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Como investir no Ibovespa? Índice sobe mais de 12% no ano

Como investir no Ibovespa? Índice sobe mais de 12% no ano

Essa pode ser a janela de oportunidade para investir no Ibovespa. Ao calcular a amplitude do índice em 2023, ou seja, os pontos mais altos e baixos, observa-se uma variação de 19,95%. E para reforçar essa perspectiva, nesta quarta-feira (21), já é possível observar uma valorização de mais de 12% no Ibovespa neste ano.

A alta do Ibov não deve parar por aí. A expectativa é que o índice alcance patamares ainda maiores. Uma pesquisa do Bank of America (Bofa) revela que cerca de 45% dos gestores de fundos da América Latina estimam que o índice da bolsa brasileira possa chegar à marca dos 130 mil pontos. Caso isso se concretize, o Ibovespa poderá registrar uma alta de 30% em 2023.

Em sua coluna aqui no portal EuQueroInvestir, Denys Wiese, estrategista de investimentos da EQI, explica que a euforia do mercado financeiro pode ser atribuída à “simples ação do ciclo econômico, que agora está saindo de uma fase de recessão e caminhando para uma nova fase de expansão”.

Wiese discute se vale a pena antecipar os investimentos em Ações e Fundos Imobiliários (FIIs) com a queda dos juros neste artigo.

Além disso, há expectativas no mercado financeiro de uma redução da taxa básica de juros, a Selic, nos próximos meses. Com a queda nos juros, a tendência é que os ativos de renda variável voltem a ganhar holofotes.

Diante desses cenários, o portal EuQueroInvestir preparou um guia completo sobre o principal índice da bolsa brasileira, mostrando como investir no Ibovespa.

O que é o Ibovespa?

Antes de investir no Ibovespa, é preciso conhecê-lo antes de tudo. 

O Ibovespa, também conhecido como IBOV, é um índice que reflete o desempenho de uma carteira teórica composta pelas ações mais líquidas negociadas na Bolsa de Valores brasileira, a B3 (B3SA3)

Criado em 1968 pela antiga Bolsa de Valores de São Paulo, que era chamada de Bovespa, o índice passou por diversas modificações ao longo dos anos até chegar ao formato atual.

O Ibovespa é composto por 65 ações de 61 empresas e tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio dos ativos de maior liquidez e representatividade do mercado acionário brasileiro. 

A composição do Ibovespa abrange empresas listadas na B3 que atendem aos critérios estabelecidos em sua metodologia, representando aproximadamente 80% do número de negócios e do volume financeiro do mercado de capitais brasileiro.

Sua atualização ocorre a cada quadrimestre, proporcionando uma métrica para avaliar a evolução média do mercado de Renda Variável nacional.

É importante ressaltar que o Ibovespa não é um ativo em si, mas sim uma carteira teórica das ações mais negociadas na B3. Através desse índice, é possível acompanhar o comportamento dos papéis que o compõem, indicando suas oscilações positivas e negativas ao longo do tempo.

O que uma empresa precisa ter para fazer parte do Ibovespa?

A B3 possui 475 empresas listadas, porém somente 61 delas fazem parte do Ibovespa. Isso significa que nem todas as companhias com ações listadas têm o privilégio de participar desse importante índice.

A seleção para o Ibovespa é rigorosa e busca representar o desempenho médio do mercado acionário brasileiro. Mas quais são os critérios necessários para que uma empresa faça parte desse índice?

O primeiro critério está relacionado à negociabilidade do ativo. Para ser considerada para o Ibovespa, as ações de uma empresa precisam representar, em ordem decrescente de índice de negociabilidade, no mínimo 85% do total das transações realizadas no período. Esse critério garante que apenas as ações mais líquidas sejam incluídas no índice.

Além disso, a empresa deve ter um volume de negócios igual ou superior a 0,1% do volume total negociado na Bolsa de Valores nos últimos 12 meses. 

Outro requisito é a presença da empresa em pregão. Para fazer parte do Ibovespa, a companhia deve ter uma presença em pregão de, no mínimo, 95% durante o último ano. Isso significa que a empresa precisa demonstrar um envolvimento consistente com o mercado, participando ativamente das negociações.

É importante ressaltar que empresas cujas ações têm cotação média abaixo de R$ 1, conhecidas como “penny stocks“, não são elegíveis para compor o Ibovespa. Essa restrição tem o objetivo de garantir a qualidade e a representatividade das empresas presentes no índice.

Por fim, empresas em processo de recuperação judicial, regime especial de administração ou intervenção não são admitidas no Ibovespa. Essas condições indicam uma situação de instabilidade ou risco, o que poderia comprometer a confiabilidade do índice.

Vale ressaltar que uma empresa deixará de fazer parte do Ibovespa caso não atenda a dois dos critérios mencionados anteriormente. A ponderação dos ativos é realizada com base no valor de mercado do free float, limitado à sua liquidez. O limite da fração de um ativo no Ibovespa é de 20%.

Um exemplo recente foi a exclusão das ações da Americanas (AMER3) do Ibovespa no início do ano, após o escândalo do rombo bilionário envolvendo a empresa. As ações da companhia chegaram a ser negociadas por menos de R$ 1, além de estar em processo de recuperação judicial.

Entenda os pontos do Ibov

O Ibovespa é uma das principais referências para avaliar a saúde do mercado acionário brasileiro. Por isso, a mídia especializada em investimentos e economia divulga diariamente a variação percentual do Ibov e os seus pontos. Mas você já se perguntou o que significa a sua pontuação?

Na prática, cada ponto ganho pelo Ibovespa representa um acréscimo de R$ 1 no valor da carteira teórica. Por exemplo, quando o Ibovespa alcança a marca de 115 mil pontos, significa que o valor exato dessa carteira é de R$ 115 mil. Da mesma forma, se o índice atingir 120 mil pontos, o valor da carteira será de R$ 120 mil.

O ganho ou perda de pontos pelo Ibovespa está diretamente relacionado à valorização ou desvalorização das ações que compõem o índice. Quando as ações se valorizam dentro de suas proporções, o Ibovespa ganha pontos, aumentando em R$ 1 o valor da carteira. Por outro lado, se as ações apresentarem uma desvalorização, o índice perde pontos.

Como investir no Ibovespa?

Depois de ter acesso às principais informações sobre o Ibovespa, você está pronto para investir nesse índice e aproveitar o potencial de crescimento do mercado de ações brasileiro. Existem várias formas de se expor ao Ibovespa e participar dos movimentos de valorização recente do índice.

Abaixo, apresentamos algumas opções para investir no Ibov:

ETFs

Uma forma popular e conveniente de investir no Ibovespa é através dos ETFs (Exchange Traded Funds). Os ETFs são fundos de investimento que buscam replicar a performance de um índice específico, como o Ibovespa, e são negociados como ações no mercado de capitais.

Os ETFs oferecem várias vantagens para os investidores que desejam se expor ao Ibovespa. 

Uma delas é a facilidade de acesso, uma vez que os ETFs podem ser comprados e vendidos diretamente na bolsa de valores, assim como ações individuais. Isso permite que os investidores adquiram uma cesta diversificada de ações que compõem o Ibovespa com apenas uma transação.

Além disso, os ETFs proporcionam uma forma de diversificação de carteira. Como os ETFs são compostos por várias ações de diferentes setores da economia, investir em um ETF do Ibovespa permite que os investidores tenham exposição a várias empresas de diferentes setores, reduzindo o risco associado a investimentos individuais.

A seguir, apresentaremos de forma resumida alguns ETFs relacionados ao Ibovespa:

BOVA11

Desempenho do BOVA11

O BOVA11 é um dos ETFs mais conhecidos do mercado brasileiro e busca replicar a performance do Ibovespa. Ele é composto pelas ações das empresas que fazem parte do índice. Ao investir no BOVA11, os investidores estarão adquirindo uma cesta de ações diversificada e acompanhando de perto o desempenho do Ibovespa.

BBOV11

Desempenho do BBOV11

O BBOV11 é um ETF administrado pelo Banco do Brasil (BBAS3) que replica o desempenho do Ibovespa. Uma das diferenças deste ETF em relação aos demais é a taxa de administração de 0,18% cobrada pelo fundo, sendo menor que alguns concorrentes.

BOVV11

Desempenho do BOVV11

O BOVV11, com administração do Itaú Unibanco (ITUB4), reproduz a carteira teórica do Ibovespa, o que significa que sua performance é diretamente influenciada pelas variações do próprio Ibovespa no ambiente de negociação da B3. Essa característica faz do BOVV11 um instrumento altamente diversificado, oferecendo aos investidores uma forma prática de acessar essa diversificação. 

Ao adquirir apenas uma cota do BOVV11, o investidor terá exposição a uma ampla gama de empresas, pois o fundo inclui as 90 empresas mais significativas listadas na bolsa de valores brasileira. Essa diversificação facilita a construção de uma carteira balanceada e reduz o risco associado a investimentos individuais.

BOVB11

Desempenho do BOVB11

O BOVB11 é um ETF que segue o Ibovespa com a administração do Bradesco (BBDC4). Essa opção pode ser mais uma alternativa interessante para investidores que desejam acompanhar o desempenho do Ibovespa.

XBOV11

Desempenho do XBOV11

O XBOV11 busca refletir a performance, antes das taxas e despesas, do Ibovespa. Foi criado em 2012 e consiste principalmente nas ações que compõem a carteira teórica do Índice. É administrado pela Caixa Econômica Federal, que também é gestora do fundo.

Montar uma carteira com ações que estão no Ibovespa

Também é possível investir indiretamente no Ibovespa por meio da montagem de uma carteira de ações que replica o índice. Essa estratégia busca obter um desempenho semelhante ao do Ibovespa como um todo, acompanhando de perto as movimentações do mercado.

Ao montar uma carteira de ações que replica o Ibovespa, você estará diversificando seus investimentos, uma vez que o índice inclui a participação de diferentes empresas. Algumas das empresas presentes na carteira teórica do índice são BTG Pactual (BPAC11), Banco do Brasil (BBAS3), BRF (BRFS3), CCR (CCRO3), Azul (AZUL4), Arezzo (ARZZ3), Ambev (ABEV3) e Petrobras (PETR3; PETR4), por exemplo.

É importante ressaltar que investir no Ibovespa por meio da replicação do índice não está isento de riscos. O mercado de ações é volátil e sujeito a flutuações diárias, o que pode resultar em ganhos ou perdas significativas.

Além disso, a carteira de ações que replica o índice pode ser afetada por fatores macroeconômicos, eventos políticos, mudanças regulatórias e outros eventos imprevistos que podem impactar o desempenho das empresas componentes do Ibovespa.

Devido à complexidade do mercado financeiro e aos riscos envolvidos, é altamente recomendável que os investidores busquem a ajuda de um profissional qualificado, como um assessor de investimentos, ao investir no Ibovespa.

Um assessor pode oferecer uma análise aprofundada das empresas componentes do índice, auxiliar na definição de uma estratégia de alocação de ativos adequada ao perfil do investidor e fornecer orientações valiosas em momentos de volatilidade e incerteza.

Contratos futuros

Os contratos futuros são uma forma de investimento que permite negociar as expectativas quanto ao desempenho de um índice, como o Ibovespa, até uma determinada data. Esses contratos são operados na B3 e são indicados pelo código de negociação IND.

No caso do Ibovespa Futuro, a variação é expressa em pontos, não em reais. Cada ponto do Ibovespa Futuro corresponde a R$ 1,00, e o tamanho do contrato é baseado nos pontos da cotação atual multiplicados pelo valor de cada ponto.

Por exemplo, se o índice estiver valendo 115 mil pontos, o valor do contrato será equivalente a R$ 115 mil. No entanto, é importante destacar que esse valor não é necessariamente o montante pago pelo contrato. O rendimento desse tipo de operação é determinado pela diferença entre o valor acordado para a data de fim do contrato e o valor real do índice nesse dia.

Para ilustrar, vamos supor que um contrato futuro do Ibovespa tenha sido estabelecido com a expectativa de que o índice alcance 10 mil pontos até o dia 30 de junho. Se, nessa data, o índice estiver em 115 mil pontos, o investidor terá perdas nessa operação. Por outro lado, se o valor real do índice for maior do que o acordado em contrato, o investidor terá ganhos proporcionais a essa diferença.

Os contratos futuros do Ibovespa permitem que investidores aproveitem as oscilações do mercado e obtenham lucros com base em suas expectativas de movimentação do índice. No entanto, é importante ter em mente que essas operações estão sujeitas a riscos significativos, pois as variações do mercado podem levar a ganhos ou perdas substanciais.

Mini-índice do Ibovespa

O mini-índice do Ibovespa é uma opção de investimento em contratos futuros voltada para investidores com menor porte. Esses contratos são semelhantes aos contratos futuros mencionados anteriormente, mas têm como objetivo atender investidores com aportes e lotes mínimos menores.

Na B3, o mini-índice do Ibovespa é representado pelo código de negociação WIN. Cada ponto desse contrato representa um valor de R$ 0,20. Além disso, o lote mínimo de negociação é de apenas um contrato. Essas características tornam o mini-índice uma oportunidade para que pessoas físicas e investidores menos arrojados possam diversificar suas carteiras e ingressar no mercado de derivativos.

Investir no mini-índice do Ibovespa permite aos investidores se exporem às variações do índice em uma data futura. Assim como nos contratos futuros, o objetivo é lucrar com as expectativas de movimentação do mercado.

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