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Check up dos investimentos: seu portfólio está preparado para os próximos 10 anos?

Check up dos investimentos: seu portfólio está preparado para os próximos 10 anos?

O investidor brasileiro tem se tornado cada vez mais sofisticado. Acompanha o noticiário econômico, conhece os termos básicos como Selic e inflação, e até arrisca palpites sobre os próximos movimentos do Banco Central. Mas há um detalhe que muitos esquecem: o check up nos investimentos.

Uma carteira de investimentos também envelhece. E, assim como ninguém passaria uma década sem fazer exames médicos, é necessário realizar revisões periódicas, um check up dos investimentos no portfólio para garantir que ele continue saudável e alinhado com seus objetivos de vida.

A grande questão é: quando foi a última vez que você olhou de verdade para seus investimentos? Não apenas conferiu o saldo na conta, mas fez uma análise criteriosa sobre se aquela composição de ativos ainda faz sentido para o momento atual da sua vida e para o futuro que você deseja construir nos próximos dez anos? Se a resposta for uma hesitação, chegou a hora de fazer um check up financeiro completo.

O que é um check up dos investimentos?

Fazer um check up dos investimentos vai muito além de conferir se os números estão no azul ou no vermelho. Trata-se de uma análise profunda e estruturada para verificar se sua carteira atual está condizente com sua fase de vida, objetivos e necessidades reais.

“A nossa vida é marcada por fases. A mesma pessoa pode ter uma fase solteira, casada, com um filho, dois, três, morando fora do país. Como investidores, cada uma destas fases traz uma visão diferente”, explica João Cabral, planejador financeiro certificado (CFP) e sócio da EQI. Ele ressalta que quando se tem muitos filhos e uma idade avançada, a maioria prefere ser mais conservador do que quando era solteiro e tinha muito mais tempo para acumular patrimônio.

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O check up nos investimentos é, basicamente, um processo de verificação: sua carteira atual reflete quem você é hoje e onde pretende chegar? Seus ativos estão preparados para os desafios dos próximos anos? Você tem exposição adequada aos diferentes mercados? Essas são perguntas fundamentais para garantir a saúde financeira de longo prazo.

A base: planejamento financeiro antes da carteira

Antes mesmo de pensar em revisar investimentos, é necessário ter clareza sobre a base: o planejamento financeiro. Allan Teixeira, CFP® e líder comercial e planejador financeiro na EQI Investimentos, é enfático ao afirmar que o planejamento financeiro vem antes da própria carteira de investimentos.

“Na prática, o planejamento financeiro de fato acaba vindo antes de uma carteira de investimento, pois a base do planejamento financeiro é o fluxo de caixa, que é você de fato se apropriar bem de quais são as suas receitas e quais são as suas despesas”, explica Allan. Ele destaca que esse processo traz insights de poupança mensal e, consequentemente, começa a formar a carteira de investimento.

Allan menciona que em países mais desenvolvidos, a educação financeira começa desde a infância. “Ter a noção realmente do dinheiro como um todo é a base do planejamento financeiro, isso é fundamental para criar uma carteira consistente”, complementa. Sem esse alicerce, qualquer estratégia de investimento fica comprometida.

A educação financeira funciona como a fundação de um prédio no planejamento financeiro. Segundo Allan, não adianta terceiros planejarem se você não entende as minúcias da sua própria realidade financeira. “É esse entendimento que permite tomar decisões adequadas na carteira de investimentos, mantendo-a saudável e adequada às suas expectativas e realidade.”

Como montar uma carteira pensando no longo prazo?

Construir uma carteira de investimentos preparada para os próximos dez anos exige estratégia, conhecimento e, principalmente, diversificação. Não existe fórmula mágica, mas há princípios fundamentais que todo investidor deve considerar.

Diversificação: não coloque todos os ovos na mesma cesta

A diversificação é o primeiro mandamento de quem investe pensando em longo prazo. Isso significa distribuir seus recursos entre diferentes classes de ativos: renda fixa, renda variável, investimentos no exterior e fundos imobiliários, entre outros.

Cada tipo de ativo tem um papel específico na carteira:

  • Renda fixa: oferece previsibilidade e segurança, funcionando como uma âncora nos momentos de turbulência;
  • Renda variável: especialmente ações, traz potencial de crescimento acelerado do patrimônio;
  • Investimentos no exterior: servem como proteção cambial e acesso a mercados mais desenvolvidos;
  • Fundos imobiliários: proporcionam renda passiva através de aluguéis.

João Cabral destaca que o momento atual oferece oportunidades interessantes para quem busca segurança com rentabilidade. “É possível ter ativos que rendem 1% ao mês, a longo prazo, com um alto grau de segurança”, aponta, mencionando títulos públicos que rendem 7% acima da inflação ou títulos com rating AAA que pagam mais de 12% ao ano por prazos prolongados.

A regra dos 100 menos a idade

Existe uma regra norteadora que muitas pessoas seguem para definir a exposição a ativos de maior risco, segundo Cabral. “Pegue o número 100 e subtraia a sua idade. O resultado indica o percentual que você poderia alocar em ativos de maior risco, como ações e fundos imobiliários.”

Por exemplo: se você tem 35 anos, 100-35=65. Isso significa que 65% da carteira poderia estar em ativos de maior risco. “À medida em que você vai ficando mais velho, esta exposição a renda variável vai se reduzindo”, explica.

No entanto, João Cabral faz um alerta importante: “Esta não pode ser uma regra universal, afinal, cada indivíduo possui objetivos e necessidades particulares e este processo de se tornar mais conservador pode ser muito mais acelerado.” Fatores como número de dependentes, estabilidade profissional e patrimônio acumulado influenciam diretamente na estratégia ideal.

Adequação ao perfil do investidor

Não adianta montar uma carteira teoricamente perfeita se ela não respeita seu perfil de investidor. Sua tolerância ao risco, horizonte temporal e objetivos financeiros devem guiar todas as decisões. Um investidor conservador que force uma carteira agressiva não conseguirá dormir tranquilo nos momentos de volatilidade. Por outro lado, um perfil arrojado preso a investimentos ultraconservadores pode não alcançar seus objetivos de longo prazo.

Com que frequência devo fazer check up dos investimentos?

Uma das dúvidas mais comuns entre investidores é sobre a frequência ideal para revisar a carteira. A resposta depende do tipo de acompanhamento que você busca.

João Cabral recomenda um acompanhamento mensal para monitoramento básico. “Afinal, alguns eventos importantes podem acontecer, desde pagamentos de dividendos e juros, até mesmo eventuais problemas que um investimento possa ter”, explica. Esse olhar mensal garante que você está ciente do que acontece com seu patrimônio.

Já para uma revisão que justifique mudança de rota efetiva na estratégia, uma frequência trimestral é suficiente. Essa periodicidade permite identificar tendências mais consistentes, evitando reações exageradas a movimentos pontuais do mercado.

O mais importante é estabelecer uma rotina de acompanhamento e segui-lá com disciplina. Investir e esquecer completamente pode ser tão prejudicial quanto acompanhar obsessivamente cada movimento de curto prazo.

Sinais de que seu portfólio está “adoecendo”

Assim como sintomas físicos indicam problemas de saúde, sua carteira de investimentos também emite sinais quando algo não vai bem. João Cabral identifica três principais indicadores de que é necessário fazer ajustes urgentes:

  • Retorno consistentemente abaixo dos benchmarks: se o retorno da carteira permanece abaixo do CDI ou da inflação por mais de 12 meses, há um problema sério. Isso significa que seu dinheiro está perdendo poder de compra, mesmo estando “investido”;
  • Falta de liquidez: quando seu patrimônio está “travado”, isto é, sem muita liquidez e flexibilidade para acompanhar as mudanças do mercado, você perde oportunidades. Seja para aproveitar uma alta de juros ou para comprar um imóvel a preço mais baixo, a falta de liquidez limita suas opções;
  • Desalinhamento com perfil de risco: quando você está em ativos que não correspondem mais ao seu perfil de risco atual, o portfólio está adoecido. Por exemplo, se você está muito concentrado em ações, mas atualmente seu perfil é mais conservador devido a mudanças no contexto de vida, é hora de rebalancear;

Como o cenário econômico influencia seu check up?

O contexto macroeconômico tem influência direta sobre a performance e adequação da sua carteira. Inflação, juros e política econômica são variáveis que modificam completamente o cenário de investimentos.

Allan Teixeira explica que o trabalho do planejador financeiro, sempre em conjunto com o assessor de investimento, deve olhar para a taxa real da carteira – que nada mais é do que a taxa nominal menos a inflação. “Conforme a política do país vai mudando, a taxa de juros é devidamente ajustada para controlar a inflação, e isso muda por completo o cenário de quais os investimentos que compensam, e consequentemente, a taxa real”, destaca.

Por isso, é fundamental que o check up seja feito com olhar para o cenário futuro econômico, não apenas para o retrovisor. Decisões baseadas apenas no passado podem levar a escolhas equivocadas para o futuro.

Rebalanceamento: a hora de ajustar a rota

“Sempre vale a pena rebalancear a carteira”, afirma Teixeira. Como diz o velho ditado, nunca se coloca todos os ovos na mesma cesta. Mas quando e como fazer esse rebalanceamento?

Allan é direto: “Você deve buscar um assessor de investimento especializado para entender qual é a carteira recomendada para sua realidade e ajustá-la conforme essa realidade vai mudando ao longo do tempo.”

O rebalanceamento é especialmente crítico quando há mudanças significativas na vida. Casamento, nascimento de filhos, mudança de emprego, proximidade da aposentadoria, todos esses eventos exigem uma revisão da estratégia de investimentos.

Planejando para os próximos 10 anos: foco na aposentadoria

Para quem está olhando para um horizonte de dez anos, especialmente pensando em aposentadoria, a estratégia precisa ser ainda mais cuidadosa.

Allan Teixeira explica que um portfólio para 10 anos tem que ser visto com olhar estratégico. “Além do rebalanceamento de ativos, também é preciso cuidar com a questão da liquidez da carteira, pois em função de 10 anos dá para alongar vários títulos, mas muitos dos títulos não vão poder ficar alongados e sim com mais liquidez para fazer frente à essa aposentadoria”, observa.

De acordo com o especialista, é esse mix entre alongamento para capturar melhores taxas e liquidez para garantir disponibilidade de recursos que será fundamental para um bom portfólio voltado para essa meta de dez anos.

Métricas que todo investidor deve acompanhar

Existem diversos “exames” ou métricas que devem ser acompanhados periodicamente. Allan Teixeira destaca alguns fundamentais:

  • O número mágico da aposentadoria: Dentro do planejamento financeiro, ir acompanhando quanto você precisa acumular para se aposentar é um dos principais indicadores.
  • Gestão de risco e reserva de emergência: Quanto dinheiro você tem disponível imediatamente em caso de imprevisto? Essa proteção na carteira é fundamental.
  • Planejamento sucessório: Como está uma parte do seu patrimônio em termos de facilidade de transmissão, livre de inventário? “Esse olhar preventivo garante tranquilidade para o futuro da família.”

“Esses exames, feitos ao longo do tempo, garantem a saúde financeira para sua melhor idade”, explica.

Evitando decisões emocionais: o papel da educação e do assessor

Um dos maiores inimigos do investidor de longo prazo são as decisões emocionais. Vender na baixa por pânico ou comprar na alta por euforia são erros clássicos que destroem patrimônio ao longo do tempo.

Allan Teixeira enfatiza que ter acompanhamento e clareza de onde você está e para onde está indo ajuda muito a ter tranquilidade em momentos de crise. “Quanto mais informação, quanto mais propriedade da sua carteira como um todo você tiver, mais tranquilo você passa num momento de turbulência”, explica.

Exatamente por isso é necessário se apropriar e virar protagonista do seu planejamento financeiro e da sua história. Dessa maneira, você passa por todos os altos e baixos com maior tranquilidade.

O erro de “investir e esquecer”

Existe um mito perigoso de que se deve investir e “esquecer”, como forma de se blindar das emoções ou dos impactos das notícias. João Cabral alerta que isso pode funcionar até certo ponto, mas o excesso desse “esquecimento” é a negligência.

“Em muitos momentos, o investidor acaba permanecendo em um investimento que não faz mais sentido, perdendo, assim, ciclos econômicos, reprogramação de liquidez para realizar objetivos de vida e, quando precisam do dinheiro, podem sair com deságio”, aponta.

O equilíbrio está em acompanhar sem obsessão, mas também sem negligência. É necessário tomar decisões baseadas em análise racional, não em emoções momentâneas do mercado.

O assessor como parceiro da sua saúde financeira

Se o check up financeiro é como um exame médico, o assessor de investimentos é o profissional de saúde que acompanha seu caso de forma contínua.

João Cabral explica que o bom assessor convidará o cliente pelo menos uma vez por mês ou a cada dois meses para acompanhamento dos investimentos. “Para isso, ele falará sobre o cenário econômico, também irá se atualizar sobre o seu momento de vida (se houve alguma novidade nos negócios ou na família) e como poderia, eventualmente, reajustar sua carteira com base nisso”, descreve.

Mesmo que você não entenda profundamente de investimentos ou não tenha paciência para acompanhar todos os detalhes técnicos, é importante compreender que esse acompanhamento profissional é justamente o caminho que levará à liberdade financeira.

Allan complementa destacando que é esse conjunto de profissionais, planejador financeiro e assessor de investimento, que influencia positivamente as tomadas de decisões futuras. Não se trata de delegar completamente a responsabilidade, mas de contar com expertise qualificada para navegar em um mercado cada vez mais complexo.

Como é feito o check up dos investimentos com a EQI Investimentos?

Na EQI Investimentos, o check up da sua carteira vai muito além de números em uma tela. A corretora combina tecnologia de ponta com assessoria personalizada, oferecendo um acompanhamento humano e próximo que faz toda a diferença na hora de fazer o check up dos investimentos e tomar decisões estratégicas. Clientes EQI tem acesso a uma equipe de assessores especializados, prontos para apoiar em cada decisão e ajudar a construir uma carteira verdadeiramente personalizada, de acordo com seus objetivos e perfil de risco.

Os assessores da EQI unem tecnologia e expertise do mercado financeiro para oferecer o melhor atendimento, com proximidade, clareza e confiança. Na prática, esse suporte profissional se traduz em um acompanhamento que ajuda o cliente à:

  • Definir seus objetivos financeiros com clareza e realismo, estabelecendo metas de curto, médio e longo prazo que façam sentido para sua realidade.
  • Analisar seu perfil de investidor de forma aprofundada, indo além de questionários básicos para entender verdadeiramente sua tolerância ao risco e expectativas.
  • Escolher os melhores produtos para sua carteira, com acesso a uma ampla gama de opções de investimento em renda fixa, renda variável, fundos e mercado internacional.
  • Acompanhar a performance dos seus investimentos de forma contínua, identificando oportunidades de melhoria e ajustes necessários conforme o mercado e sua vida evoluem.
  • Tomar decisões informadas e estratégicas, baseadas em análises técnicas sólidas e no conhecimento profundo do cenário econômico, evitando assim as armadilhas das decisões emocionais.

Essa combinação entre tecnologia e atendimento humano é especialmente valiosa durante o processo de rebalanceamento da carteira. Enquanto o app permite que você acompanhe seus investimentos a qualquer momento, os assessores trazem o olhar experiente capaz de identificar quando uma mudança é realmente necessária e quando é melhor manter a estratégia mesmo diante da volatilidade momentânea do mercado.

É esse acompanhamento próximo e personalizado que transforma o check up dos investimentos de uma tarefa solitária e potencialmente confusa em um processo estruturado, claro e confiante. Com a EQI, você tem a tranquilidade de saber que sua carteira está sendo monitorada por profissionais qualificados que entendem não apenas o mercado, mas também suas necessidades e objetivos únicos.

Equilibrando rentabilidade e segurança

Uma das maiores dúvidas dos investidores é como equilibrar a busca por rentabilidade com a necessidade de segurança, especialmente no longo prazo.

João Cabral é claro: “Nem sempre a melhor rentabilidade traz a maior segurança. Com mais retorno, mais riscos estão envolvidos.” No entanto, ele aponta que o mercado brasileiro atual oferece oportunidades interessantes de combinar segurança com boa rentabilidade.

A chave está em construir uma carteira balanceada, onde ativos mais seguros convivem com investimentos de maior potencial de crescimento. A proporção entre eles deve refletir seu momento de vida, objetivos e perfil de risco.

Definindo objetivos realistas e conectados aos investimentos

É fundamental que os objetivos de vida estejam realistas e compatíveis com a capacidade financeira familiar. Allan Teixeira ressalta que quando falamos de objetivos realistas, eles têm que ser plausíveis e alcançáveis.

“É começar a colocar os objetivos a curto, médio e longo prazo, de acordo com as capacidades do fluxo de caixa pessoal ou familiar e ir conectando cada um com algum investimento”, orienta. Há casos em que investidores separam até contas diferentes para cada objetivo: aposentadoria, casamento, troca de carro.

Essa organização mental e prática facilita o acompanhamento e fortalece o compromisso com cada meta estabelecida.

Seu portfólio está preparado para o futuro?

Fazer um check up dos investimentos não é opcional para quem leva a sério sua saúde financeira de longo prazo. É uma prática essencial, preventiva, que identifica problemas antes que se tornem crises e garante que sua carteira evolua junto com você.

Os próximos dez anos trarão mudanças, na economia, na sua vida pessoal e profissional, no cenário político. A questão não é se haverá mudanças, mas se sua carteira está preparada para se adaptar a elas mantendo você no caminho dos seus objetivos.

Contar com planejamento financeiro sólido, revisões periódicas e o apoio de profissionais qualificados como assessores de investimentos não é luxo, é necessidade. É o “exame de rotina” que mantém a saúde do portfólio e permite que você durma tranquilo, sabendo que seu futuro financeiro está sendo construído com método, dados e visão de longo prazo.

Sua carteira está preparada para os próximos dez anos? Se você hesitou ao responder, já sabe o próximo passo: agende seu check up dos investimentos com a EQI Investimentos.