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Petz e Cobasi: BTG fareja potencial em fusão, mas ainda espera por maior visibilidade operacional

Petz e Cobasi: BTG fareja potencial em fusão, mas ainda espera por maior visibilidade operacional

Segundo o banco, investidores continuam focados no potencial de sinergias que a fusão pode gerar, especialmente em um setor marcado pela fragmentação

O BTG Pactual (BPAC11) avaliou que a combinação de negócios entre Petz e Cobasi segue estrategicamente bem posicionada para fortalecer a atuação das companhias no varejo pet. No entanto, ainda depende de maior visibilidade operacional para destravar valor no mercado acionário. Segundo o banco, investidores continuam focados no potencial de sinergias que a fusão pode gerar, especialmente em um setor marcado pela fragmentação e pela intensificação da concorrência.

O relatório destaca que a Petz (PETZ3) vem mostrando evolução recente em seus fundamentos, com crescimento consistente de receita, expansão de margens e melhora no ambiente competitivo após um período de estabilização de preços. A união com a Cobasi, afirma o BTG, tende a ampliar a escala do novo grupo, fortalecer o poder de barganha na cadeia logística e contribuir para práticas comerciais mais disciplinadas no setor.

“Do ponto de vista de mercado, a atenção dos investidores permanece concentrada na lógica estratégica da fusão e em seu potencial de geração de sinergias. Mesmo diante da crescente competição e de um setor pet ainda fragmentado, a Petz vem apresentando melhora nos fundamentos”, diz trecho do relatório.

Petz e Cobasi: cenário é considerado desafiador

Ainda assim, o banco pondera que parte desse otimismo é contida pelo cenário macroeconômico mais desafiador e pela avaliação atual das ações. A Petz negocia a aproximadamente 22 vezes o lucro estimado para 2026 — métrica que, segundo o BTG, limita espaço para revisões positivas antes de evidências concretas de execução da fusão e captura efetiva das sinergias prometidas.

Diante desse quadro, o BTG Pactual decidiu manter a recomendação Neutra para os papéis, à espera de maior clareza sobre os próximos passos da integração e sobre a capacidade do novo grupo de transformar potencial estratégico em resultados financeiros consistentes.

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Além do BTG, o Citi também reiterou sua recomendação neutra para as ações da Petz, com preço-alvo de R$ 4, após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovar, com restrições consideradas brandas, o processo de fusão entre a varejista e a Cobasi.

Segundo o banco, o desfecho foi mais favorável do que o esperado e deve impactar de forma significativamente menor as operações da companhia. A decisão prevê a venda de um conjunto limitado de lojas, medida considerada pouco relevante dentro da integração prevista entre as duas redes de varejo pet.

Ágora também mantém recomendação neutra para Petz

A Ágora Investimentos avaliou como positivo o anúncio da aprovação, pelo Cade, da combinação de negócios entre Petz e Cobasi, afirmando que a decisão encerra um processo regulatório que se arrastava desde abril de 2024 e reduzia a visibilidade da tese de investimento.

Embora medidas corretivas fossem amplamente esperadas, a Ágora aponta que ainda havia incerteza sobre sua dimensão. Nesse contexto, o desinvestimento obrigatório de 26 lojas é considerado pouco relevante para comprometer a liderança e as vantagens competitivas das duas companhias em São Paulo e no mercado nacional.

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Apesar da sinalização positiva, a Ágora destaca que o valuation atual da Petz já embute expectativas elevadas. Pelos cálculos da equipe de análise, o preço das ações implica que a empresa resultante da fusão negocie a cerca de 14 vezes o lucro projetado para 2026, um prêmio de 32% em relação a empresas comparáveis do varejo.

“Dito isso, estimamos que o preço atual das ações da Petz implique uma avaliação da nova empresa de, aproximadamente, 14x o múltiplo P/L para 2026, um prêmio de 32% em relação aos seus pares do varejo, enquanto os riscos macroeconômicos e de execução parecem ser inerentes ao futuro. Por conta disso, por ora, mantemos nossa recomendação apenas Neutra”, diz parte do relatório.

Entenda a fusão

Na noite desta quarta-feira (10), as empresas anunciaram que o tribunal do Cade, aprovou o negócio envolvendo as duas companhias do segmento pet.

O órgão aprovou a operação com remédios, exigindo que as duas companhias assinem um Acordo em Controle de Concentrações (ACC) que determina o desinvestimento de 26 lojas (cerca de 3,3% da receita combinada dos últimos 12 meses), todas localizadas no estado de São Paulo — o comprador poderá ser escolhido pelas próprias empresas.

De acordo com o BTG, a fusão reunirá duas das maiores redes de varejo pet do Brasil, formando um líder nacional com presença operacional significativamente ampliada.

“O remédio imposto pelo Cade reflete preocupações sobre pressões competitivas locais em áreas onde há sobreposição relevante de lojas. Com o julgamento concluído, o fechamento da transação depende da verificação das condições precedentes pelos conselhos de ambas as empresas e pode ocorrer ainda antes dos desinvestimentos exigidos (com o closing esperado para janeiro)”, diz ao relatório.

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