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Tesouro IPCA+ paga R$ 260 bi hoje: veja onde reinvestir

Tesouro IPCA+ paga R$ 260 bi hoje: veja onde reinvestir

Nesta quarta-feira (15) haverá um vencimento de Notas do Tesouro Nacional NTN-B (ou Tesouro IPCA+) e pagamento de cupons referentes aos papéis que vão movimentar quase R$ 260 bilhões.

Nesta quinta-feira (15) ocorre o vencimento de Notas do Tesouro Nacional NTN-B (ou Tesouro IPCA+) e pagamento de cupons referentes aos papéis que vão movimentar quase R$ 260 bilhões. Esta grande liquidação trará espaço para novos investimentos, seja em outros títulos da mesma classe de ativos ou outros produtos.

Parte significativa desse fluxo deve ser reinvestida nos próprios títulos IPCA+ do Tesouro Direto. Mas será que eles são mesmo os melhores títulos no momento?

Vencimento de Tesouro IPCA+: onde reinvestir?

A recomendação é alongar o prazo dos títulos. “O investidor pode usar o dinheiro que vai receber nesse vencimento para alongar um pouco a duration das carteiras, porque ainda há taxas boas, por mais que tenham caído um pouco nos últimos dias”, orienta João Neves, analista de Renda Fixa da EQI Research.

Na Carteira Recomendada de Renda Fixa para agosto, a EQI Research adicionou maior proteção ao portfolio, dado o cenário macroeconômico mais incerto. Mas segue acreditando que os títulos atrelados à inflação oferecem a melhor relação risco-retorno.

“Esses ativos apresentam taxas elevadas e proporcionam proteção contra uma inflação mais alta nos próximos anos, ao contrário dos prefixados”.

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“Semana após semana, o Boletim Focus vem reportando um IPCA cada vez mais elevado para este ano, se aproximando cada vez mais ao limite da meta, que seria 1,5 ponto porcentual acima de 3%, isto é, 4,5%”, complementa Denys Wiese estrategista da EQI Investimentos.

E os outros títulos?

“Continuamos acreditando que o mercado de juros está estressado e oferece oportunidades, mas observamos um aumento do nível de risco. A alocação recomendada em títulos prefixados está abaixo do que consideramos normal e segue mais concentrada nos vencimentos mais curtos. Acreditamos que as taxas para esses títulos estão em patamares elevados, e continuam representando uma oportunidade interessante”, aponta a research.

E é mantida uma participação relevante em títulos pós-fixados, pois eles oferecem proteção à carteira no caso de uma deterioração adicional do cenário, o que impactaria as posições em prefixados e em títulos atrelados à inflação.

Diante deste cenário, a Carteira Recomendada traz as seguintes recomendações:

Perfil conservador

  • 10% em prefixados
  • 22,5% em títulos atrelados à inflação
  • 67,5% em pós-fixados

Leia também: Investidor conservador – saiba onde investir com segurança

Perfil moderado

  • 20% em prefixados
  • 40% em títulos atrelados à inflação
  • 40% em pós-fixados

Saiba mais: Quem é o investidor moderado – nem tanto à terra, nem tanto ao mar

Perfil agressivo

  • 30% em prefixados
  • 45% em títulos atrelados à inflação
  • 25% em pós-fixados

Veja também: Investidor arrojado – quem não arrisca não petisca

tabela Carteira Recomendada de Renda Fixa: IPCA+ e demais títulos

Por que o cenário é mais incerto para os investimentos?

Para o cenário americano, a casa de análise segue enxergando dois cortes de juros ainda este ano, com o primeiro ocorrendo em setembro e o segundo, possivelmente, em dezembro. “Os dados recentes confirmaram a tendência de arrefecimento da inflação, e os dados de atividade também corroboraram essa tendência, mostrando um desaquecimento da economia norte-americana”, diz a EQI Research.

No entanto, há questionamentos sobre a real velocidade desse desaquecimento, o que tem levado o mercado a precificar uma aceleração nesse processo de cortes de juros.

Os principais riscos associados à expectativa são: um desaquecimento da economia norte-americana mais rápido do que o esperado; e o ressurgimento da inflação.

Já no cenário doméstico, a leitura da casa de análise é que a Selic deve se manter estável em 10,5% até o final de 2024. “O mercado está precificando altas da taxa Selic em 2024, o que diverge desse cenário-base, fazendo com que continuemos enxergando oportunidades nos títulos de renda fixa brasileiros com vencimentos (durations) mais curtos”, diz a Research.

“Reconhecemos que o risco associado a esse cenário aumentou, uma vez que as expectativas de inflação continuam se deteriorando, auxiliadas pela depreciação do câmbio, preocupação em relação a situação fiscal do país e a necessidade de cortes adicionais no orçamento para cumprir o arcabouço fiscal estabelecido”.

E a Renda Variável? Ela segue sem gatilho de curto prazo

Denys Wiese destaca que, como a taxa de juros (Selic) está sem uma tendência clara de queda, os ativos de Renda Variável estão sem gatilho de valorização no curto prazo, apesar de estarem com os valuations bem baixos. “Consideramos que a Renda Variável pode ser uma boa oportunidade, mas sem exposição exagerada”, recomenda.

Para os investidores em geral que desejam reinvestir em Renda Variável, o estrategista da EQI cita o fundo Solis Pioneiro, D+60, com retorno de CDI + 2% ao ano, que investe em crédito estruturado, como uma opção interessante.

Já para investidores qualificados, Wiese destaca o Rio Bravo Hedge Fund, que é um fundo imobiliário (FII) cetipado, que investe em Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRIs), com potencial de retorno de CDI + 5,7% ao ano. E também o Western Asset High Grade One, um fundo fechado de ativos de alta qualidade de crédito, com retorno estimado em CDI + 3% ao ano. Para mais detalhes sobre estes produtos, a recomendação é falar com o seu assessor de investimentos.

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