O multimercado Fundo Verde, sob gestão de Luis Stuhlberger, terminou o ano com um rendimento de 14,53% em 2023, superando os 13,05% do CDI, indexador da renda fixa. Para o início de 2024, a Verde Asset comunicou, em relatório, que prevê uma “exuberância” dos ativos de risco.
A Verde explica que a queda da inflação e a perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos ditou o fim de ano nos mercados de risco. Com isso, talvez os mercados “precifiquem um excesso de cortes na curva futura, e uma certa exuberância nos ativos de risco, temas que devem ditar o início do ano”, avalia.
A queda no rendimento dos Treasuries de longo prazo, de 0,45 ponto percentual no mês de dezembro, levou a um “impulso dos mercados acionários”, destacou a gestora.
Em dezembro, o Ibovespa registrou alta de 5,4%, impulsionada pela percepção sobre a inflação nos Estados Unidos, segundo a Verde. No ano, o índice avançou 22%. A gestora enxerga, para 2024, o início do ciclo de corte de juros nos EUA, o que deve melhorar ainda mais o cenário para o mercado de capitais.
Na ata da última reunião de política monetária, o Federal Reserve comentou, em relação à inflação, que todos os participantes observaram que progressos claros foram realizados em 2023 em direção ao objetivo da marca de 2% no ano. No entanto, ainda é necessário “ver mais provas de que as pressões inflacionistas estão diminuindo“ para um retorno sustentável.
Verde: o que impulsionou desempenho de dezembro
O mês de dezembro foi significativamente positivo para o Fundo Verde, que superou o CDI com ganhos de 3,32%, contra 0,90% do benchmark.
A gestora destaca, para a superação do benchmark, ganhos “especialmente de ações no Brasil” e do juro real, com o rali de final de ano. Do lado negativo, “detratores relevantes” para o Fundo Verde foram a compra de inflação implícita no país.