O euro hoje (18) opera em queda de 0,37%, cotado a R$ 6,2422 por volta das 11h, reagindo à decisão do Federal Reserve americano de reduzir os juros.
O Fed concluiu ontem sua reunião de política monetária de dois dias, confirmando o corte de 25 pontos-base na taxa de juros, o primeiro movimento dovish (suave) da autoridade monetária americana este ano. A decisão foi motivada pelos sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho dos EUA e pelo controle da inflação americana.
Apesar do corte confirmado, o Fed sinalizou uma abordagem comedida para futuras reduções até o final deste ano, diminuindo as expectativas de uma flexibilização mais agressiva da política monetária. O banco central da Noruega seguiu o exemplo americano com um corte de 25 pontos-base, enquanto o Banco da Inglaterra (BoE) manteve suas taxas estáveis em 4% ao ano, conforme esperado.
A inflação britânica se manteve em 3,8% em agosto, a mais alta entre as principais economias desenvolvidas, justificando a postura cautelosa do BoE. O aumento nos preços dos alimentos foi o mais acentuado desde janeiro do ano passado, com alta de 5,1% sobre agosto do ano anterior. A inflação para serviços desacelerou para 4,7%, de 5,0% em julho, enquanto o núcleo da inflação caiu de 3,8% para 3,6%.
A inflação britânica contrasta com os 2,9% dos EUA em agosto e os 2,1% da zona do euro. O BoE prevê que a inflação britânica atingirá 4% em setembro e permanecerá acima de sua meta de 2% até a primavera de 2027.
As ações europeias apresentam altas generalizadas, lideradas pelos papéis do setor de tecnologia, após a confirmação do corte de juros nos EUA. O índice das ações de tecnologia sobe mais de 2%, mostrando sinais de recuperação depois de cair cerca de 7% entre julho e agosto.
O otimismo se estendeu para além da Europa, com ações relacionadas à tecnologia em partes da Ásia também avançando após a decisão do Fed. O movimento reflete a expectativa de que a redução dos juros nos EUA possa beneficiar ativos de maior risco e empresas de crescimento.
As ações europeias, que vinham sendo negociadas em uma faixa estreita neste mês devido à turbulência política na França e à incerteza sobre o impacto das tarifas comerciais dos EUA nos lucros corporativos, agora mostram maior dinamismo.
Performance dos principais índices europeus:
- STOXX 600: +0,59%
- DAX (Alemanha): +0,98%
- FTSE 100 (Reino Unido): +0,13%
- CAC 40 (França): +0,88%
- FTSE MIB (Itália): +0,40%
O que é o Euro?
O euro hoje é a moeda oficial da zona do euro. É adotada por 19 dos 27 países membros da União Europeia (UE) e foi formalmente introduzido no bloco como uma moeda única em 1999, ainda somente para transações, substituindo as moedas nacionais desses países algum tempo depois.
A moeda é gerenciada pelo Banco Central Europeu (BCE), que é responsável por definir a política monetária e a taxa de juros do bloco, além de emitir a moeda.
As notas e moedas do euro têm um design comum em todos os países da zona do euro, mas cada país pode ter uma face nacional.
Apesar do euro ter obtido uma grande aceitação na Europa, a ponto de provocar o desparecimento de outras moedas tradicionais (como o franco francês, o marco alemão, a lira italiana e o peso espanhol, dentre outras), nem todos os países da União Europeia adotaram o euro como sua moeda oficial. O caso mais emblemático foi do Reino Unido, que decidiu permanecer com sua libra esterlina, e não aderiu ao euro em 1999. Com o Brexit, no entanto, tornou-se um complicador a menos para a já difícil saída dos britânicos do bloco regional.
Como surgiu o euro?
A história do euro remonta ao processo de integração econômica e monetária na Europa após a destruição econômica provocada pela Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A ideia de uma moeda única europeia surgiu como uma forma de promover a estabilidade econômica, fortalecer a cooperação entre os países europeus e facilitar o comércio e a integração econômica na região.
Os primeiros passos para a criação do euro foram dados em 1957, com a assinatura do Tratado de Roma, que estabeleceu a Comunidade Econômica Europeia (CEE), uma organização embrionária da moderna União Europeia (UE). No entanto, a ideia de uma moeda única só ganhou força posteriormente, nas décadas de 1980 e 1990.
O Tratado de Maastricht, assinado em 1992, foi um marco importante no processo de criação do euro. Ele estabeleceu as bases para a União Econômica e Monetária (UEM), que tinha como objetivo criar uma moeda única para a Europa. Esse documento estabeleceu critérios rigorosos de convergência econômica para os países que desejassem adotar o euro como sua moeda, incluindo requisitos relacionados à inflação, déficit orçamentário, dívida pública e taxas de juros.
Finalmente, após anos de preparação, em 1º de janeiro de 1999, o euro foi introduzido como uma moeda virtual utilizada para transações eletrônicas e contabilidade nos países participantes da UEM. As notas e moedas físicas do euro foram introduzidas em 1º de janeiro de 2002, substituindo completamente as moedas nacionais dos países da zona do euro.
Euro hoje: O Brexit
Apesar do sucesso econômico do euro hoje, houve um capítulo de desestabilização recente. Foi a saída do Reino Unido da zona do euro, o chamado Brexit. O termo foi criado pela junção de “British” (britânico) e “exit” (saída), e foi amplamente utilizada para se referir ao referendo realizado em 23 de junho de 2016, no qual os eleitores britânicos decidiram pela saída do Reino Unido da UE.
O processo do Brexit foi iniciado em março de 2017, quando o governo britânico ativou o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, que é o mecanismo legal para um país membro da UE notificar sua intenção de deixar a União. Após uma série de negociações complexas entre o Reino Unido e a UE, um acordo de saída foi alcançado em novembro de 2018, estabelecendo os termos e condições da retirada do Reino Unido.
O Reino Unido formalmente deixou a UE em 31 de janeiro de 2020, marcando o início de um período de transição que durou até 31 de dezembro de 2020. Durante esse período, o Reino Unido continuou a seguir as regras da UE, mas não participou das decisões políticas e institucionais da União. A partir de 1º de janeiro de 2021, o Reino Unido deixou de ser um membro pleno da UE e começou a operar fora do mercado único e da união aduaneira da UE.
O Brexit teve um impacto significativo na política, na economia e na sociedade do Reino Unido e da União Europeia. Ele desencadeou debates sobre questões como o comércio, a migração, a cooperação em segurança, os direitos dos cidadãos e a fronteira entre a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido) e a República da Irlanda (um membro da UE). A saída efetivou-se em 2020.
Como comprar o euro hoje?
Há várias maneiras de comprar euro. Veja abaixo algumas opções:
- Casas de câmbio: é possível comprar a moeda em uma casa de câmbio, estabelecimento especializado na compra e venda de moedas estrangeiras. Geralmente, as casas de câmbio oferecem cotações atualizadas das taxas de câmbio e permitem que a pessoa compre em dinheiro ou, em alguns casos, também por transferência bancária. É possível encontrar casas de câmbio em aeroportos, centros comerciais, áreas turísticas ou online;
- Bancos: outra opção é comprar em um banco. A maioria dos bancos permite que seus clientes comprem moedas estrangeiras, incluindo o euro, como parte de seus serviços de câmbio;
- Compra de euro online: também é possível adquirir online. Existem várias plataformas de câmbio virtuais que permitem a compra da moeda pela internet. Essas plataformas geralmente oferecem taxas de câmbio consideradas competitivas e permitem que possa comprar usando o pagamento por meio do cartão de crédito;
- Cartão pré-pago internacional: outra opção é obter um cartão pré-pago em euro, com créditos em euro que podem ser usado para fazer compras e saques em caixas eletrônicos na zona do euro;
Antes de comprar euro hojeEuro, é importante verificar as taxas de câmbio, as taxas e as comissões aplicáveis, e comparar as opções disponíveis para encontrar a mais conveniente e econômica para suas necessidades. Além disso, é sempre bom estar ciente das regulamentações e limites de câmbio vigentes em seu país de residência.
Euro x dólar
O euro hoje tenta se manter tão valorizado quanto o dólar, a moeda adotada internacionalmente como parâmetros para as transações internacionais e a formação de contas como a balança comercial de cada país.
O euro é amplamente utilizado na zona do euro, facilitando em muito o comércio entre os países do bloco, principalmente depois do pós-guerra, quando grande parte da Europa se viu em um processo de reconstrução, notadamente na Alemanha, então dividida entre Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental. Além disso, o euro hoje também é aceito em alguns outros países e territórios como forma de pagamento.
Por outro lado, o dólar é amplamente aceito em todo o mundo e permanece como divisa de preferência nas transações internacionais. É aceito ainda como moeda de reserva em muitos países ao redor do mundo.
Euro x real
A moeda brasileira, o real, hoje tem uma paridade de R$ 5 para cada 1 euro, aproximadamente. Isso porque a moeda nacional, sendo de um país considerado emergente, que é o Brasil, possui muita volatilidade.