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Como investir em Derivativos: Renda Variável com proteção

Como investir em Derivativos: Renda Variável com proteção

Quando falamos em como investir em Derivativos, a definição da estratégia a ser utilizada sempre passa pelo contexto de volatilidade. É isso que dita a regra. 

Compreendendo o momento certo de usá-los, os derivativos servem para proteger o patrimônio e, também, podem proporcionar boa rentabilidade para a carteira.

Conheça mais sobre esses contratos e as estratégias para alta e baixa volatilidade. 

Saiba mais agora!

O que é volatilidade?

Volatilidade nada mais é do que a forma de medir a variação de um ativo. Quanto maior for a variação de preço de uma ação, maior é sua volatilidade. 

No contexto das opções – contratos que representam o direito de comprar ou vender determinado ativo – a volatilidade está diretamente ligada ao preço.

O que são Derivativos?

Os derivativos são contratos financeiros, cujos preços derivam do valor de um bem ou de outro instrumento financeiro.

Na prática, esses contratos utilizam algum ativo como referência, também chamado de “ativo-objeto”. Isso significa que o valor do derivativo acompanha a oscilação do ativo ao qual está vinculado.

Um contrato de derivativos é sempre realizado entre duas partes. Na negociação, ambas se comprometem a negociar determinado ativo em uma data futura por um preço pré-estabelecido. 

Um exemplo disso são os contratos futuros, nos quais se negocia um ativo com vencimento no futuro. Nesse caso, aposta-se na oscilação do valor do ativo, e é isso o que gera rentabilidade para as operações de derivativos.

Derivativos: como funcionam esses contratos?

De forma simplificada, uma das partes vende o risco que acredita que o ativo-objeto tenha. Por sua vez, quem compra esse risco tem a expectativa de ganho financeiro com ele quando o contrato chegar no vencimento.

Venda de volatilidade 

“Quando o mercado está muito volátil, oscilando de maneira abrupta, utilizamos estratégias de proteção que se beneficiam disso, vendendo volatilidade. Essas, geralmente, são estratégias sem desembolso de caixa no derivativo”, explica Ariel Neiss, head de Produtos Estruturados da EQI Investimentos.

Compra de volatilidade 

Já as estratégias com desembolso de caixa, chamadas de “estratégias de prêmio” – são usadas no sentido oposto.

“Se o mercado está mais brando, indo lentamente em uma mesma direção ou operando sempre no mesmo patamar de preços sem muita amplitude, utilizamos estratégias de compra de volatilidade”, acrescenta o especialista. 

Como investir em Derivativos: estratégias para baixa volatilidade

Entre as estratégias de proteção que se beneficiam da baixa volatilidade, temos a compra de put e a trava de baixa (compra de put spread).

Put: seguro das opções

A opção de venda (put) é utilizada quando há expectativa de queda do preço de determinado ativo.

Se por algum motivo, um investidor acreditar que uma ação de sua carteira vá se desvalorizar nos próximos meses, ao invés de vender imediatamente a ação – afinal, ele não tem certeza se o preço cairá -, pode comprar uma opção de venda do título. 

Se, no vencimento da opção, a ação realmente estiver se desvalorizando, ele terá o direito de vendê-la pelo preço contratado na compra da put. Em outras palavras, venderá a ação por um preço acima do que ela estará valendo no vencimento da put, e lucrará com isso.

“Put é o seguro das opções e uma volatilidade baixa vai deixar o seguro mais barato. Protege a partir de certo patamar de preço e paga um prêmio por isso”, destaca Neiss.

Put spread (trava de baixa)

O put spread é uma variação da put, na qual se está protegendo dentro de um intervalo. Em contrapartida, é mais barato. 

“Ao invés de proteger a partir dos R$ 100 até o ativo ir a 0, protegemos do R$ 100 aos R$ 85. Se cair para R$ 80, tenho R$ 5 reais de prejuízo, mas o desembolso fica mais baixo”, comenta o head de produtos estruturados.

Como investir em Derivativos: estratégias para alta volatilidade

Entre as estratégias de proteção que se beneficiam da alta volatilidade, temos a Smart Hedge e a Fence.

Smart Hedge: definição máxima de lucro e prejuízo 

A Smart Hedge é uma estratégia de alocação para diminuição de risco em períodos mais voláteis, sem abrir mão dos potenciais de valorização do mercado de Renda Variável.

Ela funciona para prevenir grandes perdas, mas também pode funcionar para ganhos quando os preços sobem com a valorização do mercado.

Assim, funciona como uma operação casada. Ou seja, permite definir lucro e prejuízo máximo da aplicação.

“A operação de Smart Hedge é recomendada para todo investidor que deseja ter posição em bolsa como estratégia de alocação ou deseja aproveitar as condições de mercado para proteger as posições já em carteira, sem o risco de participar da desvalorização dos ativos”, observa Ariel Neiss.

Fence: limite contra grandes quedas 

A estratégia fence funciona como uma “cerca” ou limite para uma queda notável de um ativo. Em contrapartida, descarta a possibilidade de alto ganho, conforme explica o  especialista da EQI Investimento. 

“A gente assume entregar o ativo em certo patamar de alta vendendo uma call e recebendo um valor por isso. Com esse valor, compramos uma trava de baixa (put spread) que protege até certo patamar de preço”, destaca.

Como investir em Derivativos: grandes fundos e o gerenciamento de risco 

Os grandes Fundos de Investimento e investidores institucionais costumam utilizar derivativos como parte de suas estratégias de gerenciamento de risco e para melhorar o desempenho do portfólio.

“Podem ser usados ​​como uma ferramenta para gerenciar o risco de várias maneiras, incluindo proteção contra riscos de mercado, oscilações e redução de risco de crédito”, comenta Neiss. 

Risco: por que usar Derivativos?

Alguns dos benefícios de usar derivativos como uma ferramenta de gerenciamento de risco são:

Proteção contra riscos de mercado 

Os derivativos podem ser utilizados como diminuição da volatilidade, risco de taxa de juros, risco cambial e risco de preço de commodities. 

“Um fundo que opera globalmente pode usar derivativos de moeda para se proteger contra flutuações nas taxas de câmbio. Da mesma forma, o investidor exposto a taxa de juros pode usar derivativos para trocar indexador de taxa, de pré-fixado, para pós-fixado, por exemplo”, argumenta Neiss. 

No que diz respeito às estratégias de ações, fences e put spread “costumam ser alternativas comuns para proteção da proteção, a julgar pelo cenário”, complementa.

Redução do risco de crédito

Os derivativos podem ser usados ​​para reduzir o risco de crédito, principalmente, através de CDS (Credit Default Swap)

O CDS serve para dar segurança às operações de crédito contra possíveis inadimplências. Ele é emitido sempre que o dono da operação de crédito pretende aumentar a segurança de sua operação.

Dessa forma, pode-se dizer que o CDS atua como uma espécie de seguro da operação. Quem faz uso desse tipo de instrumento visa assegurar o recebimento do valor comprometido na tomada de recursos.

Trata-se de um contrato de swap (troca de riscos) que remunera o portador quando ocorre o default – processo quando o devedor não consegue honrar com suas obrigações – da instituição especificada no contrato. 

Para ilustrar, veja o gráfico do CDS do Credit Suisse – banco que, no início de 2023, para ser salvo de uma eventual quebra, foi adquirido pelo concorrente, o banco UBS. A compra foi fechada pelo valor de US$ 3,5 bilhões. O acordo também incluiu uma assistência de liquidez de 100 bilhões de francos suíços, o equivalente a cerca de US$ 108 bilhões.

Gráfico do CDS do Credit Suisse

Gráfico CDS - Credit Suisse
Fonte: reprodução EQI Investimentos

Como investir em Derivativos: comprar ações com a segurança

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