Nos últimos anos, o mercado financeiro brasileiro tem acompanhado com atenção os movimentos da Oi S.A., uma das principais empresas de telecomunicações do país. Listada na B3 sob o código OIBR3, as ações da Oi já foram tema de discussões acaloradas entre investidores, analistas e entusiastas do mercado de capitais. A empresa, que era uma gigante em seu segmento, enfrenta atualmente uma série de desafios que refletem diretamente no valor de suas ações.
Hoje em dia, as ações de $OIBR3 estão avaliadas na casa de R$ 5,10. Somente em 2024, a ação já recuou 17,79%. Em um ano, a queda é de 26,88% e, em 5 anos, de mais de 95%.

O que aconteceu com OIBR3?
A Oi foi criada em 1998, como resultado da privatização da antiga Telebrás ($TELB3; $TELB4), e rapidamente se consolidou como uma das maiores operadoras de telefonia do Brasil.
No entanto, nos últimos anos, a empresa tem enfrentado dificuldades financeiras significativas, que culminaram em um pedido de recuperação judicial em 2016. Esse evento marcou o início de um longo processo de reestruturação, que teve impactos profundos no valor de mercado da Oi e, consequentemente, nas ações OIBR3.
Os ativos da Oi, que já foram vistos como uma oportunidade sólida de investimento, passaram a ser considerados de alto risco. A recuperação judicial, os processos de venda de ativos e a reestruturação da dívida fizeram com que muitos investidores adotassem uma postura cautelosa em relação a OIBR3.
No entanto, essas mesmas circunstâncias abriram espaço para especulações e oportunidades para aqueles dispostos a correr riscos em busca de retornos potencialmente elevados.
OIBR3 hoje
No cenário atual, a Oi continua enfrentando desafios complexos, apesar dos avanços em sua recuperação judicial. A empresa tem focado em vender ativos para reduzir sua dívida e concentrar suas operações nos segmentos mais rentáveis, como a fibra óptica. A recente venda de sua operação móvel – em 2022 – para consórcios formados por outras grandes operadoras, como Claro, TIM ($TIMS3) e Vivo ($VIVT3), é um exemplo dessas iniciativas.
Para os investidores, essas movimentações representam tanto oportunidades quanto riscos. Por um lado, a venda de ativos pode trazer o capital necessário para que a empresa consiga estabilizar suas operações e, eventualmente, retomar o crescimento. Por outro lado, há incertezas significativas sobre a capacidade da Oi de reinventar seu modelo de negócios em um setor altamente competitivo e em constante evolução.
Oportunidades de investimento
Para aqueles que consideram investir em OIBR3, é importante entender que se trata de um ativo de alto risco, mas que pode oferecer retornos significativos, especialmente para investidores com perfil arrojado. A chave para avaliar o potencial das ações da Oi está em acompanhar de perto o progresso da empresa em sua reestruturação e a capacidade de adaptação às novas demandas do mercado de telecomunicações.
Uma das principais oportunidades de crescimento para a Oi está na expansão de sua rede de fibra óptica. A demanda por internet de alta velocidade tem crescido de forma exponencial no Brasil, impulsionada pela digitalização de serviços e pelo aumento do trabalho remoto. A empresa tem investido pesadamente na expansão de sua infraestrutura de fibra, o que pode, a longo prazo, gerar um fluxo de receita mais estável e previsível.
Riscos envolvidos
Apesar das oportunidades, os riscos associados ao investimento em OIBR3 são significativos. O principal risco é a possibilidade de a empresa não conseguir executar sua reestruturação de forma eficaz, o que poderia levar a uma deterioração ainda maior de sua situação financeira. Isso poderia resultar em uma nova queda acentuada no valor das ações, prejudicando os investidores.
Além disso, a Oi enfrenta uma concorrência acirrada no mercado de telecomunicações. Empresas como Claro, Vivo e TIM estão bem posicionadas e possuem recursos para competir agressivamente, o que pode dificultar a recuperação da Oi. A entrada de novas tecnologias e mudanças regulatórias também representam desafios adicionais para a empresa.
Outro fator de risco é a incerteza em relação à governança corporativa da Oi. A empresa passou por diversas mudanças em sua administração nos últimos anos, e a falta de uma liderança estável pode gerar dúvidas sobre a capacidade da companhia de conduzir uma reestruturação eficaz. Para os investidores, isso significa que a análise de OIBR3 deve incluir uma avaliação cuidadosa da governança e da estratégia de longo prazo da empresa.
Aumento de capital da OIBR3
No último dia 27 de agosto, a OIBR3 anunciou a aprovação de um aumento de capital pelo seu Conselho de Administração. O plano, que faz parte da recuperação financeira da empresa, vai ser realizado por meio da emissão de novas ações ordinárias, um montante de R$ 1,38 bilhão. A operação está alinhada com o Plano de Recuperação Judicial da companhia, aprovado em maio de 2024.
O aumento de capital vai acontecer dentro dos limites estabelecidos pelo Estatuto Social da Oi e vai envolver a emissão de 264,091 milhões de novas ações ordinárias, sem valor nominal. Esses papeis representam 80% do capital social da empresa após a operação.
O preço de emissão foi fixado em R$ 5,26 por papel, com base na média dos preços das ações nos últimos 30 pregões anteriores à divulgação das demonstrações financeiras da Oi em 14 de agosto.
Os acionistas atuais da companhia vão ter direito de preferência na subscrição dos novos ativos, proporcionalmente às suas participações no capital social.
No entanto, investidores residentes nos Estados Unidos não vão poder exercer esse direito devido às regulamentações locais de valores mobiliários.
O período para exercer o direito de preferência vai de 30 de agosto a 30 de setembro de 2024.
Investir em OIBR3
Após dar entrada na recuperação judicial, a OIBR3 é uma companhia que grande parte das casas de análises não estão cobrindo mais, já que a companhia segue com uma dívida altíssima. Ainda com um futuro incerto, os analistas já não olham mais para o ativo
Por isso, é imprescindível que o investidor que possui ativos da OIBR3 em sua carteira, que queira comprar mais ou vender, conheça bem o ativo ou que em caso de fazer movimentações busque por um assessor de investimentos de sua corretora para ajudá-lo.
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