O Itaú Unibanco (ITUB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 11,508 bilhões no segundo trimestre de 2025 (2TRI25), alta de 14,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho reflete o foco do banco em eficiência operacional, tecnologia e diversificação de receitas, com controle de inadimplência e crescimento consistente da carteira de crédito.
A margem financeira com clientes cresceu 15,4% em comparação anual, impulsionada pelo aumento no volume da carteira de crédito e maiores rentabilidades com passivos e capital de giro próprio. Já a inadimplência acima de 90 dias permaneceu estável e segue no menor nível dos últimos 18 trimestres, com destaque para o crédito pessoal, que registrou o menor patamar da série histórica.
A carteira total de crédito com garantias e títulos privados cresceu 7,3% frente ao 2TRI24. No segmento de pessoas físicas, o avanço foi de 8,0%, com destaques para o crédito imobiliário (+17,2%), cartão de crédito (+7,7%) e crédito pessoal (+5,5%).

Itaú (ITUB4): receitas com serviços sobem 3,1%
As receitas com serviços e seguros subiram 3,1%, apoiadas por crescimento na emissão de cartões, administração de recursos e um salto de 17,3% no resultado de seguros. As despesas não decorrentes de juros atingiram R$ 16,5 bilhões, alta de 9,4% em relação ao 2TRI24, refletindo investimentos em tecnologia e reajustes salariais decorrentes do acordo coletivo firmado em 2024.
O índice de eficiência do banco no Brasil alcançou 36,9%, o melhor patamar para um segundo trimestre, evidenciando ganhos de produtividade. O índice de capital principal (CET I) ficou em 13,1%, estável frente ao mesmo período do ano anterior.
No trimestre, o Itaú também lançou o Itaú Emps, banco digital voltado a micro e pequenas empresas, com soluções integradas em gestão, crédito e serviços financeiros. A iniciativa reforça a presença do banco no ecossistema de PMEs, segmento estratégico para o crescimento econômico do país.
Diante do cenário positivo, o banco revisou parte de suas projeções para 2025, elevando a expectativa de crescimento da margem financeira com clientes para o intervalo entre 11% e 14%, e a alíquota efetiva de imposto de renda para entre 28,5% e 30,5%, em razão de um mix de produtos mais rentável e volumes de passivos acima do previsto.
Guidance
O Itaú revisou duas de suas principais projeções para o desempenho financeiro de 2025. A instituição aumentou a estimativa de crescimento da margem financeira com clientes, que passou de um intervalo entre 7,5% e 11,5% para uma faixa mais otimista, entre 11,0% e 14,0%.
Além disso, o banco ajustou para cima a previsão da alíquota efetiva de Imposto de Renda e Contribuição Social (IR/CS), que agora deve ficar entre 28,5% e 30,5%, ante a faixa anterior de 27,0% a 29,0%.
Proventos
Em paralelo ao balanço, o ITUB4 aprovou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor líquido total de R$ 0,592875 por ação, com pagamento agendado para o dia 29 de agosto.
Desse montante, R$ 0,3634 por ação correspondem a novos JCP declarados nesta data, sujeitos à retenção de 15% de imposto de renda na fonte, o que resulta em um valor líquido de R$ 0,30889 por ação. Terão direito a esse provento os acionistas com ações na posição final do pregão de 18 de agosto de 2025, sendo que os papéis passarão a ser negociados “ex-direito” a partir de 19 de agosto.
Além disso, o banco também confirmou para a mesma data o pagamento dos JCP já anunciados em 29 de maio de 2025, no valor bruto de R$ 0,3341 por ação (R$ 0,283985 líquidos). Nesse caso, a base de cálculo foi a posição acionária final de 9 de junho de 2025.
Com isso, os acionistas que se mantiverem com papéis do Itaú nas duas datas de corte receberão o valor líquido total de R$ 0,592875 por ação no fim de agosto.