O Banco Master fechou o ano de 2024 com um lucro líquido de R$ 1,068 bilhão, o dobro dos R$ 532 milhões registrados em 2023.
O patrimônio líquido da instituição saltou de R$ 2,3 bilhões para R$ 4,74 bilhões, enquanto os ativos de crédito alcançaram R$ 40,31 bilhões, segundo o balanço da instituição financeira. O retorno sobre o patrimônio (ROE) atingiu 28,5%, consolidando um ano de crescimento “sólido e sustentável”, segundo o CEO Augusto Lima.
O resultado foi impulsionado por aquisições estratégicas, como a do Banco Voiter, homologada em abril de 2024, e a do Will Bank, concluída em agosto. Essas operações aumentaram a presença do Master nos segmentos de crédito corporativo e varejo. Com a incorporação do Will Bank, a base de clientes chegou a 10,5 milhões de pessoas.
O principal destaque é o cartão benefício CREDCESTA, que já concedeu crédito a 4 milhões de usuários e está presente em 24 estados e 176 municípios.
O banco também teve seu rating de crédito elevado pela Fitch Ratings, que subiu de BBB (bra) para A- (bra). Segundo a agência, a melhora reflete “aquisições bem-sucedidas e crescimento das receitas”.
Além disso, investimentos em tecnologia e governança contribuíram para o avanço, incluindo a criação de um Comitê de Auditoria interno e um Conselho Consultivo formado por profissionais de destaque no mercado financeiro.
Compra do Banco Master pelo BRB pode ser barrada pelo Ministério Público
Na semana passada, o Banco de Brasília (BRB) (BSLI4), instituição pública controlada pelo Governo do Distrito Federal, adquiriu 58% do Banco Master. O negócio, avaliado em R$ 2 bilhões, prevê a aquisição de 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais.
Apesar do negócio ter sido fechado, a transação tem sido alvo de questionamentos quanto à sua viabilidade e aos benefícios para o BRB. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abriu um inquérito para investigar as condições do acordo, que ainda depende da aprovação do Banco Central e do CADE.
Em nota, o presidente do Master, Daniel Vorcaro, defendeu a operação como “estratégica” e alinhada ao plano de expansão do banco. A instituição também destacou que sua receita de intermediação financeira cresceu 33% em 2024, alcançando R$ 7,2 bilhões. Esse avanço foi impulsionado por um maior volume de crédito corporativo, operações estruturadas e serviços de câmbio.
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