A Selic caiu de 13,75% para 13,25% na última semana e o Comitê de Política Monetária (Copom) já indica novos cortes para as próximas reuniões.
O mercado aposta em Selic a 11,75% até dezembro e 9% em 2024, como apontou o último Boletim Focus. A EQI Asset já tem expectativa de queda mais significativa: 11,50% até o final de 2023, e 8,75% em meados de 2024.
Neste cenário, a renda variável volta ao radar do investidor.
“A gente ficou sem ouvir falar de renda variável por um bom tempo, porque os juros estavam subindo. Tivemos um Banco Central comportando-se de maneira mais agressiva, que fez um tremendo trabalho para trazer a inflação para baixo. O Brasil começou a reduzir os juros, enquanto os Estados Unidos e a Europa ainda estão subindo”, aponta Roberto Chagas, gestor da EQI Asset.
“Os juros altos foram o remédio amargo para combater a inflação e eles não são ideais para renda variável. Mas o inverso também é verdadeiro. Então, depois de dois anos, temos um marco, que é esse novo ciclo de queda da Selic. Ele está só começando e as expectativas são de juros na casa dos 8%-9%, então será uma queda expressiva até o ano que vem”, aponta.
Mas renda variável significa também mais risco para o investidor. Para navegar em um oceano de mais volatilidade, a recomendação dos especialistas é sempre contar com a expertise de quem domina o mercado há tempos.
Por isso, uma das recomendações com a queda da Selic é a Carteira Administrada.
Carteira Administrada: o que é?
No mercado, são bastante conhecidas as Carteiras Recomendadas, pelas quais o investidor recebe os apontamentos das casas de análise sobre os melhores ativos para investir. Mas o ato de investir, de fato, comprar e vender ativos, depende da iniciativa do próprio investidor.
Já nas Carteiras Administradas, além do investidor poupar tempo, já recebendo as informações de quais são os melhores ativos, toda a gestão também fica a cargo de um time profissional que é responsável pela seleção, alocação e rebalanceamentos necessários.
“Provavelmente, o portfólio dos investidores está muito conservador neste momento. Para procurar manter uma boa rentabilidade, a parte de risco das carteiras vai ter que aumentar de agora em diante. Sendo assim, a renda variável será o caminho natural para aumentar esse risco”, aponta Chagas.
A diferença de investir por conta própria ou via Carteiras Administrada, ele explica, está justamente na segurança.
“O investidor poderia comprar ele mesmo as ações? Poderia, mas no passado vimos que isso deu errado para muitas pessoas. Depois da pandemia, muita gente não quis terceirizar a gestão da carteira e comprou ações por conta própria. Quando o mercado inverteu, elas tiveram muita dor de cabeça para tentar salvar a carteira”, relembra.
Ele exemplifica: “Se você precisar extrair um dente, é você mesmo que vai fazer o procedimento? Não, não é. ‘Ah, mas o influenciador da rede social falou para comprar tal papel’… Sim, mas isso deu muito errado! A Carteira Administrada proporciona profissionalização ao investimento. Eu tenho 28 anos de experiência em renda variável. Investir em Carteira Administrada é poder contar com essa expertise”, enfatiza.
Carteira Administrada: atendimento private
Outra vantagem das Carteiras Administradas é ter acesso a um atendimento private, geralmente reservado apenas para clientes com altos valores investidos.
O investimento mínimo para investir nas Carteiras Administradas da EQI Asset é de R$ 100 mil, com a vantagem de o investidor contar com a gestão ativa, diferentemente do investidor que opera pelo home broker.
Carteira Administrada ou Fundo de Investimento?
Roberto Chagas explica que uma Carteira Administrada é tão ágil quanto um Fundo de Investimento, e conta com um gestor olhando o tempo todo para os ativos e atuando para obter a melhor relação risco-retorno.
“A gente olha a longo prazo, escolhe as ações com boas vantagens competitivas e que vão continuar ganhando dinheiro por muito tempo”, explica.
Para ele, a escolha entre uma Carteira Administrada e um Fundo depende muito do gosto do cliente – “tem quem goste mais de lidar com cotas de fundos, e tem que goste de olhar para a ação mesmo”, diz.
Fora isso, enfatiza, investir em uma Carteira Administrada não exclui o investimento em Fundos e vice-versa.
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Conheça cada uma das Carteiras Administradas da EQI Asset
A EQI Asset possui três tipos de Carteiras Administradas – Ações Brasil, Dividendos e Carteira Balanceada (com maior exposição na renda fixa). Conheça cada uma delas.
Carteira Ações Brasil
Focada 100% em ações, a carteira contempla large, mid e small caps, dividendos, e mantém como meta obter uma rentabilidade superior ao Ibovespa.
“Essa carteira é recomendada para quem fica 100% confortável investindo em ações, é um investidor mais arrojado”, explica Chagas.
Dentre as ações que estão no portfólio atualmente, ele cita Iguatemi ($IGTI11) e Mercado Livre ($MELI34).
O Iguatemi, aponta, é um case segmentado, com exposição ao consumo de luxo, que é menos sensível aos ciclos econômicos.
“A marca possui uma vantagem competitiva muito forte, conseguindo repassar os preços dos aluguéis acima da inflação e gerando um retorno muito alto para os acionistas”, afirma.
Já o Mercado Livre, apesar de ser fundada na Argentina, tem mais de 55% de seu resultado no Brasil, o que explica o fato de o ativo compor a carteira Ações Brasil.
“É uma empresa que faz a digitalização do varejo e dos meios de pagamento e vemos como uma tese interessante. A barreira de entrada é o efeito de rede (quanto mais gente usa melhor fica a plataforma para todos)”, diz.
Carteira de Dividendos
A segunda carteira tem foco exclusivo em ações que pagam bons dividendos, também com diversificação setorial. Ela seria indicada para um perfil mais moderado de investidor na renda variável.
Duas ações que estão no portfólio são BB Seguridade ($BBSE3) e Engie Brasil (EGIE3).
“A BB Seguridade é exposta ao mercado de seguros, previdência e capitalização. A capilaridade de sua rede é uma vantagem competitiva e a previsibilidade dos resultados aliada aos altos retornos é um fator-chave para a posição e o pagamento de dividendos atuais (yield de 10%)”, explica Chagas.
Já a Engie, ele aponta, é uma empresa exposta ao mercado de energia elétrica no Brasil, cujo resultado vem em sua grande maioria da geração de energia (95,9% vindas de fontes renováveis).
“A característica estável e previsível do setor aliada a um excelente time de gestão dão folego para empresa pagar dividendos altos e previsíveis (na casa de 10% de yield)”, diz.
Carteira balanceada
A terceira modalidade se destina especialmente para o cliente que fica desconfortável com o mercado de ações. Para este, foi montada uma carteira composta de 80% de renda fixa e apenas 20% de renda variável.
“Esta é para o perfil mais conservador de investidor de renda variável, porque 80% está em títulos soberanos. Não tem nem crédito privado, só títulos do governo”, diz.
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