No final do ano, um fenômeno conhecido como “rali de Natal” tende a impactar a bolsa de valores no Brasil e nos Estados Unidos. O movimento consiste nas oscilações para cima que o mercado de ações apresenta na semana que antecede o dia 25 de dezembro e que se estende até os primeiros dias do novo ano.
Isso porque as pessoas físicas normalmente operam no curtíssimo prazo, quando o papel está subindo ou caindo, por isso o índice Ibovespa tem movimentações abruptas. Acompanhe!
Rali de Natal: entenda o fenômeno
O rali de Natal não passa de uma teoria, e não há uma regra ou um movimento que explique exatamente o fenômeno que acontece aos finais de ano.
“A estratégia de alguns investidores nessa época do ano é tirar tudo do CDI (Renda Fixa) e ir para a bolsa, apenas pelos três últimos meses do ano. É uma estratégia arriscada, recomendada apenas para investidores com mais conhecimento de mercado e perfil arrojado”, explica Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos.
No Brasil, as parcelas do 13º salário, pagas entre 30 de novembro e 20 de dezembro, estimulam uma injeção de capital pelas pessoas físicas, que querem ver o dinheiro render.
Um dos eventos que ajudam a explicar o movimento é o começo do ano fiscal nos Estados Unidos, em outubro, quando os gestores de investimentos aproveitam para reorganizar as carteiras dos fundos.
O período também é conhecido por menor volume de operações, o que tende a trazer mais volatilidade.
Vale a pena?
No geral, os especialistas reprovam que investidores comprem ativos pelo simples fato do rali de Natal.
Segundo um levantamento da Economatica, entre 1986 e 2021, o Ibovespa apresentou maior volatilidade em janeiro, com variação de 29,25%. Em segundo e terceiro lugar ficaram março (26,50%) e dezembro (24,92%), respectivamente.
O estrategista-chefe da EQI Investimentos diz que, neste momento, “o ideal, para quem se interessa, é sempre ter um assessor de investimentos orientando o movimento”.
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