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O que é herança legítima? Entenda os aspectos legais 

O que é herança legítima? Entenda os aspectos legais 

O tema da herança legítima pode ser delicado para muitas famílias. Afinal, organizar a transferência de bens, seja com o familiar ainda em vida ou após sua morte, nem sempre é uma tarefa confortável.

Além dos aspectos emocionais e familiares envolvidos, as questões legais frequentemente geram dúvidas. O uso do “juridiquês” pode confundir aqueles que não estão familiarizados com o tema, o que pode levar a erros na elaboração do testamento ou ao esquecimento de que a distribuição dos bens deve seguir uma ordem específica, respeitando os direitos dos herdeiros legítimos.

Pensando nisso, o portal EuQueroInvestir elaborou um pequeno guia para explicar o conceito de herança legítima, com o objetivo de evitar desentendimentos entre os herdeiros e assegurar a divisão justa dos bens de uma pessoa após seu falecimento.

Herança legítima: entenda o conceito

A herança legítima refere-se à parte da herança que, por lei, é destinada obrigatoriamente aos herdeiros necessários de uma pessoa. Esses herdeiros têm direito assegurado a uma porção da herança, independentemente da vontade do falecido. 

De modo geral, incluem os descendentes (filhos, netos), os ascendentes (pais, avós) e o cônjuge ou companheiro. 

Essa garantia legal tem como objetivo proteger essas pessoas de serem excluídas da sucessão por decisões arbitrárias do falecido.

Como funciona a herança legítima?

De acordo com o Código Civil brasileiro, a herança é dividida em duas partes: a legítima e a disponível.

  • Parte legítima: corresponde a 50% do patrimônio deixado pelo falecido, sendo obrigatoriamente destinada aos herdeiros necessários.
  • Parte disponível: refere-se aos outros 50%, que podem ser livremente destinados a quem o falecido desejar, seja por meio de um testamento ou outras manifestações de última vontade.

Por exemplo, se uma pessoa deixa um patrimônio de R$ 1 milhão, R$ 500 mil constituem a parte legítima, que será dividida entre os herdeiros necessários. Os outros R$ 500 mil podem ser dispostos conforme o desejo do falecido, podendo beneficiar amigos, instituições de caridade ou outras pessoas de sua escolha.

Essa divisão busca equilibrar o respeito aos direitos familiares e a liberdade do proprietário dos bens em definir como deseja destiná-los.

Herdeiros necessários

Os herdeiros necessários são os pilares do processo de sucessão patrimonial. A ordem de prioridade entre eles segue este esquema:

  1. Descendentes: filhos e netos têm prioridade absoluta.
  2. Ascendentes: pais e avós herdam na ausência de descendentes.
  3. Cônjuge ou companheiro sobrevivente: na falta de descendentes e ascendentes, o cônjuge torna-se o único herdeiro necessário.

Vale ressaltar que a parte legítima dos herdeiros é considerada intocável, exceto em casos excepcionais, como deserdação. 

A deserdação pode ocorrer quando um herdeiro comete atos considerados graves, como ofensas físicas, abandono ou outras situações previstas em lei. 

Nesse caso, a exclusão precisa ser formalizada em testamento e comprovada com provas sólidas.

Herança legítima e testamento: como se relacionam?

O testamento é uma ferramenta fundamental para organizar a sucessão de bens e garantir que os desejos do falecido sejam respeitados. Contudo, ele possui limitações legais:

  • Parte disponível: o testamento pode dispor livremente apenas sobre essa porção do patrimônio (50%).
  • Parte legítima: não pode ser alterada ou retirada dos herdeiros necessários, mesmo por meio de testamento.

Se o falecido redigir um testamento que tente excluir os herdeiros necessários ou diminuir sua parte legítima, o documento poderá ser contestado judicialmente. 

Por outro lado, o testamento serve para organizar a destinação da parte disponível, garantindo que ela seja direcionada conforme a vontade do falecido.

Assim, é recomendável contar com o apoio de um advogado especializado ou especialista em sucessão patrimonial. Esse profissional assegura que o testamento seja elaborado de forma correta, evitando brechas legais que possam gerar litígios.

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Exceções e casos específicos

Embora a regra geral assegure a legítima aos herdeiros necessários, há situações específicas que alteram esse direito.

Entre essas situações estão atos como ofensas físicas, injúrias graves ou abandono do ascendente ou descendente em estado de necessidade. 

A deserdação deve estar expressamente mencionada em um testamento e ser comprovada por meio de provas contundentes.

Outro ponto importante é a união estável. O parceiro sobrevivente de uma união estável possui direitos sucessórios semelhantes aos de um cônjuge, mas as condições podem variar dependendo do regime de bens adotado. 

Essas duas situações reforçam a importância de um planejamento sucessório adequado para evitar dúvidas e disputas.

A importância do planejamento sucessório

Planejar a sucessão patrimonial enquanto se está em vida é uma estratégia eficaz para evitar conflitos familiares e garantir que os desejos do falecido sejam cumpridos dentro dos limites da lei.

O planejamento sucessório pode envolver a criação de testamentos, doações em vida e a definição de cláusulas específicas para a administração dos bens. Essa estratégia evota grandes “dores de cabeça” para o futuro ao evitar futuras desavenças entre os herdeiros.

Contar com profissionais especializados em direito de família e sucessões é indispensável. Eles ajudam a esclarecer dúvidas, elaborar documentos legais e garantir que todas as disposições estejam em conformidade com a legislação vigente, evitando problemas futuros.

Considerações finais

Compreender o conceito de herança legítima é essencial para qualquer pessoa que deseje planejar a distribuição de seus bens de maneira justa e conforme a legislação. 

Saber como funciona a partilha entre os herdeiros necessários e a parte disponível reduz o risco de mal-entendidos e conflitos familiares.

O planejamento sucessório não apenas preserva o patrimônio, mas também promove harmonia entre os herdeiros, respeitando os direitos de cada um. 

A herança legítima é uma garantia que reflete a importância de proteger os familiares mais próximos e assegurar que, mesmo na ausência de um testamento, eles tenham acesso a uma parte justa da sucessão.

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