Você já ouviu falar de Ray Dalio? Ele é um dos maiores gestores de investimentos do mundo, fundador da Bridgewater, um dos maiores fundos de hedge da história. Um dos grandes aprendizados que ele compartilha é o seguinte: o segredo não está em prever o futuro, mas sim em construir uma carteira de investimentos preparada para qualquer cenário, seja você iniciante ou não. É sobre isso que vamos falar hoje.
Se você quer montar uma carteira de investimentos do zero, aqui vai um passo a passo completo, prático e com exemplos reais que vão te ajudar. Inclusive, vamos montar juntos uma carteira com R$ 100 mil para mostrar como tudo isso funciona na prática.
Passo 1 – Entenda o objetivo da sua carteira de investimentos
Antes de qualquer coisa, você precisa saber para o que está investindo. É para a aposentadoria? Para comprar um imóvel daqui a 10 anos? Para ter uma renda extra no curto prazo? Isso vai direcionar bem os seus investimentos, porque muitos ativos têm vencimento – como os títulos de renda fixa.
Da mesma forma, é importante conhecer a sua predisposição ao risco – o chamado perfil de investidor ou suitability (click no link se quiser entender em mais profundidade o tema).
Aqui, vamos usar um exemplo de um investidor que quer montar uma carteira diversificada, de longo prazo, de olho na aposentadoria, e que tenha perfil moderado – ou seja, ele até aceita correr algum risco, mas sempre controlado.
Passo 2 – Conheça as classes de ativos
A base de toda boa carteira é a diversificação. E isso passa por dividir seu dinheiro entre diferentes classes de ativos. Vamos falar sobre quatro delas, e eu vou te explicar por que cada uma é importante:
Renda Fixa – Segurança e previsibilidade
A renda fixa é o alicerce da carteira. Ela traz segurança, proteção e previsibilidade. Aqui, você encontra títulos públicos, como o Tesouro Selic e o Tesouro IPCA+, além de CDBs, LCIs e LCAs.
No nosso exemplo, vamos alocar 65% da carteira em renda fixa — ou seja, R$ 65 mil. Desse total, poderíamos investir R$ 26 mil no Tesouro Selic, que tem liquidez diária e funciona muito bem como reserva de emergência. Outros R$ 26 mil podem ir para o Tesouro IPCA+ 2045, que protege contra a inflação e gera ganhos reais no longo prazo. E R$ 13 mil em prefixado, para garantir uma diversificação dentro da mesma classe de ativos.
Fundos Imobiliários – Renda passiva e exposição ao setor imobiliário
Como estamos falando de um perfil moderado, podemos começar a introduzir renda variável. Para isso, os fundos imobiliários (FIIs) são uma excelente opção.
Eles permitem que você invista no mercado imobiliário com pouco dinheiro, com isenção de imposto de renda nos dividendos e com mais liquidez do que comprar um imóvel físico. Além disso, você pode diversificar entre lajes corporativas, galpões logísticos, shoppings e até recebíveis.
Vamos alocar 15% da carteira em FIIs — ou seja, R$ 15 mil.
Ações – Potencial de valorização no longo prazo
Agora, uma pincelada em ações. Ações representam uma parte da propriedade de empresas. Quando você investe em ações, torna-se sócio de grandes negócios e pode se beneficiar tanto da valorização quanto dos dividendos. Mas atenção: é uma classe mais volátil.
No nosso exemplo, vamos alocar 5% da carteira em ações — R$ 5 mil.
Para fazer boas escolhas, tanto em fundos imobiliários quanto em ações, principalmente para quem está começando, é interessante contar com o auxílio de especialistas. Lembre-se: o time de assessores da EQI Investimentos está sempre pronto para te ajudar!
Ativos Internacionais – Proteção cambial e exposição à economia global
Por último, é sempre importante se proteger em dólar e se expor à economia global. Investir fora do Brasil é uma forma de se proteger contra riscos políticos, cambiais e econômicos do país. Além disso, as maiores empresas do mundo estão lá fora — como Apple, Google, Microsoft, entre outras. E o dólar é uma moeda muito mais estável do que o real.
Vamos alocar 15% da carteira aqui — R$ 15 mil. Você pode investir em renda fixa no exterior, por exemplo em títulos do tesouro americano, considerados os mais seguros do mundo; ou em ações de empresas ou em ETFs, como o IVVB11 (que replica o índice S&P 500, que reúne as principais companhias listadas na bolsa americana) ou o NASD11 (que replica o Nasdaq, índice das empresas de tecnologia). Também é possível investir em criptomoedas, como Bitcoin ou Ethereum, mas sempre com cautela, é importante lembrar, porque a renda variável sempre oscila mais.
Passo 3 – Montando a carteira na prática com R$ 100 mil
Com base nas proporções que falamos, a carteira ficaria assim:
- Renda Fixa (65%): R$ 65 mil divididos entre pós-fixados, IPCA+ e prefixados
- Fundos Imobiliários (15%): R$ 15 mil em uma boa seleção de FIIs
- Ações (5%): R$ 5 mil em ações recomendadas
- Internacional (15%): R$ 15 mil entre renda fixa e variável no exterior
Com o tempo, os ativos vão se valorizar (ou desvalorizar) em ritmos diferentes. Por isso, é fundamental rebalancear a carteira periodicamente. Isso significa vender um pouco do que subiu e comprar o que caiu, para manter a proporção original da sua carteira. Essa prática evita que você fique com risco excessivo em uma única classe e ainda ajuda a aproveitar oportunidades de mercado.
É importante lembrar que uma boa carteira não é sobre acertar o ativo da moda. É sobre ter uma estratégia clara, diversificação e disciplina. Com esse passo a passo, você já tem uma base sólida para investir melhor, com segurança e foco no longo prazo.
Se quiser se aprofundar mais, busque conteúdo de qualidade, acompanhe relatórios de casas de análise, como a EQI Research, continue aprendendo — e conte sempre com a ajuda da EQI Investimentos.
Ah, e se você gostou da carteira aqui apresentada, fica a dica: ela foi feita com base no Simulador Melhores Investimentos, da EQI Research, que garante um portfolio diversificado e balanceado, feito pelos analistas da casa. Para baixar o simulador, basta clicar aqui, preencher seu perfil e patrimônio para investimento, e obter a recomendação, inclusive com os tickers dos FIIs e ações mais interessantes no momento!
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