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Onde investir: segundo trimestre é de oportunidades em ações, diz EQI Research

Onde investir: segundo trimestre é de oportunidades em ações, diz EQI Research

Com mudanças significativas no tabuleiro geopolítico a partir da guerra comercial entre Estados Unidos e China, como ficam os investimentos? Onde investir neste segundo trimestre?

Em live realizada na quarta-feira (23), a EQI Research, liderada por Carolina Borges, head de research, e com participação dos analistas João Zanott, João Neves e Felipe Paletta, anunciou uma mudança estratégica na alocação de ativos para os perfis moderado e arrojado, com aumento da exposição em renda variável.

A decisão foi baseada em valuation atrativo, fundamentos resilientes e expectativa de retomada dos fluxos para mercados emergentes, como o Brasil, influenciados pelas políticas do governo de Donald Trump nos EUA.

Onde investir no segundo trimestre: por que aumentar a exposição em ações agora?

Felipe Paletta destacou que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, já acumula alta de cerca de 12% no ano, refletindo uma melhora na percepção do mercado. O múltiplo P/L do Ibovespa está em 7,3×, abaixo da média histórica de 10,6×, indicando desconto de 28,3%. Além disso, as empresas do índice apresentam indicadores mais saudáveis comparados a momentos anteriores de estresse, como em 2016, menor endividamento e dividendos atrativos acima de 7% ao ano.

A equipe da EQI revisou sua projeção para o Ibovespa, estimando um cenário base de 156 mil pontos até o final de 2025, com potencial de valorização de 20% em relação aos níveis atuais. Três cenários foram considerados:

  • Cenário otimista: Ibovespa a 223 mil pontos (probabilidade de 20%).
  • Cenário base: Ibovespa a 155 mil pontos (probabilidade de 45%).
  • Cenário pessimista: Ibovespa a 118 mil pontos (probabilidade de 35%).

Mudanças na alocação recomendada

A EQI Research ajustou suas carteiras para aumentar o peso em ações, mantendo a renda fixa como parte relevante da estratégia. As novas alocações por perfil são:

  • Conservador: 85% renda fixa e 15% exterior.
  • Moderado: 55% renda fixa, 15% exterior, 15% ações e 15% FIIs.
  • Arrojado: 45% renda fixa, 15% exterior, 20% ações e 20% FIIs.

Ações em destaque

A equipe de research mencionou preferência por empresas domésticas com geração de caixa no presente, como Eletrobras ($ELET3 e $ELET6), que foi incluída nas carteiras devido ao ganho de eficiência pós-privatização e exposição ao setor elétrico. Outras recomendações incluem empresas de utilidade pública e setores menos afetados por inflação alta.

Veja abaixo as ações recomendadas para o mês pela EQI Research:

onde investir no segundo trimestre: tabela com carteira recomendada de ações da EQI Research
Fonte: EQI+

Renda fixa e FIIs continuam relevantes

João Neves ressaltou que, mesmo com a redução proporcional na renda fixa, os títulos IPCA+ e pós-fixados seguem como pilares importantes, oferecendo proteção inflacionária e liquidez.

“Com a taxa de juros no nível atual, de 10% de juros reais ao ano, é difícil para os demais investimentos baterem a rentabilidade e a segurança da renda fixa, por isso a relevância na carteira. Mas os juros podem começar a ceder à frente, ao mesmo tempo em que FIIs e ações estão apresentando boas oportunidades. Então, pode ser um bom momento para tomar um pouco mais de risco, mas para quem tem estômago, quem tem perfil de risco para aguentar a volatilidade”, afirma.   

Veja a carteira recomendada de renda fixa:

onde investir no segundo trimestre: tabela com carteira recomenda de renda fixa
Fonte: EQI+

Já Carolina Borges destacou que os Fundos Imobiliários (FIIs) ainda operam com descontos em relação ao valor patrimonial, especialmente em setores como shoppings e logística, com dividendos atrativos.

“Os FIIs seguem se relacionando mais ao cenário interno, mas nós não somos uma ilha e, sim, também somos afetados pelo cenário global, que pode afetar juros”, explica.

Veja a carteira recomendada de FIIs:

Fonte: EQI+

Cautela e seletividade

Apesar do otimismo, a EQI alertou para a necessidade de monitorar riscos, como a guerra comercial EUA-China e a incerteza fiscal doméstica. “Este não é o ano para deixar a carteira esquecida. Ajustes serão necessários conforme o cenário evolui”, concluiu Paletta.

Para acessar as carteiras completas e relatórios detalhados, você pode acessar gratuitamente o aplicativo EQI+.