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Auren (AURE3) registra prejuízo líquido de R$ 563 milhões no 2TRI25

Auren (AURE3) registra prejuízo líquido de R$ 563 milhões no 2TRI25

A Auren (AURE3) divulgou seu balanço financeiro referente ao segundo trimestre de 2025, reportando um prejuízo líquido de R$ 562,9 milhões, resultado que representa uma piora significativa frente ao prejuízo de R$ 17,6 milhões registrado no mesmo período de 2024.

Apesar do resultado negativo no lucro líquido, a companhia apresentou crescimento expressivo em sua receita líquida, que atingiu R$ 2,89 bilhões, alta de 25% em comparação com o 2TRI24. No acumulado dos seis primeiros meses de 2025, a receita líquida somou R$ 5,84 bilhões, aumento de 29,2% em relação ao primeiro semestre de 2024.

O EBITDA ajustado cresceu 18,1% no trimestre, alcançando R$ 980,6 milhões, impulsionado principalmente pela área de geração de energia, que teve alta de 25,9% no EBITDA, chegando a R$ 955,1 milhões. Por outro lado, o segmento de comercialização apresentou queda de 46,2% no EBITDA ajustado, para R$ 54,1 milhões.

Margem ebitda da Auren (AURE3) fica em 34%

A margem EBITDA ajustada ficou em 34%, uma redução de 2 pontos percentuais na comparação anual, enquanto a margem do primeiro semestre subiu para 37,4%.

O fluxo de caixa operacional após serviço da dívida foi de R$ 373,7 milhões no trimestre, uma queda de 41,8% frente ao 2TRI24, refletindo em um índice de conversão de caixa de 38,1%, significativamente abaixo dos 77,3% do ano anterior.

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Outro ponto de atenção no balanço foi o aumento da dívida líquida da Auren, que subiu 45,5% em um ano, alcançando R$ 18,75 bilhões, elevando a alavancagem da empresa para 4,8 vezes o EBITDA ajustado, contra 3,7 vezes no 2TRI24.

A AURE3 registrou produção média de 1,8 GW em seus ativos hidrelétricos próprios no segundo trimestre de 2025, um avanço de 16,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram gerados 1,5 GW médios. Apesar do crescimento, o volume ficou 14,0% abaixo da garantia física, reflexo da sazonalidade e das condições hidrológicas menos favoráveis no período.

Segundo a companhia, a Energia Natural Afluente (ENA) foi equivalente a 78% da Média de Longo Termo (MLT), o que levou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a determinar, nos meses de maio e junho, a redução da vazão em usinas como Porto Primavera. A medida teve como objetivo preservar os níveis dos reservatórios da bacia do Rio Paraná — incluindo os rios Grande e Paranaíba — e garantir a segurança eletroenergética durante a estiagem.

No acumulado do semestre, a produção hidrelétrica da Auren atingiu 2,2 GW médios, um crescimento de 20,2% na comparação anual. O desempenho foi impulsionado pela melhor afluência registrada no primeiro trimestre de 2025, que chegou a 84%, frente aos 65% observados no mesmo período de 2024. Esse cenário permitiu maior flexibilidade no despacho das usinas e manutenção de níveis de armazenamento superiores aos do ano anterior.