A Money Week 8 começou na terça-feira (2) e segue até esta quarta (3), com conteúdos gratuitos e online que vão te ajudar a entender o cenário macro atual e enxergar onde estão as melhores oportunidades de investimento.
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Cenário de juros por um bom tempo

O que esperar do cenário de juros daqui para a frente?
Segundo os especialistas convidados para a Money Week, a tendência é de juros altos ainda por um bom tempo, com desaceleração relevante da economia.
“O trabalho daqui para a frente será mais difícil, porque é de desinflação. O Federal Reserve (Fed) deve encerrar o ciclo de alta de juros em breve. A Europa ainda deve demorar um pouco mais e o Japão nem começou”, avalia Daniel Weeks, economista-chefe da Garde Asset Management.
Para André Senna Duarte, economista sênior e estrategista da Occam Gestora de Recursos, é fundamental que a população e o próprio Governo brasileiro entendam que um Banco Central independente significa inflação mais baixa.
“Se o BC cede aos ataques que vêm sendo feitos, o resultado é que nós teremos inflação permanentemente mais alta”, avalia.
Para ele, se mexer na meta da inflação, o Governo deixará ainda mais distante o momento da queda de juros.
“Se você jogar a meta de 3,5% para 4%, a credibilidade foi afetada. A minha expectativa não vai para 3%, nem 4%. Ela vai para 5%, 6%. Por isso que a taxa de juros vai subir. O governo achou um bode expiatório que o grande problema do Brasil são os juros. Mas a taxa de juros é consequência”, concorda o professor Roberto Dumas.
Confira aqui o painel na íntegra.
Os bastidores do poder

Para discutir os bastidores de Brasília, a Money Week recebeu Rafael Favetti, advogado e cientista político da Fatto, e Augusto Nunes, jornalista da Revista Oeste.
Favetti destaca que o Governo Lula ainda sofre com a falta de articulação política. E prova disso seriam as declarações desencontradas de membros do governo, como nos casos do programa Voa Brasil (de passagens aéreas populares a R$ 200) e do ministro Alexandre Silveira, anunciando alterações na política de preços da Petrobras, ambos sendo posteriormente corrigidos.
“Pense em uma empresa com 37 diretores. Claro que isso não vai dar certo. É muita gente para tomar decisão. Uma equipe com 37 ministros é um desastre. O Lula até hoje não conseguiu falar com todos os ministros”, diz Augusto Nunes.
Impacto dos primeiros 100 dias no mercado

O painel Impacto dos primeiros 100 dias no mercado reuniu Ricardo Cara, head de fundos multimercado da EQI Asset, André Raduan, fundador e co-CIO na Genoa Capital, e Gustavo Pessoa, gestor na Legacy Capital.
“A gente começou com um filme de terror, uma PEC da Transição que era uma licença para gastar de quase R$ 200 bilhões, muito acima do necessário, o que criava um rombo fiscal muito elevado. Mas, ao longo do tempo, eu acho que esse filme de terror foi migrando para quase um ‘pastelão de terror’. O DNA, claramente, é de mais gastos, mais intervenção econômica. Mas é um DNA que, de certa forma, era até esperado pelo mercado. Um DNA de quem ia subir impostos a fim de compensar, pelo menos, parte desse aumento de gastos”, afirma Raduan.
Gustavo Pessoa se diz mais pessimista quanto ao arcabouço fiscal, que veio para substituir teto de gastos, afirmando que ele não estabiliza a dívida em nenhum momento e que esta não vai parar de crescer.
“A dívida vai crescer até 85% do PIB no final do governo. Não vai ser 100%, não vai quebrar o país, mas teremos o dobro da dívida do México, por exemplo. E a gente se compara muito com México e África do Sul, mas nossa relação dívida/PIB é muito diferente. O Brasil tem juro alto porque tem muita dívida”, avalia.
Acompanhe aqui o painel na íntegra.
Novo arcabouço fiscal

O jornalista Ibsen Costa Manso mediou o debate entre Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, e Vinicius Poit, ex-deputado federal pelo partido NOVO e empreendedor, sobre o novo arcabouçou fiscal.
Kautz chamou atenção para declaração recente da ministra do Planejamento, Simone Tebet, que afirmou que o arcabouço tem o objetivo de estabilizar a dívida e não cortar gastos.
Segundo o economista-chefe da EQI Asset, a viabilidade do texto depende mais da geração de receitas do que propriamente da redução dos gastos públicos. Assim, para ter sucesso é preciso ter em mente dois fatores: crescimento da economia ou aumentar impostos (ou a reduzir subsídios fiscais).
“A única coisa que o empreendedor sabe no planejamento dos negócios são os custos. Ninguém sabe o quanto de receita será gerada. Ora, você não sabe se virão poucos ou muitos clientes. Agora, como o governo pode projetar o novo arcabouço fiscal sob o viés da Receita?”, questiona Poit.
Acompanhe o painel na íntegra.
O papel do agronegócio na retomada econômica

Eça Correia, co-head de Agronegócio da EQI Asset, foi o mediador de debate sobre O papel do Agronegócio na retomada econômica do Brasil, que contou com a participação de Thierry Soret, CFO (Chief Financial Officer) na Usina Coruripe, e Michel Torteli, COO (Chief Operating Officer) da FinPec.
O Agronegócio, que respondeu no ano passado por praticamente 25% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, vive uma fase boa de diplomacia internacional com o Governo atual, avaliam os convidados da Money Week.
“Em termos de política internacional, o momento é favorável. Não temos mais tanto embate com China, que é o maior exportador do Brasil, e só tivemos boas notícias com abertura de novos mercados”, diz Tortelli.
Soret defende que o Governo precisa trabalhar pela promoção positiva do Agro. “Precisamos melhorar nosso marketing. Nosso café é o melhor e somos o maior produtor, mas a Colômbia é mais famosa lá fora. Etanol tem que ser a mesma coisa, pecuária também. Nosso Agro é extremamente sustentável e competente”, diz.
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Assista como foi a Money Week 8 no primeiro dia:
Veja tudo o que vai rolar no segundo dia:
