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Oportunidade em ações: impulso internacional vai superar questões locais

Oportunidade em ações: impulso internacional vai superar questões locais

O analista internacional Marink Martins, do aplicativo EQI+, traçou um paralelo entre o cenário atual da bolsa brasileira e o turbulento ano de 2016, para alertar investidores sobre uma oportunidade que, segundo ele, não deve ser desperdiçada.

Em seu comentário, Martins lembrou que 2016 foi um período de forte pessimismo nos mercados locais, marcado por crises internas, como o impeachment de Dilma Rousseff, e eventos globais surpreendentes, como o Brexit e a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Naquele momento, o mercado brasileiro sofria com juros elevados, temor de racionamento de energia e os efeitos do desastre ambiental de Mariana. No entanto, um movimento internacional acabou mudando o rumo das bolsas: o chamado “Acordo de Xangai”, uma articulação no âmbito do G20 que levou bancos centrais a adotarem estímulos fiscais e monetários em larga escala.

De acordo com Martins, a China iniciou um ciclo de expansão fiscal relevante, o Japão introduziu políticas de juros negativos e o Banco Central Europeu ampliou seu programa de compra de ativos.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve, que havia começado a elevar os juros no final de 2015, interrompeu seu ciclo de aperto monetário. O resultado foi uma reprecificação global de ativos que impulsionou o mercado brasileiro, mesmo diante das incertezas políticas e fiscais internas.

Oportunidades em ações: 2016 e agora

Segundo o analista, o momento atual guarda semelhanças importantes com aquele período. O Ibovespa está barato sob a ótica fundamentalista e “largado”, com bases acionárias comprimidas, enquanto o mercado americano encontra-se supervalorizado. Além disso, um novo ciclo de estímulos fiscais internacionais já estaria em andamento.

Martins destacou que a China deve lançar um pacote de estímulos equivalente a 10% a 11% do PIB para reativar sua economia. Na Europa, a recente eleição na Alemanha resultou na formação de uma coalizão que derrubou o teto de gastos, permitindo um aumento significativo da dívida pública para fomentar o crescimento.

Nos Estados Unidos, a nova gestão de Donald Trump já promove cortes de impostos corporativos, alimentando expectativas de fortalecimento das margens das empresas. Paralelamente, um dólar mais fraco favorece os mercados emergentes, inclusive o Brasil.

Marink Martins: analista de mercado internacional no EQI+
Marink Martins, analista internacional no EQI+

Fluxo internacional tende a atropelar preocupações domésticas

Para Martins, a lição histórica é clara: momentos de fluxo internacional positivo costumam atropelar as preocupações domésticas. Foi assim entre 2003 e 2008, durante o boom das commodities, e também em 2016, quando, apesar das crises políticas brasileiras, a bolsa se beneficiou do impulso externo.

O analista reforça a mensagem para os investidores:

“Não fique de fora. Questões domésticas tendem a ser secundarizadas quando há forte entrada de capital estrangeiro. O cenário internacional está se configurando para uma nova oportunidade histórica para a renda variável brasileira”.