A alocação de ativos é uma estratégia de investimento que envolve distribuir seus recursos financeiros entre diferentes classes de ativos, como Ações, títulos de Renda Fixa, Fundos de Investimento, Fundos Imobiliários e investimentos no exterior.
A intenção é garantir um bom retorno, mas sempre respeitando o seu perfil de investidor – ou seja, sua propensão a correr riscos.
Ao fazer uma correta alocação de ativos, o investidor tem algumas vantagens, a saber:
Alocação de ativos: Diversificação de risco
Ao distribuir seus investimentos por diferentes classes de ativos, você reduz o risco de perdas significativas, caso uma classe específica tenha um desempenho ruim. Por exemplo, se o mercado de Ações cai, os investimentos em Renda Fixa podem compensar essa perda.
Alocação de ativos: Equilíbrio entre risco e retorno
Cada classe de ativos oferece um potencial diferente de retorno e risco. A alocação de ativos permite que você ajuste seu portfólio para equilibrar a busca por retornos maiores com a necessidade de proteger seu capital.
Alocação de ativos: Adaptação às metas e perfil de risco
Dependendo de seus objetivos financeiros e de quanto risco você está disposto a aceitar de risco, você pode ajustar a alocação de ativos. Por exemplo, investidores mais jovens geralmente podem tolerar mais risco e investir mais em Ações, enquanto investidores mais velhos podem preferir uma alocação mais conservadora, com mais foco em títulos e menos em Ações.
Alocação de ativos: Controle emocional
Ter uma alocação de ativos bem definida pode ajudar a evitar decisões impulsivas baseadas em emoções, como vender todos os seus investimentos durante uma queda do mercado.
Rebalanceamento é necessário
De tempos em tempos, é necessário reavaliar e ajustar sua alocação de ativos para garantir que ela ainda esteja alinhada com seus objetivos. Isso pode envolver vender alguns ativos que se valorizaram muito e comprar outros que estão subvalorizados, mantendo assim a proporção desejada.
Qual a alocação de ativos recomendada?
A EQI Research divulgou nesta sexta-feira (12) sua primeira edição de Alocação Recomendada.
A recomendação é que os investidores conservadores tenham alocação 100% em Renda Fixa, predominantemente em títulos pós-fixados.
Os investidores moderados e investidores agressivos devem ter parcelas crescentes de Renda Variável, tanto em Fundos Imobiliários (FIIs) como em ações, bem como aumento do risco na parcela alocada em Renda Variável.
Os investimentos no exterior (ou, ao menos, em investimentos denominados em dólares norte[1]americanos), aponta a EQI Research, devem representar 10% do portfólio.

Cenário atual para alocação de ativos
No cenário macro, a expectativa é que a Selic, taxa básica de juros, se mantenha estável em 10,5% até o final deste ano, podendo voltar a cair em 2025 – especialmente se o banco central americano iniciar um processo de redução de juros nos Estados Unidos.
No exterior, a projeção é de dois cortes de juros ainda este ano, sendo um em setembro e outro em dezembro. Os principais riscos associados a esse cenário incluem um ressurgimento da inflação, que poderia adiar os cortes de juros para o próximo ano, ou uma manutenção significativa do mercado de trabalho aquecido, o que também poderia levar o Fed a adotar uma abordagem mais cautelosa em relação aos cortes de juros.
A Research aponta que, após uma continua deterioração na percepção de risco, muitos dos acontecimentos negativos recentes globais e locais parecem já estar precificados nos ativos de risco brasileiros, como Ações e FIIs.
Já a Renda Fixa continua tendo deterioração adicional, o que pode significar oportunidades para ativos mais curtos.
Ações
Muitos dos acontecimentos negativos recentes globais e locais parecem já estar precificados na bolsa brasileira, com o Ibovespa resiliente no nível dos 120 mil pontos.
A casa de análises aponta que há uma falta de gatilhos positivos claros de curto prazo que diminuam incertezas e tragam fluxo comprador novo.
Fundos Imobiliários
Segundo a EQI Research, as recentes quedas do IFIX atingiram principalmente os chamados FIIs de tijolo (galpões, shoppings, lajes), cuja precificação está correlacionada com os juros futuros.
A preferência da casa de análise é por fundos de papel, que oferecem baixa volatilidade, diversificação do risco de crédito e boas taxas de remuneração, que podem estar atreladas às variações do IPCA e/ou CDI.
Renda Fixa
Os pós-fixados estão com rendimentos interessantes em termos reais e oferecem proteção contra uma deterioração adicional do cenário, assim como também contribuem para menor volatilidade da carteira.
Títulos de inflação têm a melhor relação risco-retorno: além de oferecerem altas taxas (carrego), eles protegem contra uma possível inflação mais elevada, reduzindo os riscos do cenário.
E os pré-fixados estão com taxas próximas dos maiores níveis do ano, o que é uma oportunidade, especialmente para os vencimentos mais curtos.
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