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Como investir com Selic novamente mantida em 10,50%?

Como investir com Selic novamente mantida em 10,50%?

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a Selic, taxa básica de juros, em 10,50%, como esperado. O mercado, de olho nos juros futuros, já fala até mesmo em nova alta da Selic. Mas para o investidor, fica a dúvida: como investir em um cenário de incerteza, com a desancoragem das expectativas de inflação, o dólar nas alturas e a deterioração fiscal?

Segundo Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos, neste cenário, a Renda Fixa segue como base da carteira de ativos, lugar que já ocupa há mais de um ano.

Mas quais títulos de Renda Fixa são os mais indicados? Os pós-fixados, prefixados ou IPCA+?

“O ideal é ter um pouco de cada na carteira. Os pós-fixados vão nos proteger de uma possível alta de juros. Mas a Selic vai subir ainda? Existe a possibilidade, mas não é o evento de maior probabilidade. A maior probabilidade é a Selic voltar a cair, com Boletim Focus indicando taxa a 9,50% no final do ano que vem. Mas, no curto prazo, existe sim especulação por aumento da Selic. Então, é importante ter pós-fixados em carteira para se precaver”, recomenda.

Foto Denys Wiese
Denys Wiese, estrategista da EQI Investimentos

“Os prefixados estão com retorno bastante alto, justamente pelo estresse da curva de juros futuros. Estão pagando até 15% e 16%. Eles trazem rentabilidade especialmente em um ambiente de queda de juros. Faz sentido ter em carteira, porque temos essa projeção de Selic voltar a cair ano que vem”, afirma.

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Já os IPCA+ são a bola da vez na Renda Fixa, ele diz. “Com a desancoragem das expectativas de inflação, o dólar aumentando e governo gastando mais do que arrecada, temos um provável cenário de inflação descontrolada mais adiante. É o que deve acontecer nos próximos anos”, alerta.

gráfico Selic

Como investir: Selic e a Renda Variável

Quanto à Renda Variável, Wiese afirma que ela está sem gatilho de alta no momento. A única movimentação que pode fazer os ativos se valorizarem é a queda de juros nos Estados Unidos, projetada para setembro.

“Tanto as Ações quanto os Fundos Imobiliários têm precificação muito por conta do juro futuro. E ele não está cedendo. Então, a Renda Variável está barata e tem boas oportunidades, mas talvez ainda demore a se valorizar”, explica.

Internacionalização também é bola da vez

Além dos títulos IPCA+, a internacionalização dos investimentos também é apontada como oportunidade do momento por Wiese.

“Investir em ativos internacionais dolarizados é imperativo. O Brasil vem ficando para trás em comparação com os pares. É um país inchado, com muita burocracia, o que afasta investimento e faz a moeda se desvalorizar. Devemos aproveitar que os juros americanos ainda estão altos”, aponta.