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O que esperar do dólar no ano que vem?

O que esperar do dólar no ano que vem?

O comportamento do dólar em 2025 promete ser influenciado por uma combinação de fatores domésticos e internacionais, que podem levar a moeda americana a novos patamares de valorização frente ao real.

A previsão mais otimista indica uma taxa de câmbio em torno de R$ 5,85 ao final do ano, enquanto cenários mais adversos sugerem que o dólar ultrapasse a barreira de R$ 6, e até mesmo se aproxime de R$ 7. Siga no texto e saiba o que esperar do dólar no ano que vem.

O que esperar do dólar: ruídos fiscais e credibilidade econômica

A principal causa da fragilidade do real está na deterioração do quadro fiscal brasileiro. Segundo o BTG Pactual, ações que enfraquecem a credibilidade do governo em relação à política monetária e fiscal, como intervenções no mercado cambial e mecanismos parafiscais, têm potencial de pressionar ainda mais a cotação.

Com um déficit primário projetado de 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), o governo terá de implementar medidas robustas de arrecadação, incluindo taxações de fundos exclusivos e offshore, para cumprir a meta de 0,25%.

No entanto, a desconfiança do mercado permanece elevada após o anúncio do pacote fiscal, que teve baixo impacto na contenção de gastos públicos. A isenção de imposto de renda para salários de até R$ 5 mil, embora positiva para a progressividade tributária, foi mal recebida devido ao seu impacto inflacionário.

Assim, o dólar poderia terminar 2025 entre R$ 6,10 e R$ 6,25, de acordo com o BTG Pactual.

Cenário internacional: dólar fortalecido globalmente

No plano internacional, a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais americanas traz implicações diretas para o fortalecimento do dólar. A promessa de tarifas agressivas sobre importações de países como México, Canadá e China pode impulsionar a inflação nos EUA, elevando os rendimentos dos títulos do tesouro americano e atraindo ainda mais capital estrangeiro para o mercado.

A estratégia tarifária de Trump, aliada à percepção de “excepcionalismo americano”, faz com que investidores priorizem os EUA em detrimento de mercados emergentes, como o Brasil. Além disso, a fraqueza econômica da China, que tem buscado estimular seu setor imobiliário e expandir a fiscalidade das províncias, apresenta um impacto limitado na recuperação dos preços das commodities, fator primordial para a valorização do real.

Impactos na economia brasileira

O impacto da taxa de câmbio sobre a inflação brasileira é significativo. O BTG Pactual estima que uma variação de 10% no câmbio resulta em um aumento de 0,6 ponto percentual na inflação após seis trimestres. Com o dólar elevado, a expectativa é que o superávit comercial do Brasil aumente, enquanto o déficit em transações correntes se estabilize em torno de 2% do PIB em 2025 e 2026.

Especialistas apontam que, em um cenário sem ruídos fiscais, o real estaria negociando a cerca de R$ 5,60. No entanto, a combinação de fatores externos e internos, como o desempenho das commodities e a política fiscal do governo, adiciona uma camada de incerteza.

Então, o que esperar do dólar?

O dólar em 2025 continuará refém de uma “tempestade perfeita” de fatores internos e externos. Se o governo brasileiro avançar em medidas para equilibrar as contas públicas e reduzir os ruídos fiscais, o dólar pode se estabilizar próximo a R$ 5,85.

Caso contrário, a moeda americana pode superar a marca de R$ 6,25 ou até alcançar patamares mais elevados, dependendo do ritmo de valorização global do dólar e da política econômica doméstica.

Com tantas variáveis em jogo, o próximo ano promete desafios significativos para a economia brasileira e, em especial, para o poder de compra do real frente ao dólar.

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