O Ibovespa em viés de alta leva gestores a rever posição. Isso porque o principal índice da bolsa brasileira parece querer “engatar a marcha e subir a ladeira”.
Nos últimos dias o índice reportou sete altas seguidas – encerradas na última terça-feira (13), quando fechou em baixa. Ainda assim, o otimismo está tomando conta do mercado.
A expectativa é que o Ibovespa possa encerrar 2023 em 130 mil pontos. Com esta possibilidade no cenário à frente, gestores de fundos de investimento da América Latina parecem estar mais empolgados.
Levantamento do Bank Of America (BofA), divulgado ontem, aponta que 45% dos gestores consultados veem o principal índice da bolsa brasileira negociado no intervalo entre 120 mil e 130 mil pontos ao fim de 2023.
“Isso implica um potencial de valorização de até 11,4% ante o fechamento do pregão de ontem, que alcançou 116.742 pontos”, destaca a instituição.
O banco de investimentos lembra, também, que em maio esse percentual estava na casa dos 20%.
“Na época, a maior parte dos consultados (60%) dizia projetar um Ibovespa negociado entre 110 mil e 120 mil pontos em dezembro”, ressalta.
Ibovespa em viés de alta
A pesquisa “Latam Fund Manager Survey” do BofA foi realizada neste início de junho e contou com a participação de 33 gestores, com cerca de US$ 63,7 bilhões em ativos sob gestão.
Na edição mais recente do levantamento, o percentual de investidores que veem o Ibovespa acima dos 130 mil pontos também cresceu: de menos de 10% em maio para pouco mais de 20% em junho.
BofA otimista
O próprio BofA se diz mais otimista com a perspectiva de desempenho da bolsa brasileira ao elencar que vê o índice negociado aos 135 mil pontos, o que implicaria upside de 15,6% em relação ao patamar atual.
Também trata da Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira, destacando que ela está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022 e, assim, 73% dos participantes disseram esperar que o ciclo de corte de juros comece em agosto deste ano.
Em relação à Selic, o mercado observa atentamento os movimentos do Banco Central do Brasil (BC), cujo Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nos dias 20 e 21 deste mês.
Para dezembro, a maioria dos gestores consultados pelo BofA apontou esperar a taxa básica entre 12% e 12,75% ao ano, em linha com o projetado no mês passado.
Sentimento de cautela
A pesquisa do BofA reforça que o otimismo dos gestores se alia a um sentimento de cautela, visto que os níveis de caixa dos fundos geridos caíram pelo terceiro mês consecutivo e agora estão em 6,2%.
Segundo a instituição financeira, o patamar permanece acima da média histórica, de 5,1% e, assim, do total de gestores participantes, 51% planejam ampliar a alocação em ações nos próximos seis meses, abaixo dos 61% em maio.
Posição
Por fim, a pesquisa aponta que as maiores posições overweight (acima da média do mercado, equivalente a compra) estão no setor financeiro, seguidas pelas de consumo discricionário.

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