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Especialistas avaliam impactos do “tarifaço de Trump”: quais ações se destacam?

Especialistas avaliam impactos do “tarifaço de Trump”: quais ações se destacam?

Em live realizada na noite de quarta-feira (12), a EQI Research reuniu Carolina Borges, head de research, Felipe Reis, estrategista de ações, e João Pedro Zanott, analista de ações, para discutir os desdobramentos do “Tarifaço de Trump” e seus impactos sobre as ações brasileiras.

Tarifaço de Trump: tarifas como estratégia de negociação

Durante o debate, Felipe Reis destacou que, historicamente, o presidente dos EUA adota uma abordagem agressiva nas tarifas, mas tende a recuar estrategicamente após negociações bilaterais. “Trump assume e o mercado imagina que ele será mais brando. No entanto, em poucas semanas, ele começa a mostrar sua verdadeira intenção”, afirma Reis.

O estrategista relembrou que, em 2017, a imposição de tarifas ao setor de aço foi revertida em poucos meses, pois a própria indústria americana depende da importação do produto. “A estratégia dele é colocar o ‘revólver na mesa, mas não apertar o gatilho’. Ou seja, criar uma situação de desconforto para, depois, negociar vantagens”, complementa.

Sequência de tarifas e impactos globais

Trump vem utilizando tarifas e ameaças territoriais como moeda de troca em diversas ocasiões desde que assumiu em 20 de janeiro:

  • Colômbia: impôs tarifa de 25% sobre produtos, mas retirou a medida após negociar o retorno dos imigrantes ilegais ao país.
  • México e Canadá: tarifas de 25% foram anunciadas e, depois, suspensas por 30 dias, mediante acordos sobre fronteira e tráfico de drogas (fentanil).
  • Aço e alumínio: Donald Trump, assinou na noite de segunda-feira (10) a imposição de uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A medida afeta diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores desses produtos para o mercado americano.
  • Groenlândia: Trump expressou interesse em comprar a ilha da Dinamarca, que é rica em minerais e estratégica para a defesa do país, em sua avaliação.
  • Faixa de Gaza: sugeriu transformar a região em uma “Riviera Americana”, incentivando a saída da população palestina.

Tarifaço e impactos no Brasil

Os especialistas da EQI Research avaliam que o Brasil tende a ser menos afetado diretamente pela política tarifária de Trump em relação a outros mercados emergentes. Segundo Felipe Reis, “a baixa exposição do Brasil ao comércio com os EUA protege o país de impactos mais severos”.

Mesmo no setor de aço e alumínio, os impactos diretos devem ser limitados. No entanto, haverá repercussões indiretas, como o redirecionamento de produtos siderúrgicos para outros mercados, aumentando a competição e pressionando margens de lucro de empresas brasileiras. “A Gerdau (GGBR4), por outro lado, pode se beneficiar, pois possui operações nos EUA e enfrentará menos concorrência”, analisa Reis.

Inflação nos EUA e impacto nos juros

Outro ponto de atenção que vem dos Estados Unidos é o aumento de 0,5% no Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de janeiro, acima das expectativas do mercado. A alta anual foi de 3%, reduzindo as chances de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em março.

Felipe Reis explica que, com a inflação mais alta e o desemprego em queda nos EUA, o Fed pode adiar ainda mais o corte de juros, o que impacta o mercado global. Como juros mais altos por mais tempo nos EUA sinalizam juros mais altos também no Brasil, o diferencial de juros entre os dois países pode atrair investimentos estrangeiros para a Bolsa, favorecendo as ações listadas no país.

Atualmente, a taxa de juros do Brasil é de 13,25%, com indicação de subir para 14,25% em março – podendo alcançar até 16,25% até o final do ano, na visão mais pessimista. Enquanto nos EUA, o patamar de juros se encontra estacionado entre 4,25% e 4,50%.

“Então, temos duas questões que podem ajudar a bolsa brasileira: um impacto relativo menor das tarifas de Trump frente a outros mercados emergentes e um diferencial de juros que vale o risco para o investidor estrangeiro”, aponta Reis.

Recomendações de investimentos

Como recomendação de investimento neste cenário, a EQI Research divulgou sua carteira recomendada de dividendos para fevereiro, composta por nove ativos. Em janeiro, a carteira apresentou uma alta de 7,87%, superando o índice IDIV, que subiu 5,82%.

Os setores mais promissores no momento, segundo o relatório da casa de análises, são bancos (35%), eletricidade (35%) e petróleo (20%). Houve redução na exposição em Banco do Brasil (BBSE3) e BB Seguridade (BBSE3), com realocação para Eletrobras (ELET6), que se destaca como grande pagadora de dividendos.

Veja todas as ações que compõem a carteira:

tabela carteira de dividendos
Fonte: EQI Research

Confira também o calendário estimado de pagamentos de proventos (fevereiro a dezembro), com valores por ação:

Fonte: EQI Research

Você viu que, com um cenário de menor impacto das tarifas de Trump e um diferencial de juros favorável, a EQI Research acredita que as ações do Brasil podem atrair mais investimentos em 2024. Para investir com a EQI e contar com assessoria exclusiva, abra agora mesmo sua conta!

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