmo com a desaceleração recente dos índices de preços, a diretoria ainda está insatisfeita com o nível da inflação, o que justifica a manutenção da taxa Selic em patamar restritivo.
A cena política adicionou ruído ao pregão. A crise entre o governo e o Congresso ganhou um novo capítulo com o rompimento das relações políticas entre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o líder do PT na Casa, Lindbergh Farias (RJ). Paralelamente, no Senado, avança uma pauta-bomba que prevê aposentadoria especial e integral para agentes comunitários de saúde, com impacto estimado de R$ 11 bilhões em três anos.
Do lado dos fundamentos, o Banco Central divulgou déficit em transações correntes de US$ 5,121 bilhões em outubro, com o saldo em 12 meses equivalente a 3,48% do PIB, acima das expectativas de mercado. Por outro lado, os investimentos diretos no País (IDP) somaram quase US$ 11 bilhões no mês, superando com folga as projeções e ajudando a compensar a piora das contas externas no curto prazo.
Indicadores de atividade também seguem no radar. Pela manhã, foram divulgados dados de confiança do setor de construção e do INCC-M, que voltaram a mostrar pressão de custos no segmento, ao mesmo tempo em que a confiança avançou em novembro.
Ibovespa hoje: mercados do exterior
No cenário internacional, os mercados operaram em compasso de espera após uma forte recuperação em Wall Street na segunda-feira, impulsionada por ações de tecnologia e empresas ligadas à inteligência artificial.
O índice Dow Jones Industrial Average avançou 664,18 pontos, alta de 1,43%, encerrando o pregão aos 47.112,45 pontos. O desempenho marcou mais um dia de ganhos para o índice de blue chips, que chegou a oscilar negativamente no início da sessão.
O S&P 500 também reverteu as perdas da manhã e fechou com valorização de 0,67%, aos 23.025,59 pontos. Nas mínimas do dia, o índice havia recuado cerca de 0,7%, refletindo a cautela inicial dos investidores.
Já o Nasdaq Composite, que concentra empresas de tecnologia e costuma ser mais sensível às perspectivas de juros e movimento do setor de IA, avançou 0,91%, encerrando o pregão em 6.765,88 pontos. O índice chegou a cair mais de 1% no início da sessão, mas recuperou força ao longo do dia.
O foco continuou nos próximos passos do Federal Reserve (Fed). Os dados de inflação ao produtor (PPI) de setembro vieram em linha com o esperado no índice cheio e ligeiramente abaixo das projeções no núcleo, reforçando a leitura de que as pressões inflacionárias seguem em processo de acomodação. Já as vendas no varejo avançaram menos do que o previsto, sugerindo algum arrefecimento da demanda das famílias.
Esses números, somados aos sinais de perda de força no mercado de trabalho — com leitura mais fraca do emprego privado — alimentaram a aposta de que o Fed pode realizar mais um corte de 0,25 ponto percentual em dezembro. As probabilidades implícitas nos contratos futuros de juros acompanham essa mudança de percepção, com chance superior a 80% de redução da taxa básica já na próxima reunião.
Na Ásia, os mercados encerraram o pregão em alta, acompanhando o rali de tecnologia em Nova York e o avanço das discussões sobre inteligência artificial entre gigantes globais do setor. A percepção de que o ciclo de cortes de juros nos EUA pode ganhar tração nos próximos meses oferece suporte adicional aos ativos de risco na região.
No mercado de commodities, o petróleo recua de forma mais forte, em meio a notícias sobre negociações de paz envolvendo Rússia e Ucrânia e à reavaliação das perspectivas de demanda global. Já os investidores seguem atentos aos desdobramentos no mercado de metais industriais e ao ritmo de crescimento da China, importante referência para o minério de ferro e para empresas ligadas ao setor de mineração.
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O que é o Ibovespa hoje?
O Ibovespa (Índice Bovespa) é o principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores do Brasil, atualmente chamada B3 (Brasil, Bolsa, Balcão). Ele funciona como um termômetro do mercado acionário brasileiro, mostrando se, em média, as ações das principais empresas do país estão subindo ou caindo.
Como o Ibovespa funciona?
Imagine o Ibovespa como uma cesta de ações: ele é composto por uma seleção das ações mais negociadas e com maior representatividade no mercado. Essa cesta é revista a cada quatro meses, e podem entrar ou sair ações, dependendo do volume de negócios e da relevância de cada empresa.
Atualmente, o índice inclui ações de grandes empresas brasileiras, como Petrobras, Vale, Itaú, Ambev, entre outras. Cada ação dentro do Ibovespa tem um peso diferente, de acordo com seu volume de negociação e valor de mercado. Isso significa que uma alta nas ações da Petrobras, por exemplo, pode impactar mais o índice do que uma alta em uma empresa menor.
Para que serve o Ibovespa?
O Ibovespa é utilizado por investidores, analistas e gestores como um ponto de referência (benchmark) para avaliar o desempenho de investimentos em ações no Brasil. Ele também serve como um indicador da confiança dos investidores na economia brasileira: quando o índice sobe, geralmente é sinal de otimismo; quando cai, indica maior pessimismo ou incerteza.
Importante saber:
- O Ibovespa não é uma empresa nem uma ação específica – é um índice, ou seja, uma medida.
- Ele reflete tendências, mas não garante resultados futuros.
- Seu valor é expresso em pontos, e esses pontos representam a soma ponderada dos preços das ações que compõem o índice.
Exemplo simples:
Se hoje o Ibovespa está em 120 mil pontos, e amanhã ele vai para 122 mil pontos, isso significa que, em média, as ações das principais empresas da bolsa valorizaram cerca de 1,67%.
Ou seja, o Ibovespa é uma ferramenta essencial para quem acompanha o mercado financeiro brasileiro. Mesmo que você ainda não invista em ações, entender o que ele representa ajuda a interpretar melhor as notícias econômicas e a evolução da economia do país.
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