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FGAA11: conheça o Fiagro com yield de 17% ao ano

FGAA11: conheça o Fiagro com yield de 17% ao ano

O agronegócio estabelece uma relação relevante com a economia brasileira. O setor representa 27,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, segundo dados do Cepea/USP. No primeiro trimestre de 2023, o setor Agropecuário registrou a maior alta do indicador, com avanço de 21,6% – elevação que não era registrada desde 1996. 

Pensando nisso, os Fundos de Investimento do Agronegócio (Fiagro) foram lançados em 2021 na bolsa de valores brasileira, a B3 ($B3SA3). Atualmente, há 39 Fiagros disponíveis para negociação.

Em junho, os Fiagros alcançaram 300 mil investidores na bolsa de valores, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). O patrimônio líquido dos fundos totaliza R$ 13,8 bilhões, alta de 165% em relação a 2022.

Entre eles, o FG/Agro Cadeias Produtivas Agroindustriais ($FGAA11), que nos últimos 12 meses entregou um dividend yield de 16,83%, isento de imposto de renda (IR). O fundo já conta com mais de 33 mil cotistas e mais de R$ 500 milhões de originação própria para a carteira, e se prepara para sua terceira emissão de cotas. Acompanhe.

O que é Fiagro?

O Fiagro é uma junção dos recursos de vários investidores para a aplicação em ativos de investimentos do agronegócio. A modalidade inclui natureza imobiliária rural ou de atividades relacionadas à produção do setor, cabendo ao administrador do fundo realizar a captação de recursos por meio da venda de cotas.

O Fiagro foi criado por meio da Lei 14.130 de 2021, fazendo com que esse investimento fosse colocado à disposição do investidor brasileiro em agosto do mesmo ano.

Grande parte da elaboração do Fiagro baseou-se em regulamentos que disciplinam os próprios Fundos Imobiliários (FIIs), por isso suas semelhanças, como os tickers encerrados em 11. Apesar disso, os investimentos têm suas diferenças. 

Os Fiagros, por exemplo, não têm a obrigação de distribuir 95% dos lucros aos investidores a cada seis meses. Além disso, podem investir em Direitos Creditórios (FIDC), Participações (FIP) e em cotas de fundos imobiliários (FII).

Como funciona?

Investidores que pretendem alocar recursos em Fiagros devem adquirir cotas desses fundos, que estão sujeitas ao preço de mercado e sofrem variações. Os detentores de cotas desses fundos recebem rendimentos a partir de sua participação. 

Já o fundo pode aplicar os recursos captados em diversos instrumentos do mercado financeiro que visam a expansão do agronegócio, além de investimentos físicos voltados ao setor.

Exemplos de direcionamento do recurso de um Fiagro são as letras de crédito do agronegócio (LCA), certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) e cédulas de produto rural (CPR).

Tipos de Fiagro

Atualmente, há três tipos de Fiagro: Fiagro-FIDC, Fiagro-FIP e Fiagro-FII. A principal diferença entre eles é a composição de suas carteiras, com base no foco do investimento.

O Fiagro-FII é o fundo que pode alocar em imóveis rurais, CRAs, LCAs ou CRIs com lastro em imóveis rurais. 

O Fiagro-FIDC investe em ativos financeiros, títulos de crédito ou cotas de outros FIDCs que aplicam na cadeia do agronegócio. 

Já o Fiagro-FIP é focado na aquisição de participações em empresas da cadeia do agronegócio.

Conheça o FGAA11

O FGAA11 se prepara para sua 3° emissão (follow-on) para investidores em geral, com investimento mínimo de R$ 1.005,90, e valor de R$ 9,78 por cota. O período de oferta tem fim em 29 de agosto, às 16h, e a liquidação será em 5 de setembro. 

Até então, o retorno do FGAA11 foi de CDI +3,74% ao ano, por meio da diversificação de suas operações. “Mesmo com a perspectiva de corte de juros para os próximos 12 meses pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), optamos por manter o CDI na carteira, caso a inflação volte a subir, assim como os juros”, diz Paulo Filipe de Souza, head de Sales da EQI Investimentos.

Além dos dividendos, como o Copom iniciou o ciclo de corte de juros da taxa Selic, devemos ver a valorização da cota dos fundos (upside) nos próximos meses”, pontua o especialista.

gráfico com cotação do Fiagro

Como o FGAA11 tem prazo de duração indeterminado, em que não é estabelecida uma data para a sua liquidação, se o investidor decidir sair do investimento, somente poderá fazê-lo por meio da venda de suas cotas no mercado secundário.

Por que investir no agronegócio

A principal estratégia do FGAA11 é a aquisição de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), podendo ser de estruturação própria ou não. “O agronegócio é o setor que mais move a economia brasileira, portanto apostamos nesse ativo diversificado, de uma gestora com expertise no segmento”, afirma Souza.

No primeiro trimestre de 2023, o agronegócio apresentou crescimento de 21,6% na comparação com o quarto trimestre de 2022. Globalmente, o Brasil está entre os cinco maiores produtores do planeta para as 25 maiores commodities, e deve continuar a ocupar a posição de grande provedor de alimentos para o mundo pelo menos pelos próximos 70 anos.

Durante a Money Week, Bernardo Fabiani, CEO da TerraMagna, maior financiador digital da agricultura na América Latina, falou sobre o avanço do setor agro com a chegada dos Fiagros. Ele faz um paralelo entre o setor agro e o de real estate e afirmou que os Fiagros foram tão fundamentais quanto os Fundos Imobiliários (FIIs) para o mercado imobiliário.

“Pense em como era o mercado imobiliário há 10 anos e o que ele é hoje. Ele passou por um grande processo de amadurecimento. Começou com o investidor institucional e depois chegou ao varejo. O agro vai passar por isso e estamos em momento muito apropriado para esses avanços”, diz.