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Investimento em infraestrutura é a bola da vez após mudanças em títulos isentos

Investimento em infraestrutura é a bola da vez após mudanças em títulos isentos

Investimento em infraestrutura é um tema que sempre interessa para o brasileiro, afinal, qualquer um que pegue estrada, necessite de saneamento e qualquer serviço básico se interessa pelo assunto. E, no Brasil, se tem algo que sempre é necessário são recursos para infraestrutura. Mas e para o investidor, quais são as maiores oportunidades de investimento em infraestrutura?

Na Money Week, evento da EQI Investimentos, realizado em Balneário Camboriú, Santa Catarina, financiamento para investimento em infraestrutura no Brasil foi um tema abordado por Luís Moran, CEO da EQI Research; Samuel Santos, gestor de estratégia de Infraestrutura da AZ Quest; e Ulisses Nehmi, CEO da Sparta. Entenda a seguir mais sobre esse tipo de investimento.

Investimento em infraestrutura é a bola da vez?

Recentemente, houve uma mudança nos títulos isentos e uma migração de papéis, com investidores descobrindo nos títulos de infraestrutura uma maneira de manter o benefício da isenção de imposto de renda e a rentabilidade. Mas qual é o tamanho desse movimento?

De acordo com Nehmi, o setor de infraestrutura vem realmente recebendo muitos investimentos decorrentes dessa migração de títulos. E os papéis de infraestrutura mantém o apelo da isenção do imposto de renda, que faz muito sucesso com os investidores.

“Qualquer investidor que faz a conta de quanto é um investimento equivalente tributado, pega o valor liquido e compara com a debênture incentivada vê uma oportunidade maior na debenture incentivada”, afirma.

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Como investir de maneira segura em infraestrutura?

Para investir de maneira segura em títulos de infraestrutura, os gestores recomendam o monitoramento dos projetos e a diversificação.

Nehmi explica que o monitoramento dos segmentos de infraestrutura é muito importante para o investidor, porque, ainda que haja uma previsibilidade nos investimentos, isso não significa que não haverá falhas nos projetos. “No crédito, costumamos dizer que é mais importante a gente não errar do que acertar”, comenta.

O CEO da Sparta afirma ainda que não é o bom passado do emissor que vai indicar o futuro. Às vezes, uma lei nova pode gerar um impacto significativo nas empresas. Assim como aconteceu no caso da tragédia de chuvas e alagamentos no Rio Grande do Sul, o que reforça a tese de que é preciso não só monitorar, mas construir uma carteira de maneira diversificada, a fim de que se tenha resiliência em caso de um evento adverso.

“Para ter um portfólio resiliente é preciso buscar garantias e diversificação, que ajudam a proteger o capital enquanto se vai coletando rentabilidade nos projetos”, explica.

Para Santos, diferentes casas fazem monitoramentos e diversificação de forma complementar. Na AZ Quest, a companhia busca estar perto do emissor que mantém na carteira, para acompanhar os desempenhos dessas companhias e resolver as dissimetrias de informação, a partir de reuniões e captura de problemas para propor soluções ou eventualmente sair do risco de crédito.

Segundo Nehmi, não há uma regra de estratégias para o investidor em infraestrutura. “Não tem um caminho certo ou errado, tem estilos diferentes e, normalmente, quando você está montando uma carteira diversificada, você quer que tenham estilos diferentes. Então, a diversificação não vem de comprar duas estratégias que fazem a mesma coisa do mesmo jeito, ela vem de comprar duas estratégias que operam de maneiras diferentes e com ativos diferentes, aí você está diversificado”, explica.

Investimento em infraestrutura e seus gaps

Outro ponto explorado pelos gestores é que os setores de infraestrutura são, historicamente, atrasados no país, istoé, há uma demanda muito maior pelos serviços do que oferta disponível. E isso se configura em uma oportunidade para os investidores, com ampla oferta de projetos em andamento.

Para Samuel Santos, no Brasil ainda há muito atraso em setores estruturais. “O maior gap de infraestrutura hoje é o setor de transporte. Embora saneamento também tenha gaps enormes, é um segmento que, aos poucos, está entrando nas metas”, comenta.

Ao todo, ele estima, há um gap de infraestrutura no país de 2% no ano, ou R$ 50 bilhões que deveriam ser investidos a mais só para resolver os problemas de infraestrutura.

Ulisses Nehmi relembra que infraestrutura é uma questão antiga do país, mas que antes dependia apenas do governo. Agora, com a infraestrutura também nas mãos de empresas privadas, a questão recai também sobre os investidores privados, que são chamados a investir nesses setores, a partir das debêntures incentivadas e fundos de infraestrutura.

De acordo com Nehmi, o gap de investimentos que deveriam ser feitos são uma boa oportunidade para o setor privado. “Quando o investidor financia infraestrutura, ele já sabe a previsibilidade e os riscos econômicos que ele vai ter na área. A própria regulação do setor tem um papel de reduzir o risco”, explica.

Santos confirma que a regulação é sempre a base para trazer investimento privado para qualquer setor. Um exemplo disso é o setor de energia, que é regulamentado desde a década de 1950 e até os anos 1960 estava centralizado nas estatais, e que, após os anos 1980, passou a receber capital privado.

“São feitos investimentos no setor de energia privado há pelo menos uns 30 anos. Então, hoje, temos uma gama de oportunidades em energia muito maior. Isso está acontecendo agora com o setor de saneamento. O marco do saneamento foi aprovado há aproximadamente cinco anos atrás, então as empresas começam a abrir oportunidades para o setor privado e, agora, os fundos começam a entrar nas oportunidades”, comenta.

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