O quarto trimestre de 2025 (4TRI25) se inicia com um ambiente desafiador para investidores: a economia global ainda lida com os efeitos da política monetária restritiva, enquanto no Brasil os juros seguem em patamar elevado e a atividade mostra sinais de perda de fôlego. É nesse contexto que a EQI Research lançou seu relatório “Onde Investir no quarto trimestre”, traçando recomendações de alocação para diferentes perfis de risco.
“Chegou o momento de incrementar risco dentro da escolha micro dos ativos, sem que seja preciso alterar a composição macro das nossas alocações”, resume a casa de análises sobre as recomendações apontadas no relatório.
Onde investir no quarto trimestre: Alocação sugerida por perfil
Confira, abaixo, a recomendação macro da EQI Research:

Renda fixa: o porto seguro em meio à incerteza
A renda fixa segue como protagonista nas carteiras, reflexo da taxa Selic em patamar elevado e da desaceleração da atividade econômica. Para o perfil de investidor conservador, a EQI Research sugere 57% de exposição em pós-fixados, especialmente em títulos atrelados ao CDI, que capturam os juros correntes e oferecem previsibilidade. Os prefixados ficam com 9% do portfólio e os IPCA+, com 19%.
Já nos perfis moderado e arrojado, cresce a importância dos papéis indexados à inflação (IPCA+), em um cenário de expectativa de desinflação gradual e necessidade de proteção real. O peso recomendado é de 17% para moderados e 16% para arrojados.
Além disso, a casa defende espaço para prefixados: 10% no arrojado, 11% no moderado e 9% no conservador, aproveitando janelas de oportunidade para travar taxas elevadas em prazos mais longos.
“Os pós-fixados seguem sendo a espinha dorsal da renda fixa, mas há espaço tático para diversificação entre prefixados e inflação, garantindo ganho real e proteção em diferentes cenários”, destaca o relatório.
Fundos Imobiliários (FIIs): retomada gradual da atratividade
Com a expectativa de queda de juros, os FIIs voltam a ganhar espaço nas carteiras, especialmente pela atratividade relativa frente à renda fixa. Para investidores arrojados, a recomendação é alocar 20% do portfólio em FIIs; já os moderados devem destinar 15%, enquanto investidores conservadores não têm exposição sugerida – apenas renda fixa aqui e no exterior.
Segundo a EQI Research, os fundos de recebíveis (CRIs) continuam se destacando, beneficiados pelas taxas ainda elevadas, mas há espaço também para FIIs de tijolo ligados à logística e a escritórios de alto padrão, que apresentam preços descontados na bolsa.
Ações: seletividade é palavra de ordem
O espaço para renda variável permanece restrito, mas estratégico. A EQI Research recomenda 20% em ações para perfis arrojados e 10% para moderados. Já para conservadores, a sugestão é manter-se fora desse mercado.
A visão da casa é de que o crescimento econômico mais fraco exige maior seletividade. Empresas ligadas a consumo básico e exportadoras tendem a se beneficiar do câmbio volátil e da resiliência da demanda externa. Setores de utilities e bancos também aparecem entre os favoritos, por combinarem resiliência e dividendos robustos.
No cenário base, a casa de análises vê o Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores, atingindo 173 mil pontos. No cenário otimista, o Ibov pode bater os 223 mil pontos. E, no pessimista, retroceder aos 142 mil (no fechamento desta segunda-feira, 6 de outubro, o índice ficou em 143.608 pontos).
Afinal, onde investir no quarto trimestre?
O relatório da EQI para o quarto trimestre reforça a visão de cautela diante de um ambiente macroeconômico ainda adverso, mas com oportunidades em janelas específicas. O equilíbrio entre pós-fixados, papéis atrelados à inflação e um toque de renda variável compõe a estratégia sugerida pela casa. Para os investidores, a mensagem é: a renda fixa segue dominante, mas a diversificação calibrada por perfil é fundamental para atravessar os próximos meses com segurança e potencial de retorno.
Clique no botão abaixo para ter acesso ao relatório completo da EQI Research:
Leia também: