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Como começar a migrar para a Renda Variável?

Como começar a migrar para a Renda Variável?

A Renda Variável tem apresentado um desempenho interessante em 2025. O Ibovespa acumula alta de 10%, impulsionado pelo retorno do apetite ao risco. Outros índices também seguem em terreno positivo: o IDIV sobe 8%, sendo o índice dos principais pagadores de dividendos; o SMAL11, que acompanha Small Caps, avança 17%; e o IFIX cresce 7%, indicando um reaquecimento dos Fundos Imobiliários (FIIs).

O CEO da EQI Investimentos, Juliano Custódio, desenvolveu a teoria do “Grande Reset”. Segundo ele, a iminente virada político-econômica no Brasil abre uma janela de oportunidades semelhante à observada após o impeachment de Dilma Rousseff, quando os ativos de Renda Variável tiveram forte tendência de alta, especialmente o índice de Small Caps entre 2015 e 2019.

Custódio baseia sua análise em cinco fatores principais:

  • Histórico de Transformações – Ele relembra a valorização expressiva do índice de Small Caps entre 2015 e 2019, impulsionada por mudanças políticas, e sugere que o país pode estar prestes a passar por um fenômeno semelhante.
  • Queda de Popularidade do Governo – A reprovação ao governo Lula cresceu, atingindo 41%, enquanto a aprovação caiu 11 pontos percentuais entre dezembro e fevereiro. Esse desgaste pode abrir espaço para mudanças políticas.
  • Dificuldades na Governabilidade – O Congresso tem barrado medidas do governo, aprovando apenas 9% das MPs em 2024, contrastando com os 93% de aprovação de duas décadas atrás. Essa paralisia pode impulsionar uma nova configuração política.
  • Desafios Econômicos – O Brasil enfrenta déficits fiscais sucessivos, aumento da carga tributária, inflação elevada e perda de atratividade para investidores estrangeiros, tornando o mercado mais volátil.
  • Cenário Internacional e Avanço da Direita – A ascensão de líderes conservadores como Donald Trump, Elon Musk e Javier Milei pode influenciar o Brasil, especialmente nas eleições de 2026, favorecendo uma guinada política.

Diante desse cenário, Custódio alerta que o momento exige antecipação e estratégia. Ele sugere que investidores se posicionem para possíveis valorizações do mercado, caso a história se repita e um novo ciclo econômico se inicie no Brasil.

Esse panorama levanta um questionamento: este seria o momento ideal para migrar para a Renda Variável? Para responder, o portal EuQueroInvestir conversou com especialistas da EQI Research para avaliar se vale a pena aumentar a exposição nesse mercado.

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Investidores devem considerar migração gradual para Renda Variável, aponta Felipe Paletta

Felipe Paletta, analista da EQI Research, destaca que, com os juros ainda elevados, a Renda Fixa continua sendo a principal escolha dos investidores brasileiros.

Apesar disso, ele acredita que o momento pode ser oportuno para um aumento gradual da exposição à Renda Variável. Segundo Paletta, alguns fatores justificam essa movimentação nos próximos dois anos.

Nos últimos anos, investidores estrangeiros reduziram sua participação em mercados emergentes, incluindo o Brasil, e a indústria de fundos seguiu essa tendência, diminuindo a alocação em ações. Como resultado, o mercado acionário brasileiro atingiu um dos menores níveis de alocação desde o segundo mandato de Dilma Rousseff.

Esse cenário começou a mudar em 2024 com a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos. De acordo com Paletta, investidores internacionais voltaram a olhar para mercados emergentes, beneficiando especialmente o Brasil.

Após o ‘liberation day’, com a imposição de tarifas contra o resto do mundo, mais punitivas para países asiáticos, nosso otimismo com a Bolsa brasileira só aumentou“, explica Paletta.

Apesar desse movimento favorável, ele não recomenda que o investidor migre a maior parte do portfólio para ações. A sugestão é iniciar uma alocação gradual, mantendo os investimentos por pelo menos 24 meses.

Teremos uma eleição bastante importante em 2026 e o governo Trump parece tudo menos previsível. Portanto, é essencial acompanhar de perto o cenário e contar com uma seleção criteriosa de ativos“, alerta.

Além disso, Paletta ressalta que uma possível queda da taxa de juros no Brasil até o final do ano pode fortalecer ainda mais a atratividade das ações.

Com os dividendos do Ibovespa superando 7% e muitas empresas promovendo recompra de ações, o investimento em Renda Variável se torna cada vez mais competitivo em relação à Renda Fixa“, afirma.

Mercado imobiliário e fundos de investimento

Durante a live “O Momento da Renda Variável Voltou?”, da EQI Research, Carolina Borges, head e analista de Fundos Imobiliários (FIIs), e João Zanott, analista de ações e fundos de infraestrutura, reforçaram que o mercado brasileiro apresenta boas oportunidades de investimento, apesar das incertezas globais.

Borges destacou que os múltiplos de preço sobre valor patrimonial de FIIs permanecem próximos das mínimas históricas, o que sugere potencial de valorização. Além disso, transações recentes no mercado físico indicam que ativos estão sendo negociados a preços superiores aos praticados na bolsa, sinalizando uma possível reprecificação futura.

Dicas de ações para investir ao migrar para Renda Variável

Voltando para a teoria do Grande Reset de Juliano Custódio, os analistas da EQI Research, Paletta e Borges, apresentam 10 ações para aproveitar essa possível onda de valorização, caso a história se repita e um novo ciclo econômico se inicie no Brasil.

A tese da EQI Research sugere que o momento atual é propício para investir em ações, antecipando uma possível mudança política em 2026. O relatório destaca que a Bolsa opera em ciclos longos e que o cenário pode favorecer uma valorização nos próximos anos.

As 10 ações recomendadas seguem três critérios principais: 

  • blue chips (empresas de grande porte e liquidez), 
  • negócios descontados (ações negociadas abaixo do valor justo) e 
  • sensibilidade à taxa de juros (empresas que se beneficiam de uma possível queda dos juros).

Entre as escolhas estão B3 ($B3SA3), Banco do Brasil (BBAS3), Petrobras (PETR4), Eletrobras (ELET3), Equatorial (EQTL3), Assaí (ASAI3), Localiza (RENT3), Vamos (VAMO3), Cyrela (CYRE3) e Allos (ALOS3).

Outra opção para migrar para a Renda Variável

Uma alternativa para migrar para a renda variável é adotar uma estratégia alinhada ao seu perfil de investidor. Caso ainda não tenha definido o seu, recomendamos que faça essa análise para compreender sua exposição aos riscos e identificar os ativos mais adequados aos seus objetivos.

Para auxiliar nesse processo, utilizaremos a planilha do Simulador Vivendo de Renda da EQI Research. Essa ferramenta funciona como uma bússola para alocar seus investimentos estrategicamente, de acordo com seu perfil, além de possibilitar o acesso a uma renda mensal.

Mesmo para investidores mais conservadores, que possuem menor tolerância ao risco, os analistas da EQI Research recomendam uma alocação equilibrada, com 30% da carteira em FIIs, 10% em FI-Infra e os 60% restantes em renda fixa.

Os FIIs recomendados para esse perfil são:

  • Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11)
  • RBR Yield (RBRY11)
  • BTG Pactual Logística (BTLG11)
  • Hedge Brasil Shopping (HGBS11)
  • Bradesco Carteira Imobiliária Ativa (BCIA11)
  • Canuma Capital Multiestratégia (CCME11)

Já para os investimentos em FI-Infra, a recomendação inclui:

Se você deseja assumir um pouco mais de risco, pode considerar migrar para o perfil moderado. Nesse caso, a alocação recomendada pela EQI Research é:

  • 20% em ações
  • 21% em FIIs
  • 7% em FI-Infra

Os FIIs e FI-Infra recomendados são os mesmos mencionados na estratégia conservadora. Já para o investimento em ações, as recomendações incluem:

Todas essas ações fazem parte da Carteira de Dividendos da EQI Research.

Para investidores com maior apetite ao risco, o perfil arrojado sugere uma exposição ainda mais significativa à renda variável. A alocação recomendada é:

  • 36% em ações
  • 21% em FIIs
  • 7% em FI-Infra

Os ativos recomendados para FIIs e FI-Infra permanecem os mesmos do perfil moderado, enquanto a parcela de ações aumenta significativamente, reforçando a busca por maior potencial de retorno.

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