“A principal missão de um investidor é proteger seu patrimônio e seu poder de compra. Todo o restante é secundário.” Essa foi uma das lições destacadas por Roberto Lee, cofundador e CEO da Avenue, a maior corretora nos Estados Unidos voltada para brasileiros, durante um painel na Money Week, evento promovido pela EQI Investimentos em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Mediado por Ícaro Coelho, Head de Vendas da EQI Internacional, o diálogo abordou as oportunidades de diversificação de patrimônio frente ao risco Brasil, além de discutir a visão de futuro dos investimentos.
Como preservar o patrimônio?
Com a taxa Selic atualmente em 10,50% ao ano e a última projeção do Boletim Focus, divulgada nesta segunda-feira (5), indicando um aumento na projeção para inflação e juros para o próximo ano, surge a pergunta: como preservar o patrimônio diante desse cenário?
Antes de mais nada, é importante lembrar que o panorama nem sempre foi assim, especialmente antes de 2010. Naquela época, a maioria dos brasileiros desconhecia a Bolsa de Valores e investia quase exclusivamente na poupança. Hoje, a situação é bem diferente.
Evolução do número de investidores em ações
Veja abaixo a evolução do número de investidores em ações de 2015 a 2024.

Evolução do número de investidores em FIIs
Agora, veja a evolução do número de investidores em Fundos Imobiliários.

Como demonstrado nos gráficos acima, o número de investidores em Renda Variável cresceu significativamente ao longo dos anos, especialmente quando a taxa Selic caiu para o patamar de 10%, contrastando com o período anterior em que girava em torno de 20%.
Impacto da taxa Selic
A Selic é determinada a cada 45 dias em uma reunião a portas fechadas do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Desde que essas reuniões começaram, em 1996, a Selic já variou de uma mínima de 1% ao ano (em novembro de 1997) até uma máxima de 38% ao ano (em janeiro de 1998). A Selic pode ser ajustada para cima ou para baixo por diversos motivos, mas os dois principais são: controlar a inflação e o nível de atividade econômica.
Com o aumento do interesse dos brasileiros por investimentos, o acesso às corretoras, que antes era limitado, cresceu, resultando na criação do serviço de assessoria de investimentos, o que trouxe ainda mais vantagens para o investidor pessoa física.
À medida em que o mercado se sofisticou, o brasileiro percebeu que, para proteger seu patrimônio, era necessário diversificar além dos produtos básicos e superar a inflação. No entanto, com o custo de vida cada vez mais atrelado ao dólar e o risco Brasil em evidência, surgiu também a necessidade de proteção em outra moeda.
Investimentos no exterior
Entretanto, com o custo de vida do brasileiro cada vez mais atrelado ao dólar e o risco Brasil em evidência, surge a necessidade de proteção em outras moedas. O consumo se tornou muito mais global, refletindo essa mudança também nos investimentos.
O brasileiro agora tem uma estrutura de consumo muito diferente daquela de 10 ou 15 anos atrás. Com o consumo mais globalizado, isso se refletiu diretamente nas estratégias de investimento.
Roberto Lee observa que “precisamos entender que, cada vez mais, nossos custos estão em dólar.” Por isso, é importante reconhecer que, com a desvalorização do real, nosso poder de compra diminui, tornando essencial a diversificação dos investimentos em ativos no exterior.
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Principais vantagens
Lee acrescenta que o cenário atual é semelhante ao de 2016. À medida que os brasileiros percebem a perda do poder de compra, os investimentos offshore ganham cada vez mais importância como uma forma de recuperar esse poder e proteger seu patrimônio em moedas fortes. “O foco nos Estados Unidos está mudando de uma alternativa de risco para uma estratégia de proteção patrimonial,” conclui.
Além do investimento em moedas fortes para preservação de capital, outras vantagens também se destacam para o investidor, como:
- Diversificação
A diversificação pode ser abordada sob vários ângulos: geográfica, cambial, econômica, além das diferentes classes de ativos não tradicionais que compõem o ambiente de investimentos no exterior. Nos EUA, por exemplo, são comuns os ADRs, ETFs setoriais, commodities, REITs e fundos de private equity, classes de investimentos que ainda são pouco exploradas no Brasil.
- Aumento da rentabilidade
Até recentemente, o investidor brasileiro que buscava exposição a moedas estava limitado aos fundos cambiais, cujo resultado era basicamente a variação do dólar, descontada a taxa de administração do fundo. Com o surgimento das plataformas internacionais, essa dinâmica mudou.
Agora, o investidor tem acesso a ganhos que vão além da simples variação cambial. Um exemplo disso são os títulos de dívida da Petrobras no exterior (Bonds).
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