Descubra as 10 Maiores Pagadoras de Dividendos da Bolsa
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Educação Financeira
Notícias
Especialistas avaliam impactos do “tarifaço de Trump”: quais ações se destacam?

Especialistas avaliam impactos do “tarifaço de Trump”: quais ações se destacam?

Em live realizada na noite de quarta-feira (12), a EQI Research reuniu Carolina Borges, head de research, Felipe Reis, estrategista de ações, e João Pedro Zanott, analista de ações, para discutir os desdobramentos do “Tarifaço de Trump” e seus impactos sobre as ações brasileiras.

Tarifaço de Trump: tarifas como estratégia de negociação

Durante o debate, Felipe Reis destacou que, historicamente, o presidente dos EUA adota uma abordagem agressiva nas tarifas, mas tende a recuar estrategicamente após negociações bilaterais. “Trump assume e o mercado imagina que ele será mais brando. No entanto, em poucas semanas, ele começa a mostrar sua verdadeira intenção”, afirma Reis.

O estrategista relembrou que, em 2017, a imposição de tarifas ao setor de aço foi revertida em poucos meses, pois a própria indústria americana depende da importação do produto. “A estratégia dele é colocar o ‘revólver na mesa, mas não apertar o gatilho’. Ou seja, criar uma situação de desconforto para, depois, negociar vantagens”, complementa.

Publicidade
Publicidade

Sequência de tarifas e impactos globais

Trump vem utilizando tarifas e ameaças territoriais como moeda de troca em diversas ocasiões desde que assumiu em 20 de janeiro:

  • Colômbia: impôs tarifa de 25% sobre produtos, mas retirou a medida após negociar o retorno dos imigrantes ilegais ao país.
  • México e Canadá: tarifas de 25% foram anunciadas e, depois, suspensas por 30 dias, mediante acordos sobre fronteira e tráfico de drogas (fentanil).
  • Aço e alumínio: Donald Trump, assinou na noite de segunda-feira (10) a imposição de uma tarifa de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A medida afeta diretamente o Brasil, um dos principais fornecedores desses produtos para o mercado americano.
  • Groenlândia: Trump expressou interesse em comprar a ilha da Dinamarca, que é rica em minerais e estratégica para a defesa do país, em sua avaliação.
  • Faixa de Gaza: sugeriu transformar a região em uma “Riviera Americana”, incentivando a saída da população palestina.

Tarifaço e impactos no Brasil

Os especialistas da EQI Research avaliam que o Brasil tende a ser menos afetado diretamente pela política tarifária de Trump em relação a outros mercados emergentes. Segundo Felipe Reis, “a baixa exposição do Brasil ao comércio com os EUA protege o país de impactos mais severos”.

Mesmo no setor de aço e alumínio, os impactos diretos devem ser limitados. No entanto, haverá repercussões indiretas, como o redirecionamento de produtos siderúrgicos para outros mercados, aumentando a competição e pressionando margens de lucro de empresas brasileiras. “A Gerdau (GGBR4), por outro lado, pode se beneficiar, pois possui operações nos EUA e enfrentará menos concorrência”, analisa Reis.

Inflação nos EUA e impacto nos juros

Outro ponto de atenção que vem dos Estados Unidos é o aumento de 0,5% no Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de janeiro, acima das expectativas do mercado. A alta anual foi de 3%, reduzindo as chances de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em março.

Felipe Reis explica que, com a inflação mais alta e o desemprego em queda nos EUA, o Fed pode adiar ainda mais o corte de juros, o que impacta o mercado global. Como juros mais altos por mais tempo nos EUA sinalizam juros mais altos também no Brasil, o diferencial de juros entre os dois países pode atrair investimentos estrangeiros para a Bolsa, favorecendo as ações listadas no país.

Atualmente, a taxa de juros do Brasil é de 13,25%, com indicação de subir para 14,25% em março – podendo alcançar até 16,25% até o final do ano, na visão mais pessimista. Enquanto nos EUA, o patamar de juros se encontra estacionado entre 4,25% e 4,50%.

“Então, temos duas questões que podem ajudar a bolsa brasileira: um impacto relativo menor das tarifas de Trump frente a outros mercados emergentes e um diferencial de juros que vale o risco para o investidor estrangeiro”, aponta Reis.

Recomendações de investimentos

Como recomendação de investimento neste cenário, a EQI Research divulgou sua carteira recomendada de dividendos para fevereiro, composta por nove ativos. Em janeiro, a carteira apresentou uma alta de 7,87%, superando o índice IDIV, que subiu 5,82%.

Os setores mais promissores no momento, segundo o relatório da casa de análises, são bancos (35%), eletricidade (35%) e petróleo (20%). Houve redução na exposição em Banco do Brasil (BBSE3) e BB Seguridade (BBSE3), com realocação para Eletrobras (ELET6), que se destaca como grande pagadora de dividendos.

Veja todas as ações que compõem a carteira:

tabela carteira de dividendos
Fonte: EQI Research

Confira também o calendário estimado de pagamentos de proventos (fevereiro a dezembro), com valores por ação:

Fonte: EQI Research

Você viu que, com um cenário de menor impacto das tarifas de Trump e um diferencial de juros favorável, a EQI Research acredita que as ações do Brasil podem atrair mais investimentos em 2024. Para investir com a EQI e contar com assessoria exclusiva, abra agora mesmo sua conta!

Aproveite e faça seu cadastro no aplicativo EQI+ e tenha acesso, totalmente gratuito, a todo o conteúdo elaborado pelos analistas da EQI Research!

Você leu sobre o tarifaço de Trump. Para investir melhor, consulte os e-books, ferramentas e simuladores gratuitos do EuQueroInvestir! Aproveite e siga nosso canal no Whatsapp!