O BTG Pactual ($BPAC11) ofereceu R$ 1 para adquirir o Banco Master e propôs utilizar o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para cobrir problemas financeiros da instituição, além de capitalizá-la.
Apesar disso, segundo informações da coluna de Lauro Jardim, em O Globo, a oferta não teve consenso entre os bancos que controlam o FGC e não avançou.
A transação ainda precisa da aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas já marca um movimento estratégico para fortalecer a presença do BRB ($BSLI4) no setor bancário nacional.
Negociação e estrutura do Acordo
A compra envolve 49% das ações ordinárias e 100% das ações preferenciais do Banco Master. O valor da aquisição corresponde a 75% do patrimônio líquido consolidado da instituição adquirida e foi avaliado pela Price Waterhouse Coopers (PwC). O pagamento será feito da seguinte forma:
- 50% à vista no fechamento da operação;
- Até 50% retido em conta escrow para cobrir eventuais indenizações;
- Valor remanescente pago no segundo aniversário da conclusão do negócio.
Com a incorporação, as marcas BRB e Banco Master permanecerão ativas, mas com uma governança integrada. O BRB assumirá participação no Conselho de Administração e influenciará as decisões estratégicas.
Por que o BTG ficou de fora?
A tentativa do BTG de adquirir o Banco Master contou diversas reuniões entre André Esteves, do BTG, e Daniel Vorcaro, controlador do Master. O banco de investimentos buscava expandir sua atuação no crédito consignado e aumentar sua base de clientes no varejo.
Apesar de relatos de que o BTG poderia ter feito uma proposta mais robusta, segundo fontes da Times Brasil (CNBC) indicam que um impasse sobre governança foi decisivo.
Vorcaro queria manter influência sobre o negócio, algo que o BRB aceitou e o BTG não.
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Impactos da aquisição pelo BRB
O BRB, que já possui 8,9 milhões de clientes e R$ 61 bilhões em ativos, ganha mais presença em segmentos estratégicos como:
- Crédito consignado, área de expertise do Banco Master;
- Câmbio e mercado de capitais, ampliando a oferta de serviços;
- Expansão digital, com a incorporação do Will Bank, fintech do grupo Master.
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