Com o término de 2024, marcado por desafios e aprendizados, investidores começam a planejar suas estratégias para 2025. Um dos principais pontos de atenção é a internacionalização dos investimentos, com destaque para a dolarização de parte do patrimônio, medida considerada essencial em qualquer cenário econômico. Siga na leitura e descubra quais os melhores investimentos no exterior.
Melhores investimentos no exterior: por que dolarizar?
Dolarizar parte dos recursos oferece proteção contra a instabilidade da moeda brasileira, mais suscetível a variações inflacionárias e eventos políticos.
Segundo Rodrigo Samaia, da equipe de private da EQI Investimentos, “manter parte do patrimônio em dólar é uma medida de diversificação muito importante para a proteção da carteira.” Além disso, com o cenário econômico nos Estados Unidos sob a liderança de Donald Trump, espera-se uma desaceleração mais lenta nos cortes de juros e um fortalecimento do dólar.
Renda fixa: segurança e oportunidades no exterior
Para investidores de perfil mais conservador, a renda fixa em dólar continua a ser uma opção atraente, mesmo em um ciclo de queda de juros. Nos Estados Unidos, os títulos de renda fixa mais comuns incluem:
- Treasury Bonds (Títulos do Tesouro): Considerados os investimentos mais seguros do mundo, esses papéis oferecem renda fixa garantida e alta liquidez. Com prazos que variam de 1 mês a 30 anos, são uma escolha sólida para proteção de patrimônio.
- Corporate Bonds (Títulos Corporativos): Emitidos por empresas como Apple, Google e Microsoft, esses títulos podem oferecer rendimentos maiores, dependendo da classificação de risco da empresa emissora. Rodrigo Samaia destaca que bonds de empresas brasileiras também são interessantes, pois a percepção de risco nos EUA pode elevar a remuneração desses títulos.
- Certificados de Depósito (CDs): Semelhantes aos CDBs brasileiros, esses títulos garantem taxas fixas e são protegidos pelo seguro federal de depósito nos EUA, mas possuem liquidez limitada.
- Fundos e ETFs de Renda Fixa: Geridos por nomes de peso como PIMCO e JP Morgan, os fundos e ETFs de renda fixa oferecem diversificação instantânea e acessibilidade a uma ampla gama de ativos.
Renda variável: perspectivas otimistas
O mercado de ações americano está repleto de oportunidades para 2025, impulsionado por fatores como o crescimento esperado do PIB dos EUA, avanços em tecnologias como inteligência artificial e o ciclo de corte de juros. Rodrigo Samaia recomenda que investidores avaliem a exposição à renda variável, respeitando sua tolerância ao risco.
Os setores com maior potencial de valorização incluem:
- Tecnologia e inteligência artificial: Inovação continua sendo um dos motores do mercado americano.
- Bancos, biotecnologia e saúde: Beneficiados pela redução da regulação governamental, especialmente para empresas de menor porte (small caps), essas áreas prometem boas perspectivas.
- Fundos Imobiliários (REITs): Similar aos FIIs brasileiros, os REITs distribuem grande parte dos lucros aos acionistas e representam uma forma acessível de exposição ao mercado imobiliário nos EUA.
Atenção aos riscos estruturais
Apesar do otimismo, o cenário internacional não está isento de desafios. O déficit fiscal crescente nos EUA, aliado à política anti-imigração de Trump, pode elevar a pressão inflacionária e trazer incertezas de longo prazo. A maior taxação de importados, outra proposta do presidente eleito, e os salários mais altos decorrentes de menor mão de obra disponível também podem impactar os custos empresariais.
Diversificação como chave para o sucesso
A combinação de renda fixa e variável em dólar, aliada a uma diversificação global, é fundamental para enfrentar os desafios de 2025. Rodrigo Samaia resume: “Momentos de transição exigem disciplina e visão estratégica. É essencial diversificar, aproveitar as assimetrias de mercado e proteger o portfólio contra volatilidade.”
Com estratégias bem alinhadas e uma análise criteriosa do cenário global, 2025 promete ser um ano de transformação e oportunidades para os investidores brasileiros que buscam expandir seus horizontes no mercado internacional.
Quanto da carteira ter no exterior?
A EQI Research, em sua carteira de alocação recomendada de dezembro, indica que 15% do portfólio deve estar alocado no exterior. E isso para qualquer perfil de investidor – conservador, moderado ou arrojado. Até novembro, a recomendação era de alocação de 10% do portfólio.
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