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O Brasil que envelhece e se protege

O Brasil que envelhece e se protege

O Brasil está passando por uma transformação demográfica silenciosa, mas avassaladora. Atualmente, 59 milhões de brasileiros têm mais de 50 anos, representando 27% da população. E esse número só tende a crescer. Em duas décadas, 40% dos brasileiros estarão acima dessa faixa etária. O que parecia uma previsão distante já se tornou realidade: o Brasil envelhece.

Tatiana Gracia, especialista em análise do comportamento humano e gerontóloga, abriu o painel “Vida Longa, Planos Inteligentes: O Brasil que envelhece e se protege”, na Money Week com dados que chocam pela rapidez dessa transição. A cada 20 segundos, uma nova pessoa entra no grupo dos 50+. A França levou 120 anos para dobrar sua população com mais de 65 anos; o Brasil fará isso em apenas 20. “Estamos vivendo a revolução da longevidade”, afirmou Tatiana. “Não dá mais para tratar envelhecimento apenas como estatística. É preciso entender os impactos e agir.”

Com esse cenário de fundo, Patrícia Freitas, CEO da Prudential Brasil, trouxe à tona a urgência do planejamento financeiro como ferramenta essencial para viver mais — e viver melhor. Segundo ela, o maior risco hoje não é morrer cedo, é viver mais e com qualidade de vida.

Longevidade exige planejamento, não improviso

O Brasil envelhece e registra atualmente a menor taxa de natalidade da história: 1,7. Para manter a população estável, seriam necessários ao menos 2,1 nascimentos por mulher. Esse desequilíbrio gera um impacto direto na estrutura social: haverá menos jovens para cuidar dos mais velhos, o que coloca a responsabilidade do cuidado no próprio indivíduo.

“A gente precisa atuar sobre isso”, disse Tatiana. “Se eu não tenho mais pessoas jovens para cuidar, vou ter que cuidar de mim.”

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Patrícia complementa esse raciocínio com um exemplo pessoal. Em conversa com um motorista de 63 anos, ela percebeu como ainda falta compreensão sobre o que é seguro de vida. “Ele me perguntou se seguro de vida e seguro de morte eram a mesma coisa”, contou. “Expliquei que mais de 90% dos benefícios pagos hoje são em vida.”

Mesmo entre os que têm acesso à informação, a conscientização ainda é limitada. Dados da Anbima mostram que apenas 21% da população brasileira tem educação financeira. Entre a classe A, esse número sobe, mas ainda está em 34%. Isso explica por que apenas 7% dos brasileiros têm previdência privada e só 18% têm seguro de vida.

Seguro de vida: uma carta de amor em vida

A percepção do seguro de vida como algo ligado apenas à morte precisa ser urgentemente desconstruída. “É a última carta de amor que você pode deixar”, afirma Patrícia. E, cada vez mais, essa carta pode e deve ser escrita em vida.

A Prudential, por exemplo, oferece a plataforma Fully, onde clientes acumulam pontos por hábitos saudáveis, como se exercitar. O filho de Patrícia, de 22 anos, por exemplo, utiliza o seguro desde os 14 e hoje pontua na plataforma indo à academia. “E com os pontos, provavelmente vai pedir um hambúrguer ou uma salada”, brinca.

Essa mudança de mentalidade é central para acompanhar o envelhecimento da população. De acordo com Patrícia, hoje é possível contratar seguros desde os dois anos de idade. Para jovens, para idosos, para todas as fases da vida. E isso precisa ser compreendido como instrumento de autonomia e dignidade.

Além disso, o seguro de vida permite planejamento patrimonial e familiar. Pode ser estruturado para proteger herdeiros, garantir renda mensal ou até resguardar sociedades empresariais. “O seguro tem liquidez imediata. Não depende de inventário. É uma forma de garantir que sua família estará protegida no dia seguinte, se algo acontecer.”

Educação financeira é pilar da longevidade saudável

Parte importante dessa mudança passa pela educação. A Prudential tem atuado para ampliar a conscientização financeira desde cedo. Um dos projetos mencionados por Patrícia, o Jovens Visionários, premia iniciativas que levam educação financeira a comunidades. “Nosso papel é simplificar o entendimento, democratizar o acesso e ampliar as possibilidades”, explica Patrícia.

Ela destacou que muitas pessoas ainda desconfiam da efetividade do seguro ou acham que não precisam. A pesquisa feita com a FGV revela que há uma lacuna grande entre conhecimento e ação. “A gente hoje já atinge uma marca de 4,4 bilhões de benefícios pagos na nossa história, de 27 anos no país. Isso passa pela nossa credibilidade.”

Tatiana reforçou que a proteção financeira é um dos quatro capitais do envelhecimento saudável, ao lado do vital (biológico), social e do conhecimento. “O financeiro é o que nos tira da vulnerabilidade”, afirmou. E completou: “O desejo por autonomia já supera o medo da velhice. As pessoas querem viver bem e com liberdade.”

Envelhecer é inevitável. Viver bem é escolha

O painel foi encerrado com uma mensagem: o tempo está correndo, e quem ainda não começou seu projeto de longevidade, precisa começar agora. “A longevidade é fato. Mas viver bem é uma escolha de planejamento, de construção, de proteção, com a gente, com o outro, com a nossa família”, concluiu Tatiana. “E não dá para improvisar. Planejar é uma carta de afeto.”

Tatiana reforçou a urgência do tema. “Essa é uma pauta humana, de responsabilidade coletiva. Viver mais é um fato. Viver bem é escolha.” E completou: “Eu quero assinar essa carta de afeto.”

No Brasil que envelhece, proteger-se é mais do que uma decisão financeira. É um ato de amor próprio, de cuidado com o outro e de compromisso com o futuro.

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