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Dólar a R$ 6: marco histórico após pacote fiscal

Dólar a R$ 6: marco histórico após pacote fiscal

O dólar à vista superou nesta quinta-feira (28) a marca histórica de R$ 6, reflexo do impacto negativo do mercado ao pacote fiscal apresentado pelo governo e à inesperada reforma do Imposto de Renda. A moeda americana registrou alta de 1,51%, sendo cotada a R$ 6 às 11h23, após fechar em R$ 5,91 na véspera, o maior valor até então desde o início da circulação do real, em 1994.

Às 12h, o dólar opera cotado a R$ 5,99.

Dólar e o pacote fiscal

O pacote fiscal, anunciado na quarta-feira (27) e detalhado nesta quinta (28), projeta uma economia de R$ 70 bilhões entre 2025 e 2026, com efeitos acumulados de R$ 327 bilhões até 2030.

A reforma do Imposto de Renda, que acompanhou as medidas de contenção de gastos, também provocou reações mistas.

O governo anunciou a ampliação da faixa de isenção do IR para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, enquanto a compensação virá pelo aumento da taxação sobre aqueles que ganham mais de R$ 50 mil por mês e pela limitação de isenções por questões de saúde para rendimentos superiores a R$ 20 mil.

Entre as mudanças detalhadas está a limitação de regras no Benefício de Prestação Continuada (BPC), incluindo a vedação de deduções não previstas em lei e a contabilização de rendas de cônjuges, companheiros e outros familiares na análise de elegibilidade.

Mercado reage com preocupação

A reação do mercado foi de forte preocupação com o equilíbrio fiscal. O aumento na faixa de isenção do IR, compromisso de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trouxe receios de que as medidas compensatórias possam não ser suficientes para evitar impactos negativos na arrecadação.

Para o economista-chefe da EQI Asset Stephan Kautz, as medidas cumprem o objetivo de aproximar o resultado primário da meta fiscal no curto prazo, mas ainda deixam o arcabouço fiscal com pontos de incerteza a médio e longo prazo.

“As medidas anunciadas mantêm o risco fiscal na mesa, como um assunto que vai precisar ser debatido novamente. No médio e no longo prazo, o arcabouço continua capenga, inseguro e incerto. Isso porque não se mexeu nas medidas mais estruturais de médio prazo para que ele fique de pé. Ou ele abandonado em algum momento”, afirma.

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