Mesmo em um pregão marcado por forte aversão a risco na B3 ($B3SA3), as ações da Brava Energia (BRAV3) avançam de forma expressiva nesta quarta-feira (17), contrariando o movimento do Ibovespa, que recua mais de 1% após ter caído mais de 2% na véspera.
Por volta das 13h50, os papéis da companhia subiam 3,62%, cotados a R$ 14,59, próximos da máxima intradiária de R$ 14,70. O desempenho positivo ocorre após a empresa negar, em fato relevante divulgado pela manhã, que esteja negociando uma transação com a Eneva (ENEV3) envolvendo ativos de exploração e produção (E&P).
Esclarecimentos ao mercado impulsionam BRAV3
A reação do mercado veio após a Brava Energia rebater informações publicadas na coluna Pipeline, do Valor Econômico, segundo as quais a companhia estaria negociando a venda de três poços de gás para a Eneva, em uma operação que poderia movimentar cerca de US$ 450 milhões, com assessoria do Goldman Sachs.
No comunicado, a Brava afirmou que não há negociações em andamento nos termos noticiados e ressaltou que não tem conhecimento de possíveis interessados na aquisição de ações com o objetivo de formação de bloco de controle.
“A companhia não tem conhecimento de possíveis interessados em adquirir ações de sua emissão com objetivo de formação de bloco de controle”, destacou a empresa, acrescentando, contudo, que avalia de forma contínua sua composição de portfólio e a alocação estratégica de capital.
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Eneva cai após rumores; mercado ajusta expectativas
Enquanto a Brava avança, as ações da Eneva operam em queda. Os papéis ENEV3 recuam 2,82%, a R$ 19,66, próximos da mínima do dia, de R$ 19,48. A leitura do mercado é de que a negativa da Brava reduz a probabilidade de uma aquisição relevante no curto prazo, frustrando expectativas criadas após a publicação da reportagem.
A apuração do Valor também mencionava que a colombiana Ecopetrol estaria avaliando uma oferta não vinculante por cerca de 15% do capital da Brava, com assessoria do Itaú BBA — informação igualmente negada pela companhia.
Leitura do Bradesco BBI
Na avaliação do Bradesco BBI, uma eventual venda de ativos não estratégicos seria positiva para a Brava Energia, ao permitir maior foco em campos considerados prioritários, como Potiguar, Atlanta e Papa Terra, além de contribuir para a redução da alavancagem financeira.
“Acreditamos que a venda de ativos não estratégicos seria positiva para a Brava, permitindo foco em campos prioritários e redução da alavancagem. Contudo, a negativa deve gerar uma correção após a reação positiva do mercado no dia anterior”, afirmou o banco.
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