Com mais de 25 anos de experiência no mercado financeiro, Paulo Di Sora é uma das maiores referências da Faria Lima quando se trata de realizar leituras macroeconômicas globais. Seu perfil maleável, que lhe rendeu o apelido de “camaleão” do mercado, permite a troca de estratégias em seus fundos com uma boa taxa de sucesso.
O gestor foi Portfolio Manager e Head de Equities no Fundo M. Safra entre 2007 e 2013, além de ter atuado por quatro anos como Managing Director no Itaú BBA, bem como em outras instituições renomadas, como Deutsche Bank e Indosuez.
Com todo esse know-how, Paolo Di Sora é mais um dos convidados confirmados para o evento online e gratuito Money Week 100 Dias de Governo, organizado pela EQI Investimentos, que ocorrerá nos dias 2 e 3 de maio.
A Money Week 100 Dias de Governo é um evento abrangente que reúne diversos especialistas do mercado financeiro para discutir temas relevantes relacionados a investimentos, finanças pessoais, economia e política.

Quem é Paolo Di Sora?
Paolo Di Sora concluiu sua formação em Engenharia Civil pelo Instituto Mauá de Tecnologia, bem como em Economia pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), graduando-se em 1994 e 1996, respectivamente. Além disso, possui uma pós-graduação em Finanças pela Fundação Getúlio Vargas, concluída em 1998.
Antes de ingressar no Itaú BBA em 2003, Sora teve passagens no Indosuez W.I.Carr e no Deutsch Bank, quando ele ganhou destaque ao trabalhar com análise de commodities. Mas foi no banco brasileiro que o gestor ganhou grande relevância no mercado financeiro.
Nos quatro anos de Itaú BBA, Sora, como Managing Director da instituição, desempenhou um papel ativo na análise de investimentos em diversos setores, incluindo infraestrutura, papel e celulose, mineração, siderurgia, bens de capital, imobiliário e outros, dentro do grupo empresarial.
Em 2007, ele assumiu o cargo de gerente de ações e diretor de portfólio na M.Safra & Co, onde permaneceu até 2013. Posteriormente, tornou-se um dos fundadores da RPS Capital.
Sora evidenciou seu espírito empreendedor ao co-fundar a RPS Capital no início de 2013, um empreendimento voltado para o mercado financeiro. A empresa se destacou em quatro áreas principais: gestão de risco, abordagem de gestão, ativos líquidos e, em especial, fundos multimercados e de ações.
Paolo Di Sora no mercado financeiro
Paolo Di Sora é conhecido no mercado financeiro como um gestor de fundos altamente adaptável e experiente. Sua abordagem estratégica envolve a cobertura de diversos setores da economia, como infraestrutura, siderurgia, mineração, papel e celulose, agrobusiness, bens de capital e o setor imobiliário, mostrando sua capacidade de compreender e se ajustar às dinâmicas do mercado.
Uma das principais premissas de Di Sora é sua adaptabilidade ao cenário econômico e financeiro. Ele reconhece que o mercado é volátil e está sempre em constante mudança, e, portanto, ajusta seus investimentos de acordo com o contexto em que estão inseridos.
Por exemplo, ele acredita que investimentos a longo prazo no Brasil são inviáveis devido à instabilidade econômica e à imprevisibilidade dos cenários futuros.
Di Sora baseia seu modelo de investimentos em análises macroeconômicas globais, o que o levou a investir em ações de empresas mais expostas ao mercado global. Sua abordagem estratégica é baseada em uma visão abrangente do cenário econômico mundial, permitindo-lhe identificar oportunidades de investimento em diferentes mercados e regiões.
Em 2018, Di Sora ganhou destaque ao conceder uma entrevista ao jornal Estado de Minas, na qual defendeu que “não dá para ser Warren Buffet no Brasil”. Ele expressou suas preocupações com as instabilidades políticas e econômicas existentes no país, demonstrando sua postura realista e pragmática em relação ao mercado financeiro brasileiro.
Investimentos nos EUA
O CEO da RPS Capital também direcionou sua atenção aos Estados Unidos. Di Sora enxerga empresas como Disney (DIS; DISB34), Nike (NKE; NIKE34), Booking.com (BKNG; BKNG34), Visa (V; VISA34) e Mastercard (MA; MSCD34) como oportunidades excelentes para construir uma carteira de investimentos rentável e segura.
Ele destaca que os Estados Unidos são um país onde é possível se “dar ao luxo” de focar em avaliações micro e carregar teses de investimento de longo prazo, assim como Warren Buffett faz.
Di Sora participou da Money Week 5
Paolo Di Sora participou do painel sobre o boom das commodities e sua importância no mercado brasileiro durante a Money Week 5, realizada em outubro de 2021. Durante o evento, Sora comentou sobre os diversos tipos de commodities e destacou a crise estrutural enfrentada pelo setor de energia, em especial o petróleo, devido ao baixo investimento na oferta nos últimos anos.
O gestor ressaltou que a queda nos investimentos em energia, principalmente na “velha economia” (energia suja), ocorre em um momento de recuperação da demanda mundial, impulsionada pela retomada da economia após o controle da pandemia. O comércio reabrindo e a retomada das atividades de transporte, como o uso de carros e querosene de aviação, têm impactado a demanda de petróleo, mantendo-a em uma dinâmica de recuperação, com oferta relativamente controlada.
Além disso, Sora mencionou que fatores climáticos também têm afetado a disponibilidade de energia em todo o mundo, citando a crise hídrica no Brasil, que levou as termoelétricas a operarem em sua capacidade máxima e a necessidade de importação de energia de outros países.
Essa situação teria pressionado a disponibilidade de gás no mundo e causado problemas de oferta também na China e na Europa, resultando em preços elevados das commodities energéticas globalmente.
Apesar das dúvidas sobre políticas monetárias globais e a desaceleração do crescimento na China e nos Estados Unidos terem despertado preocupações em relação às commodities em 2021, Sora se mostra otimista em relação ao ciclo de alta das commodities, considerando-o mais longo.
Sora destacou o aumento da demanda de commodities nas classes C e D em todo o mundo, impulsionado por políticas fiscais mais inclusivas e o crescimento do setor imobiliário em diversos países, à medida que as pessoas investem mais em suas casas devido à pandemia.
Aprenda mais com Paolo Di Sora e demais convidados da Money Week.