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Veja quais os melhores investimentos para a educação dos filhos

Veja quais os melhores investimentos para a educação dos filhos

A educação dos filhos representa uma das maiores responsabilidades e investimentos que os pais fazem ao longo da vida. Além disso, garantir um futuro acadêmico sólido exige planejamento financeiro desde cedo.

A seguir, descubra os melhores investimentos para crianças e como construir um patrimônio que assegure oportunidades educacionais de qualidade.

Por que investir na educação dos filhos desde cedo?

Quando se fala sobre educação dos filhos, o planejamento financeiro deve começar o quanto antes. A criança é beneficiada quando os pais iniciam aplicações financeiras ainda nos primeiros anos de vida, aproveitando o longo do tempo para maximizar os rendimentos.

O dia a dia financeiro das famílias brasileiras está cada vez mais desafiador.

Por isso, criar uma estratégia de investimento mensalmente pode ser a diferença entre conseguir ou não arcar com os custos de uma boa universidade quando a criança completar 18 anos e ingressar na vida adulta.

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Educação financeira infantil: preparando para o futuro

Antes de explorar os produtos financeiros disponíveis, é importante falar sobre educação financeira infantil. Ensinar as crianças sobre o valor do dinheiro, a importância de poupar e como funcionam as aplicações financeiras contribui para que desenvolvam uma relação saudável com o dinheiro desde cedo.

Incentivar o hábito de guardar recursos em contas simples ou em um cofrinho transparente pode ser o primeiro passo. Ao longo do tempo, essa prática evolui para investimentos mais sofisticados que realmente farão diferença no médio e longo prazo.

Tesouro Educa+: o que é?

Lançado em 2023, o Tesouro Educa+ é o título do Tesouro Direto criado especificamente para ajudar famílias a planejarem a educação dos filhos. Este produto financeiro funciona como um investimento de renda fixa com rentabilidade atrelada à inflação (IPCA) mais uma taxa de juros prefixada.

A grande vantagem deste título é que ele foi estruturado para atender às necessidades educacionais.

Durante o período de acumulação, você realiza aportes mensais, e quando a criança atinge a idade universitária, o investimento se converte em 60 parcelas mensais consecutivas, acompanhando o período médio de uma graduação.

Como funciona o Tesouro Educa+?

O funcionamento do Tesouro Educa+ divide-se em duas fases principais:

  • Período de acumulação: nesta etapa, você pode fazer investimentos desde o nascimento da criança até próximo à data de ingresso na universidade. O investimento mensalmente é feito com valores acessíveis, permitindo que famílias de diferentes perfis financeiros participem.
  • Período de conversão: quando chega o momento dos estudos superiores, os valores investidos são convertidos em renda mensal. Durante cinco anos, você recebe 60 parcelas mensais que ajudam a cobrir mensalidades, moradia, livros e outras despesas educacionais.

Rentabilidade e proteção contra a inflação

Um dos maiores benefícios é que o Tesouro Educa+ protege seu patrimônio da inflação. A rentabilidade é composta por IPCA (índice oficial de inflação) mais uma taxa real de juros. Isso significa que, independentemente de quanto os preços subam ao longo do tempo, seu poder de compra estará preservado.

Atualmente, as taxas oferecidas variam conforme o prazo escolhido, podendo superar IPCA +7% ao ano para títulos com vencimentos mais distantes. Essa combinação garante que os valores investidos cresçam acima da inflação, fundamental para acompanhar o aumento dos custos educacionais.

Taxas e tributação do Tesouro Educa+

Diferentemente de outros produtos, o Tesouro Educa+ oferece vantagens tributárias significativas:

  • Taxa de custódia reduzida: é cobrada uma taxa de custódia regressiva que diminui conforme o tempo de permanência no investimento. Se mantido até o vencimento, a taxa é zero para rendas de até quatro salários mínimos.
  • Imposto de Renda: segue a tabela regressiva, com alíquota mínima de 15% para investimentos mantidos por mais de dois anos (acima de 720 dias).
  • Carência de 60 dias: após cada aplicação, há um período de carência de 60 dias para resgates antecipados. Isso incentiva a disciplina financeira e o foco no longo prazo.

Simulação prática: quanto investir?

Imagine que seu filho tem cinco anos e você deseja garantir uma renda mensal de R$ 1.000 durante a graduação. Com o Tesouro Educa+, investindo aproximadamente R$ 230 por mês até ele completar 18 anos, você atinge esse objetivo.

Quanto mais cedo começar, menor será o esforço mensal necessário.

O site do Tesouro Direto disponibiliza um simulador onde você informa a idade atual da criança, quando pretende que ela inicie a universidade e qual renda deseja receber. O sistema indica qual título é mais adequado e quanto é feito de investimento para alcançar a meta.

Investimentos de renda fixa para educação

Confira a seguir outros investimentos de renda fixa que podem contribuir para a educação dos filhos.

Conta poupança: a opção que não deve ser considerada, fuja!

As contas poupança específicas para crianças são uma alternativa tradicional e bem antiga. Embora ofereçam segurança e capital garantido, a rentabilidade costuma ser inferior à inflação, fazendo com que o poder de compra diminua ao longo do tempo e que não seja uma opção considerável.

Certificados de aforro

Os certificados de aforro são títulos de dívida pública com capital garantido. Podem ser abertos em nome do menor pelos representantes legais, mas apresentam restrições de liquidez quando registrados diretamente para a criança, o resgate só poderá fazer quando ela completar 18 anos.

Tesouro IPCA+

Outra opção do Tesouro Direto é o Tesouro IPCA+, que também oferece proteção contra a inflação mais uma taxa prefixada. A diferença para o Tesouro Educa+ está na forma de pagamento: no IPCA+, você recebe todo o valor de uma só vez no vencimento, exigindo disciplina para não gastar antecipadamente.

Para famílias organizadas, o Tesouro IPCA+ pode ser combinado com o Educa+, diversificando a estratégia de investimentos para médio e longo prazo.

Investimentos com maior potencial de retorno

Confira quais são as opções mais rentáveis para esses casos.

Fundos de investimento

Um fundo de investimento reúne recursos de diversos investidores para aplicação em uma carteira diversificada de ativos. Geridos por profissionais especializados, esses fundos podem incluir ações, títulos de renda fixa, imóveis e outros ativos.

Para quem tem pelo menos cinco anos de horizonte, fundos multimercado ou de ações podem oferecer rentabilidades superiores às aplicações conservadoras. Contudo, é importante avaliar o perfil de risco, pois a maioria não oferece garantia de capital.

ETFs (Exchange-Traded Funds)

Os ETFs são fundos que replicam índices de mercado, como o Ibovespa no Brasil ou o S&P 500 nos Estados Unidos. Negociados em bolsa como ações, oferecem diversificação automática a custos reduzidos.

Para investimentos com horizonte superior a 10 anos, os ETFs podem ser uma alternativa, aproveitando o crescimento do mercado de capitais ao longo do tempo. Algumas corretoras permitem abertura de contas em nome de menores, facilitando esse tipo de aplicação.

Como escolher o melhor investimento?

Na hora da dúvida, pensando no longo prazo ou no período de crescimento do seu filho, confira algumas dicas para escolher os melhores ativos.

Defina seus objetivos e prazo

O primeiro passo é definir claramente seus objetivos. Você quer custear uma universidade particular? Pagar um intercâmbio? Garantir recursos para uma pós-graduação? Cada meta pode exigir uma estratégia diferente.

O prazo disponível também é determinante. Se seu filho tem poucos anos, você pode arriscar mais em aplicações com maior volatilidade. Se ele já está próximo dos 18 anos, investimentos conservadores são mais indicados.

Avalie seu perfil de risco

Seu perfil de investidor influencia diretamente nas escolhas. Pais conservadores preferem produtos com capital garantido, como Tesouro Educa+ e depósitos a prazo. Investidores moderados podem mesclar renda fixa com fundos multimercado. Já perfis arrojados podem incluir maior exposição a ações e ETFs.

Considere a diversificação

Uma estratégia eficiente combina diferentes produtos financeiros. Por exemplo, você pode destinar 60% dos recursos ao Tesouro Educa+, 25% a fundos de investimento e 15% a um ETF internacional. Essa diversificação reduz riscos e potencializa ganhos no médio e longo prazo.

Comece com valores acessíveis

Não é necessário ter grandes quantias para começar. O Tesouro Educa+ permite aportes a partir de 1% do valor do título, facilitando o início do planejamento financeiro. O importante é criar o hábito de investir mensalmente, mesmo que com valores pequenos.

Marcação a mercado: entenda os riscos

Títulos públicos de prazo mais longo, como o Tesouro Educa+, estão sujeitos à marcação a mercado. Isso significa que seus preços oscilam diariamente conforme as condições econômicas e as expectativas de juros futuros.

Se você precisar resgatar antecipadamente, poderá receber mais ou menos do que investiu, dependendo do momento. Por isso, esses investimentos são indicados para quem pode manter a aplicação até o vencimento, quando receberá exatamente a rentabilidade contratada.

Educação financeira na prática

Na hora de inserir a educação financeira na vida de uma criança, o mais importante é envolvê-la nas situações.

Ensine o valor do dinheiro desde cedo

Criar uma cultura de educação financeira infantil vai além de apenas investir. Converse com seus filhos sobre como funciona o dinheiro, mostre extratos simplificados das aplicações e explique como os valores crescem ao longo do tempo.

Use ferramentas práticas

Dependendo da idade, você pode:

  • 3 a 5 anos: usar cofrinhos transparentes para visualizar o crescimento da poupança
  • 6 a 9 anos: ensinar sobre escolhas financeiras, explicando que nem sempre podemos comprar tudo o que queremos
  • 10 a 12 anos: introduzir conceitos como juros compostos e inflação de forma lúdica
  • 13 a 18 anos: envolver nas decisões de investimento, mostrando rentabilidades e simulações

Erros para a evitar na educação dos filhos

  • Não começar cedo o suficiente: quanto mais tempo você tem, menor o esforço mensal necessário. Adiar o início dos investimentos significa aportes maiores no futuro ou metas reduzidas.
  • Escolher produtos apenas pela taxa: uma taxa alta nem sempre significa o melhor investimento. Avalie também a segurança, liquidez, prazo e adequação aos seus objetivos específicos.
  • Não diversificar: colocar todos os recursos em um único produto aumenta os riscos. Mesmo em investimentos conservadores, a diversificação oferece maior segurança.
  • Resgatar antecipadamente: quebrar o planejamento de longo prazo para gastos não essenciais compromete o objetivo final. Mantenha uma reserva de emergência separado para imprevistos.

Próximos passos para investir na educação dos filhos

  1. Faça um diagnóstico financeiro: analise sua situação atual: renda, despesas fixas, dívidas e capacidade de poupança. Isso determinará quanto você pode destinar mensalmente aos investimentos educacionais.
  2. Estabeleça metas claras: defina valores específicos. Por exemplo: “Quero garantir R$ 1.500 mensais durante cinco anos para a faculdade do meu filho”. Metas concretas facilitam o planejamento.
  3. Escolha os produtos adequados: com base no prazo disponível e seu perfil de risco, selecione os investimentos. Para a maioria das famílias, o Tesouro Educa+ será a base da estratégia, podendo ser complementado com outras aplicações.
  4. Automatize os investimentos: configure débitos automáticos mensais ou utilize o sistema de investimento programado oferecido por muitas corretoras. Isso garante disciplina e aproveita o efeito dos juros compostos.
  5. Monitore e ajuste periodicamente: ao menos uma vez por ano, revise sua carteira. Verifique se está no caminho para atingir as metas e faça ajustes se necessário, aumentando aportes quando possível.