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Emissão de LCI e LCA cai mais de 60%: no que investir agora?

Emissão de LCI e LCA cai mais de 60%: no que investir agora?

A emissão de LCI e LCA derreteu em fevereiro e março deste ano após serem anunciadas as restrições do Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciadas em 2 de fevereiro. A queda vem após o ”boom” de crescimento dos produtos em até 50% no estoque em 2023.

De acordo com dados pedidos pelo Valor Econômico à B3, o registro de novas Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) teve queda de R$ 44,7 bilhões em janeiro para R$ 20,7 bilhões em fevereiro e R$ 21,7 bilhões em março, um recuo médio de 50% ao mês. Já a emissão de Letras de Crédito Imobiliário (LCI) caiu de R$ 30,7 bilhões para R$ 11,2 bilhões em fevereiro e igual montante em março, queda de 64% ao mês.

Em queda também, o estoque de LCA caiu de R$ 478,1 bilhões em janeiro para R$ 474,5 bilhões em março, e o das LCIs foi de R$ 372,9 bilhões para R$ 362,8 bilhões.

Por que caiu a emissão de LCI e LCA?

Essa despencada dos produtos veio com as restrições da CMN para o vencimento desses papéis, que deixaram de ter o prazo mínimo de 90 dias para vencer e passaram a 12 meses no caso do LCI e nove meses da LCA.

O tempo prolongado pela CMN fez com que os produtos perdessem sua atratividade, principalmente para o varejo, um setor que investiu em peso nesses títulos isentos de Imposto de Renda e que geralmente dá grande importância à alta liquidez. Seguindo regras, o lastro teve sua diminuição de emissões de forma significativa.

Além da mudança para emissão de LCI e LCA, o órgão limitou também as emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e do Agronegócio (CRA).

Saiba mais:

Expectativas para emissão de LCI e LCA

É estimado que a queda no volume de emissões em 2024 seja de 20% em comparação ao ano passado.

Somente em 2023, a administradora da Bolsa de Valores informou que os estoques de todos os produtos de renda fixa de captação bancária cresceram, chegando a R$ 4,5 trilhões em dezembro, contra R$ 3,8 trilhões no fim de 2022, um aumento de 20%.

Além de LCI e LCA, a conta considera Certificados de Depósito Bancário (CDB), Depósitos Interfinanceiros (DI), Letras Financeiras (LF), Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) e Recibos de Depósito Bancário (RDB).

As LCIs subiram 50%; as LCAs, de 36%; as LIGs, 24%; as LFs, 9%; os CDBs, 14%; e os RDBs, 36%, na mesma base comparativa. O estoque de debêntures cresceu 15%; o de CRIs, 24%; e o de CRAs, 28%.

E agora, para onde o investidor pode ir?

Uma boa opção para quem investia nesses lastros podem ser as debêntures incentivadas e de infraestrutura ou até mesmo Ações. Vamos entender melhor!

  • Debêntures Incentivadas: são papéis de renda fixa emitidos por empresas que fazem parte da iniciativa privada. A principal característica das debêntures incentivadas é a concessão de incentivos fiscais aos investidores que adquirem esses títulos;
  • Debêntures de infraestrutura: são títulos de dívida emitidos por empresas (normalmente sociedades de propósito específico – SPEs) para financiar projetos de infraestrutura. Nestes são incluídas construção, ampliação, recuperação, manutenção, reforma, modernização ou operação de empreendimentos nos setores de transporte, energia, saneamento básico, irrigação, telecomunicações e outros.

Leia também: Debêntures de infraestrutura: entenda o que muda com novo título

Para Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, com as restrições impostas pelo CMN aos ativos de emissão bancária (LCIs e LCAs) e CRIs e CRAs, os investidores estão se deslocando para as debêntures incentivadas e fundos de debêntures incentivadas.

Outra opção é apostar em Ações para destino dos recursos que não vão mais para emissão de LCI e LCA, de acordo com o BTG Pactual, elas podem ser uma melhor aposta. Entenda melhor:

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