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ETFs de Bitcoin: depois de 1 ano do lançamento, como eles estão performando?

ETFs de Bitcoin: depois de 1 ano do lançamento, como eles estão performando?

Desde a aprovação histórica da Securities and Exchange Commission (SEC) em janeiro de 2024, que autorizou os primeiros ETFs de Bitcoin à vista nos EUA, o mercado de criptomoedas ingressou em uma nova fase de maturidade. 

Esses ETFs revolucionaram o acesso dos investidores ao mercado de Bitcoin, oferecendo uma alternativa regulada, prática e acessível para aqueles que buscam exposição à criptomoeda mais famosa do mundo.

Leonardo Gonçalves, assessor de Renda Variável da EQI Investimentos, destaca que os ETFs de Bitcoin são importantes para a democratização do acesso ao Bitcoin, especialmente para investidores institucionais que buscavam formas mais práticas e seguras de se exporem a esses ativos.

Ao longo desse período [cerca de um ano após a aprovação dos ETFs de Bitcoin], vimos fluxos recordes para esses produtos, com mais de US$ 100 bilhões em ativos sob gestão atualmente, o que representa cerca de 5% da capitalização total do Bitcoin“, destaca Gonçalves.

Quase um ano após esse marco, o desempenho dos ETFs de Bitcoin reflete as características voláteis do mercado de criptoativos, ao mesmo tempo em que consolida sua importância como instrumento financeiro. 

Além do expressivo volume financeiro, Gonçalves aponta que os ETFs contribuíram para a estabilidade e credibilidade do mercado, além de reduzirem barreiras de entrada para investidores mais tradicionais.

A participação de gigantes como BlackRock e Fidelity no segmento solidificou ainda mais essa classe de ativos no mainstream financeiro, ao mesmo tempo em que elevou a competitividade no mercado de ETFs. Isso reforça a confiança de investidores em relação à maturidade e à transparência do setor”, explica o assessor. 

Não por acaso, o desempenho do Bitcoin voltou a ser impressionante em 2024. Em um ano em que a criptomoeda acumulou valorização de 115% frente ao dólar e 165% em relação ao real, os ETFs ajudaram os investidores a equilibrar as oportunidades de alta com os riscos inerentes à volatilidade.

Em resumo, os ETFs de Bitcoin ainda estão revolucionando o mercado. Mas antes de analisar seu desempenho após um ano de aprovação e discutir as perspectivas para o futuro, é importante explicar o que são esses ativos.

ETFs de Bitcoin: o que é?

Os ETFs de Bitcoin são fundos de investimento negociados em bolsa que replicam o desempenho da criptomoeda, eliminando a necessidade de comprar e armazenar Bitcoin diretamente, tarefa muitas vezes complexa e arriscada. 

Dessa forma, esses produtos tornaram-se uma porta de entrada para investidores que preferem uma abordagem menos técnica e mais alinhada ao sistema financeiro tradicional.

Esses ETFs podem ser estruturados com base na compra de Bitcoin físico, que é mantido em custódia pelo fundo, ou em contratos futuros, que replicam o preço do ativo por meio de instrumentos derivados. Em ambos os casos, o valor das cotas reflete de maneira aproximada o preço do Bitcoin. 

A principal vantagem está na acessibilidade, permitindo que investidores adquiram cotas em plataformas convencionais de negociação, sem se preocuparem com questões como segurança digital e armazenamento de chaves privadas

Além disso, a regulamentação da SEC e de outros órgãos financeiros traz maior transparência e segurança.

Apesar das vantagens, existem desvantagens que precisam ser consideradas. Os ETFs de Bitcoin geralmente cobram taxas de administração, que podem reduzir a rentabilidade. 

Também podem ocorrer discrepâncias entre o valor das cotas e o preço real do Bitcoin, devido a custos operacionais e à volatilidade do ativo, que é diretamente herdada pelos ETFs e resulta em oscilações significativas.

2024: o ano da volta do Bitcoin e como foram os desempenhos dos principais ETFs de Bitcoin

O ano de 2024 ficou marcado pela recuperação do Bitcoin, que viu sua valorização disparar após quedas drásticas nos anos anteriores, beneficiando diretamente os ETFs da criptomoeda. 

O iShares Bitcoin Trust (IBIT), por exemplo, tem uma valorização superior a 106% ao longo do ano até o final do mês de novembro. Este ativo é negociado na bolsa de valores da Nasdaq e você pode ter acesso a ele clicando aqui. 

O desempenho do IBIT foi marcado por períodos de alta vertiginosa, como nos dois primeiros meses do ano, quando suas cotas subiram mais de 57%. 

Mesmo com essa disparada, em grande parte do ano, o iShares Bitcoin Trust operou com bastante volatilidade, com os valores do ETF variando entre US$ 41,95 e US$ 30,48.

ETFs de Bitcoin - iShares Bitcoin Trust
Google Finance

O novo rally de alta do Bitcoin, que começou no final do mês de outubro e início de novembro, foi impulsionado pela eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, que trouxe expectativas de uma postura menos restritiva em relação às criptomoedas.

Com este cenário, Gonçalves projeta que o próximo ciclo regulatório será mais claro e favorável, permitindo maior expansão do mercado.

O anúncio de Trump sobre a possibilidade de criar uma reserva estratégica de Bitcoin pelo governo americano também adiciona um elemento inédito, com potencial de gerar um impacto estrutural no setor”, complementa. 

Outros ETFs, como o ARK21Shares Bitcoin ETF, o Invesco Galaxy Bitcoin ETF e o Grayscale Bitcoin Trust BTC, também se destacaram, com o último apresentando o melhor desempenho entre seus pares. 

No Brasil, o mercado de ETFs de Bitcoin também acompanhou esse movimento, com destaque para o Hashdex Nasdaq Crypto Index ($HASH11), que acumula alta de 147% no ano. Esse desempenho foi impulsionado pela valorização do Bitcoin e pela desvalorização do real em relação ao dólar, tornando os ETFs mais atrativos para investidores brasileiros.

ETFs de Bitcoin - Hashdex (HASH11)
Google Finance

Gonçalves destaca que o Bitcoin, próximo de alcançar os US$ 100 mil, reflete não apenas o apetite institucional, mas também fatores macroeconômicos, como cortes nas taxas de juros globais, que favorecem ativos de maior risco. 

Aproximadamente 70% do supply de Bitcoin está nas mãos de holders de longo prazo, criando uma base sólida para o preço e reduzindo a pressão de venda no mercado“, explica.

Impacto e perspectivas para o futuro

A aprovação dos ETFs de Bitcoin pela SEC foi mais do que um marco regulatório; representou um grande passo para a legitimidade das criptomoedas no sistema financeiro

Esse avanço também abriu caminho para a aprovação de ETFs de outras criptomoedas, como Ethereum e Solana, ampliando ainda mais a oferta deste investimento no mercado.

Gonçalves está otimista quanto ao futuro do Bitcoin. Ele afirma que a expectativa é de um aumento na liquidez global, impulsionado por políticas monetárias mais acomodatícias, o que criará um ambiente favorável à valorização dos criptoativos.

Apesar disso, o assessor ressalta a importância de os investidores manterem uma visão equilibrada, diversificando sua exposição e ajustando suas estratégias para capturar oportunidades tanto no Bitcoin quanto nas altcoins, que também devem ganhar destaque com o avanço regulatório.

A combinação de inovação financeira, maior regulação e adoção institucional pavimentou o caminho para um futuro ainda mais promissor, especialmente diante do cenário político e macroeconômico que se desenha para 2025”, concluiu.

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